Capítulo 11 - Reconciliação chorosa

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Disclaimer: Todos os personagens pertencem a JK Rowling. Esta fanfic é uma tradução autorizada de "Maldición de una serpiente" postada em 2009 no FanFiction por Acarolin95.

Capítulo 11 - Reconciliação chorosa

— Como chegou aqui, Harry?

Estava decidido a não responder aquela pergunta. Por alguma razão, o que Sirius tinha dito continuava rondando a cabeça de Harry como algo muito importante. Harry lutava contra o veritaserum, pouco a pouco sentiu como a resistência diminuía. Seus lábios não tinham se despregado para falar. A luta era muito parecida com lutar contra o Imperius, então se podia contra o Imperius, por que não contra o veritaserum? E aquela vontade de dizer a verdade foi passando.

Dumbledore olhava fixamente em seus olhos, esperando por uma resposta que não chegava. Harry sentiu como se estivesse escaneando-o com raio X, instintivamente desviou o seu olhar.

— Esperava que durasse mais — comentou de repente Dumbledore — Já sei o suficiente, Harry. Suponho que é melhor deixar assim. De qualquer forma, não acho que queira contar a alguém que no seu mundo está morto. Difícil — o professor levantou-se e caminhou até a sua cadeira, sentando-se atrás da mesa e juntando as mãos sobre ela.

Harry imediatamente abriu a boca como se ainda estivesse sob o efeito do soro, contra sua vontade.

— Fui picado por uma serpente.

— Estranho, na verdade — disse Dumbledore, voltando a se levantar e caminhar até a janela — Veja, Harry, no Departamento de Mistérios estiveram fazendo investigações sobre mundos alternativos, mas parece que cada um que se aventurava a entrar naquele véu, nunca retornou. Os trabalhadores o chamaram de Véu da Morte — Harry teve um calafrio só de escutar esse nome, sabia que Sirius estava vivo, mas o sentimento de que o tivesse perdido ou que pudesse voltar a acontecer lhe assombrava. Ele sacudiu a cabeça e voltou a concentrar-se no que dizia o professor — Mesmo se pense que realmente os levava a outro mundo, a questão poderia ser que não tivesse um portal naquele mundo. Pouca gente sabe disso, e menos gente sabe do poder da picada de uma serpente. Poderia me explicar um pouco sobre essa picada, Harry? — perguntou, dando a volta para olhá-lo fixamente nos olhos com um brilho de emoção no olhar.

Harry engoliu em seco e olhou para as mãos, pensando no que fazer. Ele sempre pôs a mão no fogo pelo diretor, confiando nele, mas ainda assim tinha uma voz na sua cabeça que repetia mil vezes que não o fizesse. Por outro lado, queria respostas, queria saber qual era o perigo que tinha dito Sirius e o que contraía o seu peito. E quem melhor que Albus Dumbledore? Ele sempre tinha as respostas para tudo. Então tentou de lembrar-se de quando a serpente o mordeu, tentando que nada fosse deixado de lado.

— Eu estava na casa de Bathilda — ele o olhou intrigado, mas não interrompeu —, pensei que poderia ter algo para mim de sua parte. Me levou a um quarto escuro, a situação estava estranha, mas estava disposto a... enfrentar — deu de ombros sem saber como expressar-se com alguém que supostamente o conhecia muito bem e estava morto — Depois de um tempo com ela, perguntando se tinha algo para mim, me indicou um lugar. Ao aproximar-me, vi que do seu pescoço saía uma serpente, tentei fazer alguma coisa, mas já era tarde e ela me picou — ficou em silêncio sem saber o que dizer — E... isso é tudo.

Dumbledore assentiu e passou os dedos pela barba, pensativo. Então pegou a sua varinha e indicou a Harry. Por um momento, pensou que ele ia atacá-lo, mas apenas desfez as cordas que o imobilizavam. Moveu os braços e as pernas e esfregou os pulsos e tornozelos doloridos, já não chegava sangue suficiente. Levantou-se e olhou ao diretor, concentrado em não desmaiar.

Maldição da SerpenteOnde histórias criam vida. Descubra agora