Capítulo 3 - Tons de Esmeralda

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Disclaimer: Todos os personagens pertencem a JK Rowling. Esta fanfic é uma tradução autorizada de "Maldición de una serpiente" postada em 2009 no FanFiction por Acarolin95.

Capítulo 3 - Tons de Esmeralda.

Sentiu calor em suas costas ou como se tivesse sido apunhalado com uma adaga em suas costas, e sentiu uma enorme vontade de vomitar. Abriu os olhos à contragosto para perceber que tudo ao seu redor estava escuro.

Estava cansado que todas as vezes em que tinha aberto os olhos tinha se encontrado com a plena escuridão. Um calafrio percorreu o seu corpo, fazendo com que se arrepiasse. Como poderia esquecer?

Tateou com as mãos na escuridão até encontrar os seus óculos, os pegou e os pôs. Decidido a se levantar e a obter mais informações, pôs um pé sobre o chão frio e duro, mas ao fazê-lo sentiu como aquela "adaga invisível" se incrustava em suas costas e descia com rapidez toda a sua coluna vertebral até o cóccix. Apertou os dentes para não soltar um grito, mas não pôde reprimir que saísse um gemido. Deixou o pé no mesmo lugar para não voltar a sentir isso, tocou com a palma da mão as costas onde, para sua surpresa, não tinha dano algum. Devia ter sido aquele feitiço que o lançaram.

Procurou sua varinha entre suas roupas e os cobertores aquecidos sem ter sucesso. Não podia estar acontecendo. Primeiro tinham o machucado e agora o deixaram sem uma varinha para se proteger. Exasperado, esticou a mão esquerda para tatear sobre a mesa onde tinha encontrado seus óculos, voltando ao mesmo... Sua mãe esbarrou contra algo quadrado, grande e plano sobre a parede, soube que era o interruptor. Alegre porque podia ver o seu próprio pulso e em um instante uma luz branca — quase amarela — acendeu-se, ferindo os seus olhos.

Com um rápido momento, cobriu os olhos. Quando se acostumou com a iluminação, afastou a mão e diante dele surgiu um quarto cheio de coisas. Uma vassoura polida perto de um armário embutido na parede e uma tapeçaria de jogadores de quadribol, uma estante cheia de livros, supôs, do colégio e talvez entre "quadribol através dos séculos", uma mesa à frente de uma janela que estava coberta por uma grossa cortina vermelha, e uma cadeira.

Preparado para sentir aquela dor insuportável, apertou a mandíbula até ficar dolorida e apertou os punhos até deixá-los brancos. Como da outra vez, a adaga invisível deslizou rapidamente por sua coluna vertebral. Ao ter deixado seus pés no chão, levantou-se rapidamente, era como ter sido atingido por um crucio, mas menos doloroso — só um pouco, já que não queria morrer. Que droga de feitiço tinham usado nele?

Caminhou lentamente, mas não sentiu dor nas costas, sentiu como se as coisas se movessem ao seu redor. Agarrou a mesa e respirou fundo algumas vezes para desanuviar a sua mente. Mais confiante, caminhou normalmente até uma porta que dava para um estreito corredor, à frente tinha uma porta de madeira sem maçaneta. Empurrou a porta com a mão e, silenciosamente, ela se abriu. Entrou agora com um passo firme, dentro era frio, não tinha uma só janela, as paredes eram de pedras cinzas, um tom quase doentio.

Algumas estantes cheias de frascos com olhos, pele de cobra, aranhas dissecadas e outras coisas asquerosas. Outra estantes cheia de ervas e poções, também tinha uma grande mesa grudada à parede com caldeirões sobre ela — alguns com líquidos espessos e de aspecto horripilante, e outros limpos —, uns livros abertos e desgastados, e uma vela quase consumida. Só de dar uma olhada, lhe deu calafrios, lembrava demais das masmorras de Hogwarts e por um momento pensou que pela porta que tinha atrás entraria Snape. Saiu daquele quarto quase correndo. Não precisou fechar a porta, pois ela fechou-se sozinha assim que saiu.

De longe, escutou pessoas falando. Não soube o que diziam porque só escutava sussurros pela distância, ou talvez estivessem mesmo sussurrando e Harry tinha interpretado errado.

Maldição da SerpenteOnde histórias criam vida. Descubra agora