Capítulo 4 - Os gêmeos Weasley

1.9K 256 177
                                    

Disclaimer: Todos os personagens pertencem a JK Rowling. Esta fanfic é uma tradução autorizada de "Maldición de una serpiente" postada em 2009 no FanFiction por Acarolin95.

Capítulo 4 - Os gêmeos Weasley.

O choro o embalou durante a noite até adormecer.

Harry acordou no dia seguinte por causa da luz que assomava pela cortina vermelha, dando ao quarto inteiro uma coloração avermelhada.

Tirou o lençol de cima de si e sentou-se na cama, ainda estava com os seus óculos. Tirou-os por um momento, estava com as maçãs do rosto e as bochechas pegajosas e úmidas. Suspirou, pondo os óculos de novo, levantou-se e acendeu a luz do quarto. No dia anterior, não tinha entrado em outro cômodo que devia ser o banheiro. Tinha um tamanho mediano — o chuveiro, a pia com gavetas embaixo e um espelho em cima, e uma privada — aproximou-se da pia e escovou os dentes sem vontade.

Não sentia ânimo para sair do quarto, mas sabia que precisava se queria arrumar as coisas. Tinha chegado à conclusão de que começaria com o seu plano com Neville, tentaria aproximar-se aos poucos e mostrar quem realmente era. Foi até o armário sem parar para olhar para os jogadores de quadribol, tinha um monte de roupas, tanto trouxas quanto bruxas. Pegou umas calças jeans, uma camiseta de manga larga azul escuro e uns sapatos. Voltou ao banheiro para tomar um banho que talvez relaxasse um pouco seus músculos. Uns minutos depois, já estava pronto, só tinha um problema: seus olhos ainda estavam vermelhos de tanto chorar, estava surpreso com o quanto ele podia chorar, nunca antes chorou tanto.

Para passar um tempo, ele correu a cortina, vendo uma rua cheia de casas cobertas de neve, embaixo da janela tinha um pequeno jardim — com grandes árvores ao redor da casa — com uma cerca e uma caixa de correio. Ninguém precisava dizê-lo onde estava, era Godric's Hollow exatamente como tinha deixado, mas claro que essa casa continuava de pé e em um ótimo estado. Foi até a estante onde estavam seus livros e de fato "tinha quadribol através dos séculos" — achou engraçado —, mas para a sua surpresa tinha vários livros de herbologia e poções. Era incrível que ele gostasse daquelas matérias. Quem gostava de herbologia, era o Neville do seu mundo.

Lembrando-se de novo que tinha que sair, olhou para a hora no relógio sobre a mesa de cabeceira: oito e meia. Isso era estranho, talvez o relógio estivesse quebrado. Depois de se olhar outra vez no espelho e certificar-se que seus olhos estavam normais e que a franja cobria a famosa cicatriz, saiu do quarto.

Ao entrar na cozinha, sentiu o cheiro de café recém passado, deu uma olhada por toda a cozinha e se deu conta de que sua mãe estava ali, tomando café e lendo o Profeta Diário enquanto ignorava que Harry tinha entrado na cozinha.

— Bom dia, Li... — interrompeu-se ao perceber que não sabia como chamá-la.

Era tudo tão difícil e isso o frustrava.

Sua mãe levantou-se e caminhou até a cozinha, e pegou uma frigideira para começar a cozinhar.

— Não precisa se esmerar em fazer um grande café da manhã só para mim — disse Harry ao perceber que sua mãe estava preparando algo grande — Eu já fico satisfeito com torrada e suco de laranja — levantou-se e caminhou até ela, pegando a frigideira de suas mãos.

Sua mãe paralisou no lugar e, pela primeira vez desde que a viu, levantou o rosto para olhá-lo curiosa. Harry sorriu, e com isso sua mãe afastou-se e caminhou de volta até a mesa. Ele fez as suas torradas sem nenhum problema e serviu-se de suco de laranja. Enquanto comia em silêncio, observava cada um dos movimentos de sua mãe.

— Não vai comer? — perguntou Harry.

— Não quero te incomodar tendo que comer comigo — respondeu Lily sem olhá-lo.

Maldição da SerpenteOnde histórias criam vida. Descubra agora