Capítulo 15

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Oi, meus amores, cá estou como prometido, com mais um capítulo. Seguinte... como hoje o Watt ficou fora do ar, tive mais tempo de corrigir e esse capítulo é bem grande e um dos meus favoritos.

Coloquei uma musiquinha para vocês escutarem em determinado momento...

Estou adorando a interação de vocês, continuem assim e aproveitem. <3

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- Noé... Noéeee... Noaaaaaaah... Noooooooooooaaaah... – eu sussurrava, ajoelhada ao lado da cama, sacudindo-o no escuro – Acorda... Noéeeee...
- O q-que foi? – ele murmurou, sonolento, sem abrir os olhos ou se mexer.
- Eu preciso roubar sua namorada.
- O quê? – ele despertou momentaneamente – Do que cê tá falando?!
- Só um pouquinho. Assunto feminino de extrema importância. Eu te devolvo logo.
- Mano, puta merda – deixou-se cair de novo na cama, ainda com sono – Você tá bêbada?
- Muito.
- Deus do céu... Você não vai vomitar, vai?
- Talvez – respondi, com um certo quê de verdade – Me empresta ela, vai? Chama aí pra mim.
- Fique à vontade... – ele respondeu, meio dormindo, e pude ouvi-lo balançando ela no escuro – Amor, acorda, emergência feminina aqui.

Algum tempo depois, Heyoon se levantou e me acompanhou até o corredor, sem entender o que estava acontecendo e nem abrir os olhos direito. Parei com ela em frente ao meu quarto e pedi que entrasse.

- Mas não é melhor você ir para o banheiro? – cochichou.
- Eu n-não vou vomitar – retruquei, ofendida – Eu t-tô ótima.
- Você não me parece nada "ótima"... – ela levantou as sobrancelhas – ...quanto você bebeu?
- Ah, só entra aí logo! – disse, empurrando-a para dentro e fechando a porta.
- Você perdeu a cabeça? – ela reclamou, levantando o tom de voz e virando-se para sair novamente, nitidamente brava – Que cê tá fazendo?!
- Olha... – eu disse, segurando-a pelos braços e olhando diretamente em seus olhos – ...se eu não estiver incrivelmente bêbada, eu não vou resolver isso nunca.

Ela suspirou, já sabendo do que se tratava, e cruzou os braços. Eu continuei:

- E-eu queria me desculpar. Por tudo. Pela f-forma como eu ando agindo, p-pela Sabina...
- Você não precisa se desculpar pelas minas com quem você sai – ela me interrompeu.

Ah, tá. Falou a que não se incomoda.

- Yoon...

- Faz o que você quiser, meu, eu não tô nem aí! Você não tem que se desculpar por isso...

- Mas por ter te beijado, sim.

Ela ficou quieta e olhou para baixo, na mesma hora. Parecia não querer falar no assunto. Droga. Não sabia bem o que dizer. Sentia como se tivesse tocado na palavra proibida. Heyoon subiu os olhos novamente em minha direção, se mostrando irritada:

- Por que você foi fazer aquilo? – perguntou, cochichando.
- Eu... e-eu não sei. Olha, Yoon, eu sou uma idiota, e-eu...
- É, você é mesmo!
- Você me odeia?

Olhei para ela, arrependida. Sentia uma insegurança horrível. Heyoon ficou em silêncio por alguns segundos, olhando para baixo. Estava descalça e com as pernas descobertas, numa blusa velha e larga do Noah.


- Claro que não – cochichou de volta, constrangida.

E eu sorri.

Heyoon me deu um abraço – desses horríveis, bem de amiga – e nos olhamos. Nós duas rimos. Ela voltou para o quarto do Noah e eu pulei na cama, feliz, como uma adolescente. O sentimento não durou muito, porém. Jesus, amanhã vai ser o pior dia da minha vida, concluí deitada, ao pensar na ressaca arrasadora que me aguardava nas horas seguintes. Ainda assim, num ato de coragem, motivada pela imensa quantidade de álcool no meu sangue, fechei os olhos. E dormi.

F*ckin' Siyoon (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora