Capítulo 1 - Ilusão

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Disclaimer: Todos os personagens pertencem a JK Rowling. Esta fanfic é uma tradução autorizada de "Maldición de una serpiente" postada em 2009 no FanFiction por Acarolin95.

Capítulo 1 - Ilusão.

Harry, ao ver Dumbledore, deu um pulo na cama e pegou a sua varinha que estava no bolso da túnica.

Não podia ser verdade. Dumbledore estava morto, ele o tinha visto cair da torre mais alta de Hogwarts. Logo olhou para a mulher ruiva, que tinha acordada, o olhava assustada, e o homem que parecia com ele — com o seu pai, na verdade — com uma expressão ilegível. E logo pensou "e se estava morto? E se estava se reencontrando com seus pais e seu diretor Albus Dumbledore?".

— E-estou... morto? — perguntou a Dumbledore com os olhos arregalados como pratos.

Era uma pergunta temida, mas ao mesmo tempo queria conhecer aos seus pais. Temida porque, se estivesse morto, quem derrotaria ao pior bruxo das trevas dos últimos tempos?

— Foi uma milagre que tenha sobrevivido — foi o que respondeu Dumbledore, já sem preocupação em seus olhos.

Então se continuava vivo... O que significava? Podia ser uma armadilha de Voldemort para assustá-lo, confundi-lo, fazê-lo sofrer ou enlouquecê-lo. Ergueu a varinha e apontou ao diretor.

— Quem é? — perguntou Harry, fuzilando-o com o olhar.

— Deixe de idiotices, Harry! — rosnou o homem que se fazia passar por seu pai.

Levantou-se da cama e apontou a varinha ao homem, enquanto sentia como sua fúria percorria seu corpo, preenchendo as suas veias. O enfureceu mais ainda que o homem falasse, já que escutava a mesma voz de seu pai quando enfrentava aos dementadores, mas era diferente. Não ia deixar-se vencer.

— Isso não tem graça! Então pare de agir como se fosse... meu pai — essa última palavra custou muito sair, fazendo com que sua garganta queimasse — Será mais fácil para vocês que me levem ao seu mestre.

— Senhor Potter, acalme-se. Levou uma boa pancada na cabeça e em outras partes, e não sabe o que diz — disse com a mesma calma de seu Dumbledore.

— Claro que sei o que digo! — gritou com fúria Harry — Deveria estar morto — isso disse mais baixo pela dor que lhe causava, e de repente se deu conta que suas pernas tremiam — e ela... — assinalou a "sua mãe", isso era o mais duro — tam...

Harry não pôde deixar de dizer a palavra porque de repente sentiu como alguém batia em sua bochecha, deixando uma queimação. Levou a mão estremecida para a bochecha com cuidado e ergueu o olhar para ver quem tinha sido.

E para seu desgosto, tinha sido o homem parecido com seu pai. Estava de pé diante dele com os punhos fechados com tanta força que os nós estavam brancos, a mandíbula apertada fortemente enquanto seus olhos faiscavam de ira. Isso o intimidou, já que nunca o tinha visto assim.

— Nunca mais volte a dizer isso! — gritou com força o homem.

— J-James, acalme-se — disse a mulher com a voz falha, derramando silenciosas lágrimas, os seus olhos esmeraldas brilhantes como os de Harry.

— Como quer que eu me acalme, Lily, se...

— Chega! Não tem graça! — a voz de Harry tremia, enquanto sentir o seu coração apertar-se de dor ao ver sua "mãe" assim — Não vou cair nessa maldita ilusão, então é melhor que me levem a Voldemort!

— O que disse, senhor Potter? — perguntou educadamente Dumbledore.

— Não se faça de desentendido, maldito Comensal!

O olharam com o cenho franzido. Logo Dumbledore disse:

— Acho que aconteceu mais do que uma pancada — olhou a Harry fixamente enquanto refletia — Não, parece que está tentando nos pregar uma peça, não é? — perguntou ao garoto que o fuzilava com o olhar, e sem esperar por uma resposta disse — Bom, é melhor que vá para casa. As férias se aproximam e ninguém saberá o porquê de sua ausência, a menos que alguém tenha o visto cair da vassoura...

— Eu não caí de uma maldita vassoura! Fui atacado por uma serpente, e era de Voldemort. Isso é só uma ilusão usando poção polissuco — disse rapidamente para que ninguém o interrompesse.

— Se quer se fazer o forte e interessante, pare de agir assim. Além do mais, Voldemort nunca iria atrás de você para te machucar — disse James um pouco mais calmo, mas ainda com uma ligeira raiva em sua voz — O levaremos para casa, Albus.

— Não irei a lugar algum com um Comensal — disse Harry com os dentes apertados e o punho cerrado ao redor de sua varinha pela fúria que a situação o causava.

Não ia deixar que esses impostores Comensais — tinha quase cem por cento de certeza que eram — se fizessem passar por seus entes queridos mortos. Não ia permitir. O homem pareceu ignorar o comentário e se aproximava com a mulher atrás para segurar o seu braço, mas com um movimento brusco e rápido, esquivou-se e o lançou um Expelliarmus, fazendo com que ele saísse voando e batesse contra uma das camas do cômodo. Sem hesitar nem por cinco segundos, saiu correndo da enfermaria. Correu o mais rápido que pôde pelos corredores vazios do castelo. Doía muito onde a serpente o picou, mas tinha algo estranho, esperava por mais Comensais fora da enfermaria, esperando que acontecesse algo como isso. Mas não havia nem um, e era melhor assim.

Virou em uma esquina e encontrou-se com uma escada, as desceu correndo, mas quando ia pelos últimos degraus, algo deu de encontro com as suas costas e fez com que perdesse o equilíbrio e caísse pelos últimos degraus. Sentiu que sua cabeça batia forte contra o chão duro, as mãos amorteceram um pouco a queda. Sua visão anuviou, sentindo vontade de dormir como se não dormisse há anos, e tudo ao seu redor escureceu. Perdeu a consciência.

Maldição da SerpenteOnde histórias criam vida. Descubra agora