Obedece

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Voltei galera, voltei pra te arrasar tá entendendo 🤡🤝

Votem e comentem.

Boa leitura!

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Como desejou não ter tanto sentimento assim por Marcela, queria pelo menos um pouco de dignidade para conseguir falar não a tudo que ela pedisse mas sabia que não conseguia lutar contra isso, e para ser verdadeira, nem queria.

A fragilidade que todo seu corpo e sentimento tinham quando estava na presença dela eram surreais, era de fato como uma roda gigante que apesar de continuar rodando parava sempre no mesmo lugar e o lugar era o colo de Marcela.

Havia muito mais, havia sentimento de impotência porque mesmo depois de tudo, de tanta confirmação sobre suas paranóias quanto a loira ela continuava amando-a sem limites.

- Vamos pra minha casa? - a pergunta pegou Gizelly de surpresa com a audácia da loira.

- É óbvio que não Marcela, tá louca? - revirou os olhos e afastou-se dela.

- Então vamos pra sua, você ainda não me disse onde mora.

- Nem vou dizer e isso aqui. - apontou para si mesma e para Marcela que estava em sua frente afastada. - Não vai acontecer de novo.

- Eu quero conversar. - se aproximou lentamente. - Por favor, eu não aceito que você se torne uma desconhecida, não depois de tudo, não aceito.

- Marcela você não vai para minha casa, mas posso te levar até o escritório. - disse cedendo mas uma vez as vontades da médica.

- Pode ser, vamos nos despedir e vamos com meu carro.

A morena assentiu contra a própria vontade, se despediram separadamente dos convidados e os olhos se caçavam em meio a aglomeração da sala se encontrando mesmo de longe e brilhando por mais que negassem a existência de qualquer sentimento.

O caminho até o escritório foi nostálgico, o carro de Marcela trazia boas lembranças, puxou o ar devagar tentando absorver todas as informações do que aconteceu nas últimas horas. No rádio tocava Maria Gadu bem baixinho, a cabeça estava encostada no vidro fechado lembrando da última vez que andou com a loira, sua mão descansando em sua coxa, os sorrisos que se encontravam e a paz que agora não estava ali.

Nutrimos sentimentos por pessoas que as vezes achamos conhecer, e como achava que conhecia Marcela, ela parecia ser a mulher perfeita com quem casaria e teria filhos e deus sabe que essa era sua vontade, imagine ter filhos com essa mulher?. Sua respiração ficou mais pesada, mesmo que a amasse imensamente, até mesmo mais que ela própria não podia permitir que os erros de Marcela a machucassem, por isso decidiu aos poucos colocá-la numa gaveta chamada esperança.

Não era como estar desistindo, porque guarda-lá foi um ato de amor próprio para que pudesse amá-la ainda mais, estava machucada e sabia que Marcela não sabia disso e nem o motivo mas como falar que o motivo disso tudo era ela mesma?

- É logo ali na frente. - apontou para o prédio marrom.

- Bem perto da onde eu trabalho. -piscou tentando quebrar o gelo.

- Não quero saber onde você trabalha. - desceu do carro assim que estacionaram.

Entraram no escritório escuro e silencioso, Gizelly acendeu as luzes e abriu a porta de sua sala para que a loira entrasse, antes mesmo de acender o interruptor do local que estava apenas sendo iluminado pelo brilho da lua que entrava pela grande janela sentiu uma respiração pesada em seu pescoço e as mãos da médica contornando sua cintura.

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