Capitão Irresistível - Os D'evill 03

Capítulo 11

Último capítulo do dia pq to cansada minha gente kkkkkk Mas antes de continuarmos eu gostaria de declarar uma coisa aqui: Vocês fazem os melhores comentários da vida KKKKKKKK Eu morro com vocês, sério mesmo. Vocês são os donos do meu coração.

Obs: Eu vejo muito do que vocês comentam e se vocês desejam, estou aqui para realizar. Menos mais um capítulo, esse é o último do dia e preciso lavar uma pilha de louça nessa noite fria minha gente, tenham pena desta pobre garota.

Boa leitura <3

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ELIZABETH D'EVILL

Acordei assustada, sentei-me na cama e olhei ao redor, o quarto é iluminado pela lareira, porém o céu está completamente escuro. Sempre fui a pessoa de sono mais leve da família, mas ser acordada pelo vento é demais. Olho para o relógio sobre o criado-mudo e vejo que são duas e cinquenta e três da madrugada.

Solto um suspiro pesado e volto a me deitar na cama quando escuto um pequeno gemido de dor vindo do corredor, do lado de fora do meu quarto. Estou de pé em um segundo, pegando meu robe e o vestindo antes de caminhar silenciosamente até a porta. Meus planos se resumiam a desfrutar de minha primeira noite oficial como uma noiva e dormir.

Abro a porta um pouquinho, apenas uma fresta para ver o que está acontecendo no lado de fora. Posso ser muitas coisas, mas louca ao ponto de escutas gemidos imaginários não. Para minha completa surpresa minha irmã está de pé, a poucos metros de minha porta, com uma mãe na parede e outra na barriga. Seus olhos estão fechados e seu rosto parece concentrado. Passei um segundo inteiro tentando entender o que estava acontecendo até ouvir outro gemido baixo escapar de seus lábios.

-Victoria! - Abro a porta em um rompante e mesmo que ela tenha se assustado não demonstrou, se encontrava na mesma posição - Vic? O que houve?

-Estou com dor.

Tomei sua mão na minha e a aparei até o interior de meu quarto. Estou torcendo aos céus que não seja o que estou pensando. Da última vez que vi uma mulher redonda reclamando de dores, Alice veio ao mundo poucas horas depois.

-Quando começou?

-Algumas horas atrás, mas não estavam tão fortes.

-Onde está Isaac? - Pergunto ao deitá-la em minha cama.

-Dormindo, foi um dia difícil, deixe-o descansar.

-Onde você estava indo? Não pode vagar sozinha pela casa em seu estado!

-Pretendia chegar a cozinha e pegar um chá. A dor piorou muito no caminho.

-Chamarei a mamãe, ela saberá o que fazer.

-Não chame ninguém, não vamos incomodar.

-Victoria você está com dor! Se não posso chamar seu marido ao menos deixe-me chamar mamãe, ela saberá o que fazer.

-Vá, mas não chame a atenção de mais ninguém na casa. - Assim que fechou a boca, uma careta de dor tomou conta de seu rosto e eu soube que precisava correr. Tentei correr o mais silenciosamente possível até o quarto dos meus pais, poucas batidas na porta poderiam resolver o problema. Herdei o sono leve de minha mãe.

-Elizabeth? O que houve? - Pergunta por uma fresta pequena que abriu na porta.

-Victoria está com dor, disse que é forte.

-Céus! - Voltou-se para dentro - Thomas, Victoria sente dor.

-É melhor chamar um médico. - Ouço meu pai dizer e seus movimentos ao movimentar-se pelo quarto.

A porta é completamente aberta e nós três corremos de volta para meu quarto. Ao entrarmos encontramos minha irmã com as pernas flexionadas na cama, agarrando aos lençóis e rangendo os dentes enquanto geme de dor.

-Querida. - Mamãe corre até ela - Respire, querida. Thomas, acorde Harry e busquem um médico e a parteira. Elizabeth, vá acordar Isaac e o traga aqui, depois reúna os empregados e peça panos limpos e água quente.

Ela não precisou falar duas vezes. Papai e eu corremos em direções opostas, ele indo para o quarto de meu irmão e eu para o quarto de meu cunhado. Não havia tempo para delicadezas, não bati à porta, a espanquei. O repouso de Isaac poderia esperar, seu bebê está vindo ao mundo.

-Elizabeth? O que foi? - O homem realmente está amassado e sonolento.

-Victoria está em meu quarto, achamos que o bebê nascerá logo.

-Ainda não é hora.

-Eu também acho, mas não somos nós quem decidimos isso. Vá para lá e encontre sua esposa, acordarei os empregados.

Uma hora e meia depois havia grande comoção em Brand Hall. O médico, a parteira, mamãe e algumas criadas estão em meu quarto dando auxílio a minha irmã. Isaac recusou-se a sair do lado dela e também está lá. No salão de baixo estamos eu, papai, Harry, Charlie e Anthony - Esses dois últimos foram despertados por toda a movimentação em plena madrugada.

Decidimos não despertar Grace, ela anda cansada por conta de Alice - que milagrosamente não acordou - e um criado foi enviado a Lawfort Hall, Isaac pediu a presença do primo e assim será feito.

Estamos todos agitados, escutando os passos apressados das serventes no anda superior, mas nenhum grito. Grace gritou bastante no nascimento de Alice e o fato de Vic não estar gritando me preocupa um pouco.

-Esse silêncio é normal? - Não pude conter a pergunta.

-Cada parto é diferente do outro, querida. Precisamos manter a calma. - Mesmo papai, que está sempre tão calmo e controlado, parece uma pilha de nervos. Sua filha está dando à luz no piso superior, quem pode culpá-lo?

Vinte minutos mais tarde Daniel adentrou na sala e tivemos que lhe explicar toda a situação. Ninguém parecia se importar com o fato de estamos todos em roupas de noite - em especial Charlie e eu - na frente de Daniel. Pareceu-me bem fingir que também não me importava, por mais que agora me sentisse estranhamente exposta.

Seria inapropriado para o momento invadir meu quarto -  com minha irmã em trabalho de parto - e pegar um vestido? Sim, talvez não tenha sido minha melhor ideia.

O tempo parecia não passar, gritos também não eram ouvidos e todos ficamos mais agitados a cada segundo. Em algum momento papai levantou-se e começou a caminhar pela sala como um animal encarcerado, andando em círculos. Ele estava no meio de seu trigésimo sétimo círculo quando escutamos um choro. Todos nos preparamos para correr até o andar de cima, quando uma criada surgiu na escadaria.

-Lady Brightdown pediu que não subissem ainda.

-Como está minha filha? - Papai pergunta.

-Está progredindo bem, milorde. Todavia entradas ainda não são permitidas no quarto.

Voltamos todos cabisbaixos para a sala de visitas. A preocupação multiplicou-se. Se Victoria está bem então porque não podemos subir? Exatos quinze minutos depois escutamos outro choro ou o mesmo, eu não sei, sinto-me realmente perdida.

-Já chega! - Papai pulou fora de sua poltrona e correu na direção das escadarias, não tardou meio segundo antes que todos os seguíssemos.

Não tenho palavras para descrever o choque ao entrar no quarto e encontrar minha irmã e meu cunhado segurando pacotinhos embrulhados.

-Vocês tiveram dois? De uma vez? - Charlie pergunta em completo choque, eu não poderia culpá-la. Ela verbalizou o que eu estava pensando.

Isaac e Victoria parecem cansados e minha irmã especialmente suada, mas ambos estão tão sorridentes que me faltam palavras para descrever. Até que Victoria fala e além das palavras, perco completamente o ar.

-Estes são Michael e Florence Hinxtone.