SHOTGUNS - O REENCONTRO {EVANSSON AU}

[22] Os Cartões

Boa noite!!!
As atts de hoje demoraram por que vão ser um pouquinho longas em homenagem as aniversariantes dessa semana: Joana e Ana Letícia!
Amo demais essas meninas e espero que gostem desse presente (por mais que não vá ser exatamente o que você pediram.
Enfim, segue os próximos caps, só sucesso!
Espero que gostem.
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— Evans, me ajuda aqui. — a voz conhecida o desperta dos pensamentos nublados que rondavam a mente dele enquanto terminava de comer o café da manhã. 
Os beijos e conversas da noite anterior haviam o deixado tão animado que encontrar o sono realmente demorou, e agora cobrava seu preço. 

Mas a voz de Brie — e não de Scarlett — o chamando é no que ele precisa pensar agora, e na caixa grande que ela carregava para uma das mesas vazias mais próximas do buffet do refeitório. A curiosidade é o bastante para que ele abandone a bandeja na lixeira e se aproxima dela.

— Aqui. — ele recebe o monte de cartas amarradas com elásticos que ela o entrega. — São os cartões do Dia das mães, chegaram de Johanesburgo hoje... — ele a vê apertando o ponto entre os olhos e suspirando, encarando-o quando ele não fala nada — O que?

— Você viu a Scar…, A Major? — ele havia, sim, deixado transparecer. Que se dane, todos os outros amigos já haviam tomado café e saído pela porta, mas ele ainda estava ali, tomando um iogurte o mais lento possível, na espera de ver ela. Será que ele havia ido muito longe, pressionado demais, Bria havia escutado algo e questionado? — Não vi ela hoje.

— Ela acordou cedo e está enterrada em papelada no administrativo, Evans. — Ela responde baixo, com um tom condescendente. — Não se preocupe, ela não odeia você. Pra falar a verdade nunca a vi com tanto bom humor, tendo aquela quantidade de papel na mesa. — ele não consegue segurar o sorrisinho quando imagina a cena. — Por isso que eu quem estou aqui com as correspondências, e preciso que me ajude. Tudo bem?

— Claro. — agora sim tudo estava bem, eles estavam bem e era o que importava.

***

A distribuição dos cartões foi rápida no refeitório. Era emocionante ver os olhares amorosos e saudosistas direcionados para os papéis rabiscados ou extremamente elaborados. Ele havia sofrido em deixar o cachorro e partir para ali — quase uma semana paparicando o animal da melhor maneira possível, para que ele sentisse o quão amado era — mal conseguia imaginar como seria deixar sangue do seu sangue, a pessoa que mais depende de você, para ajudar a salvar vidas. Era um altruísmo que ele não imaginava conseguir ter.

E foi assim durante um bom tempo, esses pensamentos o invadindo enquanto distribuía os envelopes pelo acampamento,  a saudade de casa ao lembrar da mãe e em quanto ela havia abdicado, do filho que havia perdido e dele que, por pouco, não havia ido junto. Do marido, amor da sua vida — como costumava chamar — fazendo a passagem de forma tão inesperada que ela nem conseguia completar a respiração.

Mas é quando ele sai do prédio dos dormitórios femininos que Chris vê o que não espera encontrar entre suas mãos. O envelope, destoante dos outro, em um tom azul bebê suave, com as caligrafia caprichada provavelmente feita pela mais velha, 

De: Mamãe & Smooch
Para: Major Scarlett Johansson.

Aquilo não podia ser o que parecia, certo? Ou podia ser justamente o que parecia: Scarlett tinha um filho. Caso contrário não teria um envelope com seu nome ali.

E era uma menina, ele tinha certeza. O apelido, Smooch,  era usado pela própria mãe dele com as irmãs mais velhas, e até com a própria Scarlett quando mais nova. Os meninos não eram chamados de Smooch, as meninas sim. E a filha dela parecia ter herdado. 

Scarlett tinha uma filha, e ele não conseguia assimilar quanto tempo realmente havia se passado para que a menina que escutava Nirvana, pintava o cabelo sempre que possível e ficava até mais tarde com ele no telefone, tivesse  virado mãe.

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Sempre que possível comentem e votem no capítulo, façam uma escritora feliz!!!