Maldição da Serpente

Capítulo 6 - O Crucio

Disclaimer: Todos os personagens pertencem a JK Rowling. Esta fanfic é uma tradução autorizada de "Maldición de una serpiente" postada em 2009 no FanFiction por Acarolin95.

Capítulo 6 - O Crucio.

O relógio marcou meia noite e a casa dos Potters estava em total silêncio, mas uma figura caminhava entre as sombras o corredor.

A figura deteve-se diante da porta do escritório do James e, com sigilo, para que a porta não rangesse, abriu-a. Quase na ponta dos pés, atravessou o cômodo até chegar à mesa da sala, abriu uma das gavetas e procurou, mas não tinha o que a figura queria, então procurou por outras quase sem êxito. Procurou entre os livros das estantes, mas continuava sem encontrar, passou o olhar por todo o cômodo e parou-o quando viu uma argola no chão que era coberto pela metade por um tapete.

Aproximou-se da argola, ajoelhou-se, afastou o tapete. Era uma pequena porta de madeira, a maçaneta era maior do que a própria porta, pegou-a e puxou-a, mas não cedeu. É isso, pensou a figura com alegria. Tirou a sua varinha das vestes e murmurou "alohomora", com um ligeiro estalar, a porta destrancou-se. Puxando novamente da argola, pousou a porta com cuidado no chão, dentro tinha uma chave de ouro bem desenhada e pesada. Ao recolher a chave, paralisou e afiou os ouvidos para escutar passos.

Com cuidado, cobriu o alçapão com o tapete, então levantou-se e caminhou até a mesa o escritório para esconder-se embaixo dela. Os passos aproximaram-se do cômodo. O coração da figura acelerou-se quando escutou a porta abrir-se, os passos espalharam-se pelo ambiente, quando viu uma parte do sapato que estava seguindo-o. Quem resolve passear pela casa à meia noite? pensou enquanto prendia a respiração. Quando percebeu que tinha sido flagrado, levantou a cabeça e encontrou olhos cinzentos o encarando.

— O que faz aqui, Harry? — perguntou Sirius com o cenho franzido.

— Que susto me deu, Sirius! — exclamou Harry, colocando dramaticamente uma mão no peito. Ele apenas ergueu uma sobrancelha — Bom, eu não conseguia dormir, então estava procurando um feitiço que me ajudasse com isso.

— Isso não explica o porquê se escondeu debaixo da mesa — ele argumentou.

— Já disse, me assustou, a primeira coisa que me veio à cabeça, meu instinto, foi me esconder debaixo da mesa.

Sirius bufou e cruzou os braços.

— O que é isso? E não se faça de desentendido — disse com a voz pausada.

E lá vamos nós, pensou Harry.

— Realmente, Sirius, não sei como te dizer. Só estou tentando consertar o que fiz. Já sei que é tarde — apressou-se a dizer quando viu que seu padrinho abria a boca.

— E sobre hoje de tarde?

— Praticando. Estamos em guerra, tenho que me preparar para o que há lá fora — disse Harry com tranquilidade.

— Ninguém está atrás de você, e sim de Neville...

— Eu já percebi...

— Não me interrompa — rosnou Sirius — Bom... — vacilou — Não entendo como desarmou a Neville, se ele esteve treinando por anos.

Harry ficou calado e apenas deu de ombros em vez de responder algo que o irritaria. Saiu de seu esconderijo e olhou-o de frente.

— Não quero que volte a enfrentar Neville, Harry — disse Sirius — Isso vai estressá-lo.

— Como queira — respondeu indiferente — Mas se me desafiar ou me irritar, não espere que fique de braços cruzados.

Nos olhos de Sirius podia ver estranheza e outra coisa que não pôde identificar o que era. Afastou-se e caminhou até a porta, mas antes de sair, murmurou: