Em outono as flores caem ( parte 3 )

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Stella

Eu entrei no quarto e vi Lucas parado em pé ao lado da cama, seus olhos fitavam meu corpo molhado coberto pela toalha, eu vi o seu desejo, e eu também ansiava por ele, eu me aproximei, mas ele tomou a frente. Por um momento comecei a recitar um poema na minha cabeça, exprimindo as minhas palavras no meu subconsciente.

"Vontade de me entregar
De corpo inteiro
Com toda a alma
Sentir seu cheiro
Oh meus Deus quero deitar no teu peito
Pode ser na minha cama com chuva e no frio
Pode ser na sua cama com sol e calor
Eu te quero comigo
Te quero sorrindo
Minha pele molhada sendo explorada por ti."

Eu o beijei com toda a minha alma, um beijo escaldante, como se aquele beijo tivesse libertado todo o meu sentimento reprimido, ele tomou conta de mim, Lucas tocou todo meu corpo com seus lábios molhados, eu estava tão excitada, desejava ele, todo, seu corpo sobre o meu, sua pele na minha, desejava ser sua, eu implorava a ele que me fizesse sua, sua e de ninguém mais, pela primeira vez sendo tocada, eu o beijava com toda a minha paixão, ele me tocou nos meus lábios inferiores e eu senti, senti seu toque, seus dedos macios na minha coxa, meu corpo todo ardia, ele acariciou minha vulva e subiu mais para cima, quase chegando ao meu clitóris, minhas pernas estava em volta de sua cintura, ele sussurrava que me queria, o quanto me queria, que eu era perfeita, eu estava no meu clímax quando ele me tomou para si e me deflorou, eu o agarrei com toda a minha força e ele tapou meus lábios com suas mãos, mas o meu grito não poderia ser abafado, aquele clamor por mais prazer, por um pouco mais dele dentro de mim. Minhas pernas estavam bambas, e meu corpo suado no dele, era a melhor sensação que eu já tinha sentido, ele toca o meu rosto acariciando a minha bochecha com o dedão, e seus olhos seguem os meus, intensos e insistentes.

—Só quero agradecer — Diz ele em voz baixa. — Quando ninguém estava do meu lado, quando ninguém acreditou em mim, quando ninguém achou que eu tivesse talento, que fosse especial, nem eu mesmo, você acreditou, você esteve lá, o tempo todo, me apoiando e...

Cubro a mão dele com a minha.

—Bem, você é.

—Mas ninguém jamais me disse isso. —Diz ele baixinho.

—É o que você merece escutar —Falo com firmeza, a visão embaçada, sinto as lágrimas percorrerem minhas bochechas quentes. —Você é talentoso, é especial, e depois de hoje, eu só tenho mais certeza disso, que você é a melhor pessoa que já conheci.

Queria poder dizer mais que isso, por mais coisas que já tenhamos vivido, eu sei que ainda estou presa a minha insegurança, ao medo, a minha prisão emocional e mental.

—Eu te amo. —Diz ele de maneira segura.

—Eu não sei como te amar. —Digo a ele. Não acredito que disse isso logo após ele dizer que me amava, me sinto péssima, mas não posso mentir. Não posso dizer que o amo, eu mal consigo dizer isso para o meu pai, não consigo dizer isso pra ninguém desde que minha mãe se foi. Simplesmente não sei como. Mas sei que ele é importante para mim a ponto de eu sentir algo tão forte a me entregar, de corpo e alma.

—Eu não tava esperando que fosse me corresponder em imediato, mas também não esperava algo assim.

—Eu não sei como te amar. Eu não sei como chamar isso. Se é amor. Eu não sei. O que eu sei é que eu quero ficar contigo. Que o que sinto por você é mais forte do que já senti por qualquer pessoa. Lucas...

—Não precisa se justificar, eu sei disso, não duvido dos seus sentimentos por mim, sei que é recíproco.

—Você é mesmo a melhor pessoa que eu já conheci.

E se a chuva cair?Onde histórias criam vida. Descubra agora