Capítulo 16

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 Naquela manhã, Ana acordou com uma forte dor de cabeça e não reconhecia aquela cama, como também não recordava de ter ido se deitar, quando a mão dela percorrendo o colchão encontrou alguém, se assustou quando viu ser Franco, ele acordado olhava com um sorriso bem largo. Bom dia meu amor, espero que tenha descansado. — Ele a beijou que ficou sem reação. Ana se assustou novamente quando não sentiu sua roupa no corpo, ela o olhou:

— Como? ana respirou fundo o que estou fazendo aqui?quando ela olhou pela janela viu que o sol já está bem alto que horas são?

O que está acontecendo? ele com toda liberdade foi tocando o corpo de Ana Deve ser umas dez horas, tem compromisso?

Ana tirou as mãos de franco de seu corpo e se levantou puxando a coberta Compromisso? Eu tenho trabalho Franco. ela sentiu o quarto revirar Como vim parar aqui? O que aconteceu aqui?

Franco se levantou em seguida, pegou um roupão, vestiu Bem o que aconteceu? — ele andou ate ela O que acontece quando um casal apaixonado chega de uma festa e querem relaxar, não achas?
— O que?— Ele abraçou Ana por trás e beijou seu pescoço. Ana tentou lembrar de qualquer coisa que ele diga E porque não me lembro de nada?

Franco deu risada talvez pelas doses que você tomou muito rápido. Sorriu convencidomas eu sim me lembro, e como me lembro...

Ana saiu daquele abraço e foi pegando seu vestido Pode por favor me levar na casa de Fernando?

Franco fez uma cara de desapontado com um olhar um tanto furiosoClaro, já vai voltar para ele, isso é maravilhoso.

Ana sentia como se estivesse de ressaca, e é claro, seu humor estava péssimo, cada palavra que sai da boca dele faz com que Ana revire os olhos. — O que espera que faça? Eu trabalho para ele.

Franco dá de ombros Poderia mudar isso não acha?

Os dois se encararam naquele quarto Não...  ana suspirou —  porque deixaria meu emprego?

Por que eu não quero. Não quero você com ele, todos os dias, isso não é certo.

Ana deu uma risada irônica, fazendo com que franco sinta um ódio em seu ser Não vou fazer isso, não mesmo, é meu emprego e não estou lá por Fernando, estou pelas crianças eu as amo, e não vou deixar isso.

Franco tinha um olhar tão estranho quando ana disse aquilo, é como se ele se transformasse em outra pessoa, ele não comentou mais nada apenas foram se vestir.

Na mansão Fernando estava sentado com Valentina na sala, os dois conversavam depois de terem acordado cedo e tomado café com as crianças, Fernando apresentou Valentina como uma amiga especial isso deixou todas as crianças com uma dúvida, mas elas adoraram Valentina, Fernando esta triste por Ana não ter dormido em casa e nem ter avisado nada, por sorte Manuela apressou as crianças para o colégio. Valentina impaciente com Fernando toda hora olhando o celular o tomou das mãos dele.

Já está bom, Ana está bem, provavelmente dormiu na casa do namorado dela Fernando, se atrasou para o trabalho, mas isso acontece às vezes, relaxa. Valentina acaricia a mão dele.vamos tomar algo?

Fernando sorri de canto está bem, o que quer?

Nesse instante Ana entra pela porta, ela observa a ceninha dos dois e respira fundo, a essa altura do campeonato ela não pode se dar ao luxo de sentir ciúmes dele já que o acordo é seguirem suas vidas separados, ela andou até a sala. Bom dia Senhor, peço perdão pelo atraso. — Ana disse sem encarar os olhos de Fernando, seria mais difícil assim. Bom dia Valentina. Para ela Ana fez questão de olhar.

— Bom dia Ana, está tudo bem com o atraso, mas que não se repita. — Fernando apertou a mão de Valentina como se estivesse com raiva, mas sabemos que é ciumes.

—Olá babá, já pode nos dar licença.ela tentou não ser grossa, mas não conseguiu, Valentina segurou firme na mão de Fernando também, ela fez uma ceninha de apaixonada com isso.

Ana suspirou com tristeza Com licença. — Ela se retirou.

Fernando observou Ana saindo.Acho que já abusei de mais do seu tempo não acha Valentina?

Os dois deram um sorriso com olharesNenhum pouco, mas...ela se levantou Preciso de outra roupa, me leva no hotel?

Fernando disse. —Sim, claro... 

Ana em seu quarto pensativa, deitada na cama encara o teto daquele cômodo revivendo o momento da festa onde conversou com Fernando, sentiu tudo novamente como se um vazio a invadisse, ela fechou os olhos sentindo algumas lagrimas escorrendo pelo seu rosto.

— Tenho que te esquecer Fernando, eu preciso... ela diz repetidas vezes essa mesma frase enquanto seu celular vibra ao lado da camaagora não, por favor... ela deixou que tocasse, sua cabeça ainda doí e Ana tenta lembrar do que aconteceu depois que Fernando saiu da festa, tenta lembrar como ela pode ter chegado a dormir com Franco assim, tão rápido — Por que não consigo lembrar?

Ela colocou as mãos cobrindo seu próprio rosto e sua cabeça parecia uma montanha russa que não para.

Outra pessoa que também estava nessa festa não está tão tranquilo assim, Franco, em seu quarto de hotel ligando desesperadamente para Ana tentando saber o que ela estaria fazendo, ele aperta seu celular, só o que passa em sua mente é que ela e Fernando voltaram a ficar juntos e as costas dele Ana continua o traindo, isso parte seu coração e só aumenta mais o sentimento de ódio que ele está criando por Fernando, ele está ficando doente com tudo o que está acontecendo. Franco não pensou duas vezes, ele ligou na empresa e solicitou o telefone da casa de Fernando.

Alo, por favor preciso falar com Fernando.ele disse sem paciência logo quando atenderam na mansão.

Infelizmente seu Fernando não se encontra, gostaria de deixar recado? o mordomo da mansão responde.

E a senhorita Leal, está? Franco respira descontroladamente enquanto espera a resposta.

— Sim, se encontra, mas no momento está repousando, gostaria de deixar algum recado? Ou se identifi... antes que terminasse a ligação foi encerrada.

Franco suspirou aliviando o peso de suas costas — Não me atendeu pro que estava dormindo. — Ele se olhou no espelho de seu quarto e viu um sorriso maléfico em seu rosto, por um momento não se reconheceu, chegou a se assustar com isso. Franco não se deu conta, mas está perdendo o controle muito facilmente e isso não será bom para ninguém, muito menos para ele.

SENTIMENTOS DISTINTOSOnde histórias criam vida. Descubra agora