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- Marcela? - seu corpo se virou quase de imediato se afastando da companhia.
- Esqueceu de me avisar que se mudou?
- E por acaso eu me mudei para sua casa para lhe dar satisfação? - sorriu sem mostrar os dentes.
- Minha casa está sempre aberta pra você. - piscou encarando-a. - Não vai me apresentar?
- Não, isso não é da sua conta. - entrelaçou os dedos na mão de sua companhia e passou por marcela que a segurou.
- Tenho certeza que ele não se importaria de você conversar comigo um instante. - encarou as mãos.
- Eu não acho que tenhamos nada para conversar, agora me da licença. - balançou o braço tentando se desvencilhar da mão que a segurava.
- Eu realmente preciso falar com você. - seus olhos castanhos olharam a fundo para a morena que mesmo assim saiu andando.
Os braços deslizaram pela mão branca que a segurava com firmeza, mesmo que por alguns minutos sua pele havia tocado a dela novamente e mesmo que tivesse toda a raiva presente podia jurar que um sorriso brotou em seus lábios pelo simples fato de toca-la depois de tantos meses.
A ideia de que ela possa ter superado tudo que viveram tão intensamente em 6 meses assustava, seria possível que estaria presa em memórias que jamais foram reais o suficientes para se fazerem presentes?
Seus olhos acompanharam o andar da capixaba pela longa sala, seus cabelos ondulados estavam lisos naquela noite fazendo com que o comprimento do chegasse até perto de sua bunda, e que bunda, o vestido verde militar justo faziam com que suas curvas se acentuassem a deixando mais provocativa.
Caminhou até o banheiro mais próximo e encarou seu reflexo no espelho por longos minutos, os castanhos claros estavam com as pupilas dilatadas, Marcela sabia o efeito que Gizely exercia sobre ela, só não contava que ainda eram tão fortes. O cabelo loiro agora foi jogado para o lado, as mãos pousaram sobre o mármore gelado na esperança de que seus ânimos se acalmassem.
Encarou seus próprios olhos pelo espelho e tentou de todas as formas e jeitos pensar que era acima de tudo uma mulher extraordinária, que deveria se amar antes de qualquer um mas isso não funcionava quando se tratava de Gizelly, o frio que percorria seu corpo era tão grande que seus pêlos estavam arrepiados pelos poucos minutos que passou ao lado dela na sala, era incapaz de racionar quando se tratava de seus sentimentos pela morena, ficava totalmente desarmada em questão a isso.
Vulnerabilidade é a característica de quem é vulnerável, ou seja, frágil, delicado e fraco, indicando estado de fraqueza por alguém, alguma coisa ou por algum lugar. No caso da médica sua vulnerabilidade era por ambos, por Gizelly, seu amor ressentido e por aquele momento de reencontro.
Como desejou sumir naquele momento, seus olhos agora fechados fortemente lhe causando até um careta no rosto a faziam apertar a si própria nas pernas, não queria ter que lidar com isso dessa maneira, não tão exposta e machucada e bêbada para piorar a situação.
Ao sair do banheiro avistou Gizelly saindo pela portal principal sozinha apenas com uma taça nas mãos, engoliu seco e respirou fundo antes de seguir atrás da morena novamente e não sairia sem ao menos uma conversa.
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Me espera
FanfictionComo lidar com um sentimento tão exposto e ao mesmo tempo tão negado por si mesma, o esconderijo que talvez só você veja, a negação que só você acredita. Após um ano do fim do programa, a pandemia passou e enfim Gizelly estava preparando a mala par...