Maldição da Serpente

Capítulo 12 - Quem a matou?

Disclaimer: Todos os personagens pertencem a JK Rowling. Esta fanfic é uma tradução autorizada de "Maldición de una serpiente" postada em 2009 no FanFiction por Acarolin95.

Capítulo 12 - Quem a matou?

Uma tarde, pouco depois do ano novo, Harry e Neville ficaram em fila junto à lareira da sala para retornar a Hogwarts. O Ministério tinha organizado essa conexão excepcional ao pó de flu para que os estudantes pudessem voltar de forma rápida e segura ao colégio. Lily era a única presente na casa para despedir-se dos garotos, James e Sirius tinham ido ao trabalho. Desfez-se em lágrimas na partida, esteve um pouco mais sensível depois que Dumbledore lhes disse que ele era realmente seu filho, e pela reconciliação de James com Harry, do qual ele sentia-se culpado por isso.

— Calma, mamãe, não chore... — a consolou Harry, e lhe deu um abraço enquanto sua mãe soluçava com a cabeça apoiada no ombro de seu filho — Está tudo bem.

— Promete que terá cuidado... e que não se meterá em problemas... e não insultará a ninguém — lhe disse Lily, secando as lágrimas dos olhos.

— Nunca, mamãe, eu gosto de levar uma vida tranquila — disse em tom de brincadeira — Não se preocupe com nada, eu ficarei bem.

Lily sorriu enquanto punha uma mão em seu rosto carinhosamente, Por último, despediu-se de Neville.

Harry pela primeira vez não queria retornar a Hogwarts. Tinha passado bons momentos com seus pais e Sirius, mesmo que Neville estivesse lá, tinha encontrado seu verdadeiro lar. Tinha que admitir, tinha passado um certo tempo antes que Harry considerasse Hogwarts seu lar, mas ali teve que passar apenas um dia para saber. E ali estava, despedindo-se de sua mãe como se tivesse feito isso a vida inteira.

— Se comportem, rapazes...

Com um último abraço em sua mãe, Harry meteu-se nas chamas verdes e gritou: "Hogwarts!". Teve uma última e passageira visão da cozinha e do choroso e lindo rosto de sua mãe antes que as chamas o engolissem. Enquanto girava vertiginosamente sobre si mesmo, vislumbrou imagens borradas de outros cômodos de bruxos, mas não conseguiu observar bem. Logo começou a reduzir a velocidade e finalmente se deteve em seco na lareira do escritório do professor de Defesa Contra as Artes das Trevas. Harry conseguiu visualizar a figura de Remus Lupin encurvada sobre o seu trabalho. Saiu da lareira, ajeitou os óculos e o cabelo.

— Boa noite, Potter. Suponho que precisará de ajuda com suas coisas.

— Não precisa, professor.

Lupin levantou o olhar do seu trabalho, olhando para Harry com surpresa, mas não disse nada e continuou com o seu. Neville apareceu pouco depois, girando como um pião da casa própria, e os dois saíram do escritório do professor rumo à Torre da Gryffindor. Algo estranho aconteceu quando Neville apareceu, mas não conseguiu perceber o que era. Enquanto andavam pelos corredores, Harry olhava pelas janelas: o sol estava se pondo atrás dos jardins, cobertos por uma camada de neve ainda mais grossa do que a do jardim de sua casa em Godric's Hollow. De longe, pôde ver a cabana de Hagrid, soltando fumaça pela chaminé. Harry sorriu, isso significava que ele estava naquele universo paralelo.

— Figurinhas — disse Neville quando chegaram ao retrato da Mulher Gorda, que estava mais pálida que o normal e fez uma careta ao escutar a forte voz do garoto.

— Não — respondeu.

— Como não?

— Tem uma nova senha — esclareceu a Mulher Gorda — E não grite, por favor.

— Mas se estávamos fora, como quer que saibamos...?

— Neville!

Hermione corria até eles, tinha as bochechas coradas e usava a capa, chapéu de bruxa e as luvas. Deteve-se repentinamente ao ver Harry junto de Neville.