Me espera

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Queria agradecer por vocês estarem até aqui comigo e não terem desistido apesar da demora das att!

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Boa leitura!

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POV GIZELLY

O corpo quente de Marcela estava aninhado ao meu durante o restante daquela madrugada quente, aquele era o lugar mais seguro que eu já estive, era dentro dos braços dela que eu gostaria de estar depois de um dia cansativo, era ela quem eu queria ver todos os dias quando acordasse. Não a vi.

Passei a mão pelo colchão e agarrei alguns travesseiros e nada de Marcela deitada, meu cérebro demorou alguns segundos para começar a me preocupar pelo fato dela não estar ali e o resto do apartamento estar silencioso, já que ela era barulhenta e bagunceira. Encarei o sol pela janela e me obriguei a sair da cama.

- Marcela? - o eco da minha voz se fez presente no cômodo.

Antes que eu pudesse tirar alguma conclusão sobre isso meu celular tocou, era estanho pois ninguém me ligava cedo a não ser que fosse uma emergência, meu coração acelerou rapidamente só de pensar que poderia ser Marcela.

- Cadê essa merda. - puxei os edredons de cima da cama king size.

O nome no visor me fez relaxar um pouco, era mais provável mesmo ser minha mãe ligando essa hora do qualquer outra pessoa.

- Oi mãe.

- Bom dia filha, está tudo bem?

- Sim, acabei de acordar mãe. - bocejei pelas poucas horas dormidas. - Estou procurando a Marcela.

- Ah sim. - arranhou a garganta. - Você pode vir aqui na hora do almoço por favor? Estou na casa da vovó.

- Claro mãe, só vou falar com a Ma e depois iremos.

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MARCELA POV

O cheiro de Gizelly invadiu minhas narinas por todo restante da madrugada que estivemos agarradas, eu estava deitada sob o peito dela ouvindo seu coração bater calmamente enquanto meus dedos alisavam sua pele ainda quente.

Poderia morar naquele momento, era difícil demais amar essa mulher e mais difícil não ter controle sobre isso, por mais que eu quisesse não conseguia tirá-la do pensamento um só segundo. Amar alguém preso era como estar engaiolado. Não podia mais.

Seu corpo perfeitamente desenhado sob o edredom branco, os cabelos ondulados cobrindo parte do seu rosto e a respiração tranquila foi a última coisa que vi antes de me despedir sem fazer barulho.

Era mais difícil pra mim do que pra ela, talvez ela nunca pense assim, mas partir e deixá-la sem antes beijar aqueles lábios macios era como uma morte lenta e dolorida. Eu estava mesmo morrendo por dentro por não tê-la completamente comigo, era falha minha, nunca deixei claro que a amava tanto.

- Desculpa. - respirei fundo. - foi a última coisa que eu disse antes de sair de lá.

Agora eu estava sentada na mesa de jantar com Dona Madalena me encarando com um olhar indecifrável. Eu queria só fugir, mas mantive a coragem.

Não contei pela Gi, contei por mim e por tudo que estava me sufocando, contei por todas as vezes em que chorei sozinha e escondida pela neta dela. Como era difícil amá-la.

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