Prólogo

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Disclaimer: Todos os personagens pertencem a JK Rowling. Esta fanfic é uma tradução autorizada de "Maldición de una serpiente" postada em 2009 no FanFiction por Acarolin95.

Prólogo.

Harry Potter encontrava-se em um dormitório de teto baixo guiado por Bathilda.

Ali dentro reinava a escuridão e também cheirava mal. Harry conseguiu ver um penico por baixo da cama, mas Bathilda fechou a porta e já não viu mais.

— Lumos — disse o garoto e sua varinha acendeu.

Deu um sobressalto porque a idosa tinha se aproximado, aproveitando esses segundos de escuridão total, mesmo que ele não tivesse a escutado aproximar-se.

— É Potter? — sussurrou Bathilda.

— Sim, sou Potter.

Ela assentiu devagar com solenidade. Harry notou que as batidas da horcrux se aceleravam até superar os do seu próprio coração, uma sensação desagradável e inquietante.

— A senhora tem algo para mim? — perguntou, mas ela parecia distraída pela luz emitida pela ponta da varinha — Tem algo para me dar? — insistiu.

A mulher fechou os olhos e então aconteceram várias coisas ao mesmo tempo: Harry sentiu uma forte fisgada na cicatriz, a horcrux palpitou com tanta força que mexeu no casaco do garoto, e o escuro e fétido desapareceu por alguns momentos. Logo sentiu uma explosão de alegria e, com voz clara e aguda, gritou: "Segure-o!".

Desequilibrou-se um pouco, enquanto o putrefato cômodo e penumbra voltavam a se formar ao redor dele, mas não entendeu o que tinha acontecido.

— Tem algo para mim? — perguntou pela terceira vez, mais forte ainda.

— Está ali — ela sussurrou, apontando para um canto.

Harry dirigiu a varinha até a janela e debaixo das cortinas viu uma penteadeira cheia de coisas. Desta vez, a anciã não o acompanhou. Com a varinha erguida, Harry passou lentamente entre ela e a cama, que estava desarrumada. Não queria perder de vista a Bathilda.

— O que é? — perguntou ao chegar à penteadeira, que tinha um monte de roupas sujas, a julgar pelo odor que emitia.

— Aí — insistiu a mulher, indicando o monte disforme.

Harry voltou-se brevemente até aquele amontoado, tentando identificar a empunhadura de uma espada ou algo que parecesse com rubi, e então a mulher fez um movimento estranho que ele pôde identificar com o canto do olho. Preso em pânico, olhou rapidamente para a bruxa e o horror o paralisou ao ver como seu corpo desmoronava e uma enorme serpente surgia de seu pescoço.

A serpente o atacou quando ele ergueu a varinha, mordeu o seu antebraço, e então o escuro quarto desapareceu.

O primeiro que Harry fez ao acordar foi levar a mão ao peito para garantir que a horcrux continuava ali, e de fato estava, suspirou de alívio. As suas pálpebras pesavam demais para conseguir abri-las e o antebraço, onde a serpente tinha o picado, doía ainda mais. Sentia como se estivesse sobre uma cama muito macia.

Depois de alguns minutos, abriu os olhos. Encontrava-se na enfermaria de Hogwarts, sabia que era pelas tantas vezes em que foi quando estava estudando. Ficou em pânico por estar ali, mas isso não era o pior, ao seu lado estava uma mulher ruiva adormecida em uma cadeira e do lado dela um homem com o cabelo preto e despenteado igual ao seu, era como se olhar no espelho. E na frente dele, nada mais nada menos que Dumbledore, que o olhava com preocupação.

Maldição da SerpenteOnde histórias criam vida. Descubra agora