Outbreak

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— O que? Woo, por quem está procurando? — Seonghwa diz em um tom bastante confuso.

Wooyoung apenas balança a cabeça na intenção de fazer o outro não importar-se com aquele assunto.

— Não é ninguém, Hwa. Apenas vamos embora. — o moreno dá de ombros puxando o mais alto para fora dali.

[...]

— Wooyoung-ah, por mais que você diga estar bem, eu não consigo acreditar em você... Aconteceu algo, não adianta mentir. — o Park insiste em tal possibilidade.

Não estava errado, porém Wooyoung não queria falar sobre o assunto até que conseguisse fazer algo para concertá-lo.

— Seonghwa, você lembra quando eu disse que estava reprimindo e negando alguns sentimentos? — recebendo um aceno de cabeça do amigo, apenas continuou sua fala. — Eu ainda estou tentando resolver isso. Portanto... Não se preocupe. Apenas estou um pouco triste com o que anda acontecendo...

— Ok. Não quero ser intrometido nem nada do tipo, mas... Como seu amigo, eu apenas quero lhe ajudar. — Seonghwa direciona um meio sorriso para o baixinho, o qual assente.

— Você não precisa se preocupar. Eu posso me virar e consertar tu...

— Apenas... Apenas me peça ajuda, caso precise, ok? Eu estou do seu lado para tudo o que precisar, lembre-se disso. — o castanho interrompe o amigo.

[...]

Mais uma vez, San não conseguia dormir nem sequer por um segundo durante a madrugada. Porém, naquela noite decidira mudar o trabalho que apresentaria para a sala algumas horas depois daquele momento.

Mesclava a própria parte com a de Yeosang e adicionava um poema diferente.

O poema não era o maior de todos, ou o melhor de todos, mas um belo e significativo poema. Este que 'poderia definir os sentimentos do Choi naquele momento, ou apenas a luta que acontecia dentro de sua cabeça.

Julgar-se por algo que nem sequer lembrava-se de ter feito, era completamente estranho para o platinado. Pensava até ser bom não lembrar do que havia ocorrido, pois, segundo o jovem ele não aguentaria ter uma memória de seu amado sofrendo por sua culpa. Aquilo o deixaria ainda pior. Ter lembranças de abusar o amor de sua vida, seria o suficiente para o Choi querer retirar a própria vida.

[...]

Wooyoung termina sua fala e curva-se para os alunos que encontravam-se na sala de aula. San não havia trocado uma palavra sequer com o jovem de madeixas escuras ao seu lado, pretendia apenas apresentar o trabalho e ir embora dali o mais rápido possível.

Agora era a vez de San.

O platinado falava como se fosse o verdadeiro professor ali. Sua fala mesclava-se com a que Yeosang deveria dizer e este explicava completamente tudo o que deveria. Chegando no momento do poema.

— Acho que vocês perceberam que, no dia de hoje, não tínhamos nenhum poema no quadro de avisos. O motivo é simples. Eu gostaria de trazer o poema de hoje na apresentação do nosso trabalho. Então, aqui vai.

"Razão feroz, o coração me indagas,
De meus erros a sombra esclarecendo,
E vás nele (ai de mim!) palpando, e vendo
De agudas ânsias venenosas chagas:

Cego a meus males, surdo a teu reclamo,
Mil objetos de horror coa ideia eu coro*,
Solto gemidos, lágrimas derramo:

Razão, de que me serve o teu socorro?
Mandas-me não amar, eu ardo, eu amo;
Dizes-me que sossegue, eu peno, eu morro."

When You Smile - WoosanOnde histórias criam vida. Descubra agora