Tchau

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A estrada até a certeza de que se esta apaixonado é dolorosa, talvez confusa, mas admitir para si mesmo que a dor do seu peito é causado por outra pessoa, que você espera ouvir o som da risada dela e que todo seu mundo está depositado nela, é difícil.

Se deitar ao lado da pessoa que ama é intimidade, não daquelas que se conquista com o tempo, porque amor não é tempo, amor é sentimento e seja ele qual for, é bom quando é amor, aninhada nos braços de quem sempre amou os olhos pesados despertou.

Não teve coragem de acordar, ficou olhando a morena dormir calmamente ao seu lado, os olhos percorriam o corpo coberto pelo lençol branco e as costas a mostra, os cabelos bagunçados e a respiração calma.

Se permitiu fazer carinho de leve, os dedos passaram pelas costas nuas e ao lembrar dessa constatação sorriu feito uma boba, realmente ter Gizelly tão entregue a ela não parecia ser real.

- Bom dia sereia. - Gizelly despertou se virando.

- Bom dia bebê, não queria te acordar. - sorriu.

- Não me acordou, eu senti um carinho gostoso e me deu vontade de acordar pra ver essa cara linda. - sorriu e puxou o lençol se sentando na cama.

- Pedi o café pra gente tomar aqui no quarto. - mencionou de se levantar mas foi puxada pela advogada.

- Transa comigo e não me da um beijo de bom dia Marcela Mcgowan? - levantou as sobrancelhas. - Que mulher é essa?

- Aí meu Deus, vem aqui. - se jogou em cima da morena dando um selinho. - Pensei que ia esquecer de ontem. -riu.

- Como? Impossível, você é... - buscou as palavras.

- O que? -perguntou curiosa.

- Nem sei mais, vai ter que transar comigo de novo, vai que eu me lembre. - segurou a nuca da loira e a puxou para mais um beijo.

Parecia uma realidade paralela, acordarem juntas depois de uma noite de amor, finalmente a conversa que tanto adiaram aconteceu, apesar do medo se permitiram viver o que o momento proporcionava, fizeram amor mais uma vez, dessa vez com mais calma, toques suaves e olhos colados um no outro, Gizelly se perdeu nos braços de Marcela incontáveis vezes somente nessa manhã.

- O que vamos fazer quando formos embora? - apoiou a cabeça sob sua mão.

- Temos que pensar nisso daqui dois dias Gi, vamos aproveitar. - fez um carinho em seu rosto. - Consegue?

- Vou tentar. - sorriu fraco. - Queria ficar aqui com você.

- Eu também queria, não quero ter que ir pra São Paulo sem você. -fez bico. - Mas mudando de assunto, a black mandou mensagem e temos que fazer uma live hoje.

- Tá bom, vamos deixar para fazer isso a tarde?

- Por favooooor! - to cansada e com fome.

Se sentaram na mesa de canto do quarto, Marcela havia pegado a bandeja e arrumado o café da manhã, pediu queijo, pães, torradas, algumas geleias e café bem forte para sua furacão.

O dia estava nublado mas não fazia frio, conseguia-se ouvir a música que o hotel tocava já que não havia barulho, pelo tempo fechado a maioria dos hóspedes estavam usufruindo de coisas dentro do hotel.

O dia passou e o que teria para ser totalmente chato e monótono se tornou um dia de "casal", se é que poderíamos chamar assim essa relação, tomaram banho de banheira juntas, ainda tinham tanto para descobrir uma da outra, de outra forma e outra perspectiva.

O dia passou rápido e o relógio bateu 17h rápido demais, estavam deitadas na cama assistindo qualquer programa bobo que passava em um dos canais, o celular despertou avisando que era horário de se arrumar para a live que a black marcou.

Me espera Onde histórias criam vida. Descubra agora