Capítulo 17

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Oi, meus amores, como prometido, estou de volta.

Esse capítulo é sem palavras, muito intenso. Espero que gostem.

Curtam cada detalhe e espero suas interações.

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Por 20 minutos. Uns 20 minutos. Um beijo atrás do outro, no maior silêncio que conseguíamos manter. E com dificuldade – cada vez mais intensas. Outros 20. 30. 40. Meu deus, eu perdia a cabeça e sentia os nossos lábios se encostando de novo. Nos perdíamos no escuro e nos encontrávamos, de novo. As nossas bocas achavam o caminho até a outra instintivamente. Repetidas vezes. E o meu coração doía com o que os meus lábios nunca seriam capazes de dizer – eu te amo, garota.

Para a Heyoon, eu provavelmente não passava de uma aventura que ela curtia pelos cantos do meu apartamento com o Noah. Uma brincadeira boba em uma festa de pijama. Eu sei, tá. Mas àquela altura, eu não me importava. Beijava-a com toda vontade que tinha dentro de mim. E tentava trazê-la para cima do meu corpo – vez atrás de outra – mas ela relutava. Mais alguns beijos. Fazia um movimento para cima do seu e ela me empurrava de volta para o colchão. Puxava-a contra mim e tentava virar de novo, mas caía sozinha encostada na cama. Droga. Ela continuava ali, do meu lado, persistentemente. Com a sua boca na minha.

- Vem aqui... – eu sussurrava e a beijava de novo, pressionando-a contra o lençol, subindo em cima dela com as mãos na sua cintura, nas suas pernas ou no meio delas, tanto faz.
- As meninas vão ver... – ela me empurrava de volta, rindo.
- Elas estão dormindo, Yoon... Vem cá... – insistia.
- Não, não... Não...

Cada beijo fazia as minhas coxas se contorcerem. Acho que não passava tanta vontade assim do lado de uma garota desde o ensino médio. Encostei as costas no colchão, respirando fundo, e passei as mãos no rosto. Tentando recuperar o fôlego. Isso vai acabar comigo, suspirei. Aí a mão da Heyoon tocava a pele entre a minha camiseta e a minha calcinha, deslizando lentamente, e o meu corpo todo tremia. Ela me abraçava pela cintura e voltava a me beijar. Caralho. Os nossos beijos ficavam cada vez mais molhados; mas ela me afastava. Toda vez. Para depois encostar a boca no meu pescoço e começar de novo.

- Meu, não dá. Não dá mais – levantei de repente, numa tentativa esfriar a cabeça – Olha, eu... eu vou pra sala. Eu vou dormir lá, tá bem?

Heyoon se apoiou na cama, me olhando surpresa. E eu saí, deixando-a no quarto. Puta merda, eu vou enlouquecer assim. Fechei a porta atrás de mim, o corredor estava mais escuro ainda. A casa estava morta, vazia. O silêncio dominava todos os cômodos. Deitei no maior sofá da sala e esperei, completamente sozinha. Nada se movia. Pelo amor de deus, só vem, eu desejava. A ansiedade me consumia violentamente. Não me deixa aqui sozinha aqui, garota. As minhas mãos judiavam do meu cabelo meu rosto meu corpo todo. Com aquele fogo desgraçado remoendo dentro de mim, tentando em vão esfriar a cabeça.

Ou o meio das minhas pernas.

Maldição. Heyoon não aparecia e eu estava prestes a enlouquecer. Devia ter ficado lá, raciocinei. Do que eu estou reclamando? Eu devia estar de joelhos por essa menina, só por ela estar me beijando assim. E logo toda minha razão momentânea sucumbia à ideia de estar efetivamente de joelhos. Entre as pernas da Heyoon. Definitivamente eu não presto, eu ri, sozinha. Decidi então que precisava mesmo de um cigarro. O problema é que eu havia deixado o meu maço no quarto. Junto com as minhas calças e a minha vergonha na cara.

F*ckin' Siyoon (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora