Capítulo 17

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CAPÍTULO 17
  Emma Pov's
  Solto a respiração assim que saio da Universidade. Hoje foi um ótimo dia para reunião!
  Eu só queria conversar um pouco com minha amiga antes de vir para  a reunião. Era só isso...
  Mas então eu a vi.
  Regina estava lá.
  Vê-la tão indiferente mesmo depois de dar satisfação – sem nenhuma obrigação – sobre o porquê de não ter ido com ela na Hope. Eu sequer ouvir seu recado, ainda aparecer lá com uma mulher que estou... estava ficando seria muita sacanagem.
  Ver que ela estava novamente me ignorando me deixou brava. Fiquei com muita raiva, eu não fiz nada contra ela!
  Não pensei direito quando decidi seguir seu carro, somente queria conversar... talvez extravasar essa raiva na culpada por isso, eu só não pensei que...
  -Filha da mãe! – murmuro já brava novamente.
  Eu só não pensei que fosse transar!
  Eu me considero impulsiva? Talvez. Mas, porque raios ela foi topar me beijar naquela festa?! Não paro de pensar nisso! Porque enquanto eu falava ela ficou encarando meus lábios?! Eu respeito muito, nunca daria em cima de alguma amiga minha, mas ela também não facilita. Fala sério, Regina é toda linda e atraente, sexy... Tem um sorriso que pelos Deuses! E o seu corpo...
  Não! Já estou viajando!
  Nunca pensei que isso fosse um dia acontecer, claro que não seria problema caso ela não fosse minha aluna e comprometida.
  Talvez eu esteja surtando? Talvez. No entanto, preciso me controlar. Para conversar com ela preciso estar mais calma, escolher bem as palavras. Conheço Regina o suficiente para saber que ela pode se sentir mal, ficar insegura com sua aparência e tals. Se a merda desta reunião não tivesse sido hoje tudo seria mais fácil, eu não iria precisar sair nas pressas após ter transado com ela.
  Pensando essa minha atitude, me deu até arrepios. Isso é atitude de muitos homens, consegue levar pra cama e some. Vai embora com desculpas esfarrapadas e Regina até pensou nisso, tenho certeza. Não a culpo, ela provavelmente já passou por isso diversas vezes. Quando eu disse que tinha compromisso eu vi sua expressão.
  [EmmaSwan] Gatinha, posso ir até aí para conversarmos?
  [EmmaSwan] Ei, acabei de sair da reunião e gostaria muito de conversar com você.
  Ela estava visualizando. Suspirei e estava pronta para mandar outra mensagem, quando notificou uma sua.
  [Gatinha 🌻] Estou na praia.
  Sorri aliviada.
  -SQ-
  Não precisei caminhar muito, logo a vi sentada na areia perto do mar. Me aproximei devagar e fiquei observando-a. Ao seu lado está um chinelo branco e ela usa um vestido soltinho com estampa floral.
  Nada preto.
  Meu nervosismo e frio na barriga intensificou assim que cheguei ao seu lado. Ela me olhou e sorriu pequeno. Sentei ao seu lado e juntas passamos a observar o mar.
  -Então... desculpe ter saído daquela forma, mas realmente tive uma reunião.
  -Ok. – desvio minha atenção da água e olho para ela, que já me encarava. -Como foi que isso aconteceu, Cupcake?
  Cupcake é um bom sinal.
  -Você se arrependeu? – ela rir.
  -Pelo amor de Deus, Emma! Quem se arrepende de fazer algo com você?! – mordo o lábio inferior para não sorrir feito idiota. -E isso então...
  -“E isso então”...? – semicerro os olhos. Um sorriso teimava em sair.
  -Não seja dissimulada, você sabe tanto quanto eu o quão bom foi. Mas também sabe que não podemos. Eu não me arrependo, não mesmo. Não é isso que estou dizendo, mas nessas circunstâncias... Eu ainda namoro o Gideon...
  -Ainda?
  -O que?
  -Você ainda namora o Gideon? Pretende terminar?
  -É... – desvia o olhar.
  Estava tudo indo bem demais!
  -Você realmente está apaixonada por esta pessoa. – solto, fazendo-a me encarar com os olhos arregalados.
  -Isso é hora de “ciúmes”??
  -Fala sério! Não estou com ciúmes, na verdade estou feliz que vai se livrar daquele garoto escroto.
  -O seu tom de voz diz o contrário. Você está sim feliz que vou terminar, mas não por eu estar gostando de outra pessoa. – reviro os olhos. -Não ouse mentir para mim, pois da mesma forma que você percebe quando alguém está mentindo, eu conheço quando você o está fazendo! Eu conheço você, Emma!
  -Tanto faz.
  -Emma Swan! Por favor, haja como a adulta que é e converse normalmente.
  -Parece até que está repreendendo a Alison!
  -Sabe que está pior?! Poucas foram as vezes que tive de repreendê-la. – ela segura minhas mãos, engulo em seco ao me arrepiar. -Cupcake, você quis conversar comigo, confesso que também quis mas estava com receio de que isso acontecesse. Eu gostei do que aconteceu, mas não podemos repetir. Estou tentando conversar com você para que não nos afastemos, você é importante! Muito importante para mim, Emma! Meu único medo é que isso nos afaste.
  -Eu sei, também tenho medo. Desculpe agir assim, tá? Não vou me afastar de você. – solto a respiração e sorrio.
  Eu só estava brava hoje mais cedo.
  -Eu estava puta com você. – ela rir de cenho franzido.
  -Por que?
  -Regina! Você estava me ignorando, toda esquisita, me deixando confusa com a sua confusão. – ela está com um sorriso divertido nos lábios. -Sério, você fala todas aquelas coisas naquele dia na Hope, depois da festa que fomos começa a agir estranho, não sei... Aí me chama de senhorita Swan, o que parou de fazer há muito tempo. Mal estava me olhando nos olhos, somente visualizando minhas mensagens...
  -Você é bem lerdinha, Emma.
  -Nossa! – ponho a mão sobre o peito, fingindo uma ofensa. -Fazia tempo que ninguém me chamava de lerda. – rimos. -Eu segui seu carro pronta para uma discussão. – ela rir.
  -Qual foi a última vez?
  -De quê?! – ela solta uma alta risada. Franzi o cenho sem entender, mas sorri e esperei que se recuperasse do riso.
  -A última vez que alguém te chamou de lerda.
  -Ah, entendi. – eu mesma dou risada agora.
  Consigo ser bem lenta as vezes.
  -A última vez foi a Ruby, ela disse que para alguém que analisa tão bem as pessoas e que estava estudando psicologia, eu demorava para perceber algumas coisas. – Regina me olha com um pequeno sorriso de lado. Seu olhar passeava por todo meu rosto. -Um carinha estava gostando de mim e me dava vários sinais e eu toda lerda, não percebi.
  -Exatamente... – soltou, voltando sua atenção para o mar. Sem entender, dei de ombros.
  -Você está concordando com a Ruby, né?
-Sim, cupcake! Eu claramente estou concordando com a Ruby. – eu a encarava esperando que falasse algo, ela somente ria ainda olhando para a água. -Sabe, você é interessante, inteligente, tem um bom coração, é amigo, ajuda, super simpática, linda pra cacete, percebi que manda muito bem no... Enfim, pode ter alguém gostando de você e você aí, toda lerda sem perceber.
-Bom, talvez... mas acho que não iria me relacionar com ninguém, não agora. Estou bem assim.
  -Ah...
Dias depois...
  -Puta que pariu! – reviro os olhos para minha amiga. -Emma, sua safada! – começa a dar tapinhas no meu ombro.
  -Dá pra parar?! Não chame... – minha frase morreu ao ver Regina se aproximando. Ela sorria, estava com seus cabelos levemente bagunçados.
  -Ei, já sabem o que vão pedir? – engulo em seco. Chuto a perna da minha amiga por baixo da mesa, tentando evitar um possível comentário. -O que há com vocês?
  -Nada! – me adianto. -Eu vou querer um café e...
  -Não temos donut de chocolate ainda... – me interrompe.
  -Ah... Então, somente um café.
  -E você Rubs? – minha amiga ainda nos encarava, novamente a chutei.
  -Credo, mulher! Não quero nada, Regininha. – com uma expressão completamente confusa, a morena nos deixa a sós.
  -Tem como parar?! Não deveria tê-la dito nada, argh!
  -Só que não sai da minha cabeça que você transou com a Regina! Meu Deus!!!
  -Qual é, amiga?!
  -Ok, ok. – levanta as mãos e suspira. -Vocês conversaram, certo?
  -Sim, mas... – fecho os olhos e massageio as têmporas.
-O que foi, Babe? – volto a encará-la.
  -Eu não consigo tirá-la da cabeça. Não consigo, eu tentei. Juro que tentei, mas não paro de pensar em tudo que aconteceu.
  -Você está gostando dela? – arregalo os olhos.
  -Não! Não neste sentido. – bufo baixinho. -Eu só gostei do que fizemos e... e...
  -E gostaria de repetir? – solto a respiração.
  -Não sei...
  -Sabe sim, só não quer admitir em voz alta. – vi que Regina estava vindo e sorri.
-Me desculpem pela demora... – diz pondo o café na mesa.
  Nos assustamos ao ouvir um baque na porta, olhamos e Gideon vinha em nossa direção em passos rápidos.
  Reparei que a expressão de Regina mudou drasticamente.
  -O que você fez?! – me levantei calma e me coloquei entre os dois.
  -Gideon...
  -Sabe o que isso pode me causar? – permaneci de braços cruzados, entre os dois e observando. -Você é ingrata.
  -O que está havendo? – Hope chega afobada. Oscilou o olhar entre nós, confusa.
  -Não se preocupe, Hope. Já vamos sair. – me volto para o garoto. -Por favor, peço que se retire. – aponto para a porta. -Aqui não é o local para as suas idiotices!
  -Mas ela vem junto!
  -Não, eu não posso... – ele fez menção e segurá-lo, mas o impedi, segurando-o pelos ombros. Ruby levantou e segurou uma das mãos de Regina.
  -Nós vamos com você, Regis. –minha amiga diz.
  Falei rapidamente com Hope e paguei o café. Saímos logo em seguida, ver Regina apertando as mãos estava me partindo o coração.
  -Por que procurou o meu pai?! Ele quer me mandar para outro país! Sua idiota, ele quer me deixar em um clínica com os parentes esquisitos dele! – ele estava transtornada, andava de um lado para o outro, passando as mãos pelo rosto suado.
  -E-eu tentei falar com você, Gideon...
  -Você não merece nada do que tem. Tudo que eu já fiz por você, te dei mais do que merecia. Agora eu entendo o seu pai, sei porquê fazia aquelas coisas com você... – engoli em seco. -Apesar da sua irmã ser casada com essa... essa pessoa, também não merecia tê-la como irmã! Nunca teve nada, e quando finalmente tem a chance, é essa pouca vergonha!
  Gideon ficou em silêncio, mas ainda andava de um lado para o outro. Quando novamente ele fez menção de ir pra cima dela, assustando também minha amiga, acertei um soco no seu rosto. Ele caiu.
  -Emma! – não me atentei a voz de Regina.
  Ajudei ele a levantar e ao ver que estava firme no chão, acertei outro soco.
  -Você nunca mereceu a Regina, seu merda! Nunca mereceu nada do que tem. Ela é muito para você!
  -O quê?! – riu e cuspiu o sangue. -A Regina não é nada. Ela que nunca merec... – sua frase morreu assim que acertei outro murro. O segurei pela camisa, trazendo seu corpo de encontro com o meu.
  -Se chegar a vê-lo incomodando ela novamente, não responderei por mim! Sai daqui! – só me dou conta de que alguém me segurava, quando senti mais um apertão em meu braço.
  Era Ruby.
  Olhei sobre seus ombros e Regina parecia apavorada. Arregalei os olhos e o soltei. Minha mão estava inchada.
  -Regina... – me calei ao vê-la levantar a mão para que eu parasse.
  Ela saiu apertando os passos. Olhei para Ruby perdida, tenho que ir atrás dela, não é? É, é isso. Minha amiga balançou a cabeça como se soubesse o que eu estava pensando.
  Entrei no carro rapidamente ao perceber que começava a chover. Vi que o Gideon ainda olhava para onde ela estava indo, provavelmente para segui-la.
  -Regina! – chamei mas ela somente ignorou. Acelerei e parei na sua frente. -Entra no carro, Gatinha. – sua roupa já estava completamente molhada, mas ela desviou do carro e continuou andando.
  -Me deixa em paz, Swan! – desci, deixando a porta aberta.
  -ENTRA NO CARRO, REGINA! – gritei dando um soco no capô. Ela parou assustada. Respirei fundo ignorando o nó na garganta. -Por favor, entra no carro. A chuva está piorando.
  Regina passou por mim e entrou batendo a porta, cruzou os braços e um bico enorme se formou em seus lábios.
  -Desculpe ter gritado, tá? Desculpe... – ela assente.
  Dirigi até meu apartamento. Mesmo numa cidade pequena, o caminho pareceu mais longo.
  Logo nós chegamos. Regina pegou nossas bolsas e saiu, indo para o meu apartamento. Suspirei profundamente e desliguei o carro, saindo logo em seguida. Esperei o elevador descer.
  Ela estava no sofá quando entrei, ainda de braços cruzados e cara emburrada. Respirei fundo e fui até a cozinha, peguei dois copos d’água. Voltei para a sala e sentei ao seu lado. Lhe estendi o copo, porém ela ignorou.
  Passados uns minutos sem falarmos nada, fui para o meu quarto e troquei de roupa, peguei um conjunto quentinho de moletom para ela. Novamente fui para a cozinha e preparei café forte, do jeito que ela gosta.
-Pode ir se trocar? – minha voz calma era resultado da canseira, não quero discutir. -Está muito molhada, depois tome esse café. Por favor. Vai acabar resfriando...
-Não tem problema! – sua voz seca. Suspirei.
-Claro que tem, por favor. Já é madrugada, ficar molhada assim não vai ser legal, Sweetie. – ela quase amoleceu, percebi.
  -Dá pra virar? – rolei os olhos e entreguei as roupas antes de virar para que ela se trocasse. -Pronto! – sentei com ela ao meu lado e dei a xícara de café. -Obrigada.
  -Sweetie... – ela me encarou com a sobrancelha arqueada. -Ok, Regina. Está bom assim?
  -Ótimo!
  -Posso falar? Vai me ouvir ou me ignorar?
  -Pode falar, Swan. – cruzou os braços e virou-se para mim.
  -Desculpa! Desculpe ter gritado, eu não deveria e você sabe que também não gosto disso, principalmente com você, gatinha! Mas você estava debaixo da chuva, me desculpe mesmo. Não foi minha intenção gritar nem bater no carro, muito menos te assustar! Sabe disso, não é?
  -Sei sim.
  -Pode me dizer o que mais eu fiz para que tente me fazer acreditar que está tudo bem? Sei que algo ainda está te incomodando. – seu olhar passeou por todo meu rosto.
  -Seu olhar direcionado ao  Gideon...
  -Ah não! Está brava comigo por culpa do Gideon? – questiono incrédula.
  -Swan, eu cresci apanhando. Levando tapas e  murros, eu apanhei de... Enfim, você sabe que eu não suporto agressão física, eu ainda tenho marcas tanto física quanto mental. Você sabe o pavor que tenho! – não tentei argumentar. Ela está certa. -Eu sei o que ele já me fez e agradeço imensamente tê-la por perto para também me proteger. Eu realmente sou grata e você sabe o quanto. – assinto. -Eu sei o que ele me fez e eu estava apavorada mas consegui me controlar ao menos um pouco, se ele resolvesse bater em você? Vocês nunca se deram bem, ele poderia muito bem partir pra cima de você! Eu estaria realmente desesperada se algo te acontecesse! Que droga! Na frente de uma lanchonete você arruma confusão com um homem drogado o qual você nunca se deu bem, isso nunca terminaria legal! – abri a boca para falar mas ela me interrompeu. -Não me peça desculpas! Não quero me sentir mau por estar dando uma bronca em você. Por favor, Emma. Por favor, não faça mais isso. Eu não me perdoaria caso ele te batesse ao ponto de ter de levá-la ao hospital!
  -Está certa! – solto a respiração. -Me desculpe.
  -Eu vou embora! – levanta e deixa a xícara na mesinha de centro. -Amanhã nos falamos, ok?
  -Ainda está chovendo.
  -Tanto faz. – antes que ela chegue a porta, levanto-me e seguro seu braço para que ela pare. -Me deixa ir, Emma... – franzi as sobrancelhas ao ouvir sua voz embargada.
  -Ei, gatinha... – a virei pra mim e vi seus olhos marejados. -O que foi? Pode me contar. – ela abriu a boca mas a voz não saiu.
  -A ideia de vê-la machucada... – mexe as mãos. -Emma... – tombou a cabeça pro lado e me observou. -Eu não gosto nada da ideia de vê-la machucada! – me abraçou.
  -Desculpe, tá bem? Prometo não fazer nada do tipo. Ok? Eu prometo! – falo retribuindo o abraço e acariciando suas costas.
  -Obrigada...
  -SQ-
  -Ei, pai! – exclamo realmente surpresa. -Entre...
  -Oh, não. Vim para almoçarmos, marcamos há uns dias mas não vir.
  -Ah, sim. – dou de ombros e pego minhas chaves e bolsa que estava perto da porta. -Vamos!
  -Onde costuma comer? – chamo o elevador.
  -Na Hope.
  -Você vai à uma lanchonete?! – seguro a risada ao ver seu rosto espantado. -Emma, porque não almoça em um restaurante?
  -Ah papai, eu gosto de lá, é como uma segunda casa. Além do mais, a Hope sabe o que eu como.
  -Uhum.
  -Vamos até lá? – pergunto para provocar.
  -Sim, vamos. – o encarei de olhos arregalados. Ele sorri pequeno.
  -Seu velho safado, tá brincando comigo? – entro no carro assim que ele abre a porta.
  -Não, não estou. Vamos, você fala muito! – rindo, seguimos até a lanchonete.
  O caminho foi tranquilo, não falamos muito. Ouvimos mais músicas – fazíamos muito isso.
Deixe-me explicar o porquê me espantei quando ele concordou em vir aqui. Quando mais jovem, eu não queria ser sustentada por eles, mamãe sempre deixava bem claro que eu dependia deles, para tudo. Qualquer coisa era motivo para que ela me lembrasse disso, eu sequer falava dentro de casa. Não gostava. Não me dava bem com o Neal, não muito com Rose e nem com Mary. Já cansada, decidi procurar um trabalho, qualquer coisa. Trabalho é trabalho, independente se fosse secretária em alguma empresa renomada ou sendo uma garçonete em pequena lanchonete. Mamãe enlouqueceu quando soube que eu aceitei trabalhar lá, papai também, embora ele negue. Eu vi sua expressão quando contei. Trabalhei na Hope por três anos, conseguia me “sustentar”, não precisei pedir nada para eles. Eu mesma comprava minhas roupas, meus produtos de higiene – que amo comprar de muito, principalmente coisas de cabelo – não estava mais precisando pedir à eles dinheiro para sair.
  Ah, é não foi só isso. Eu comecei muito jovem, então quando saí da lanchonete, trabalhei na biblioteca – eu estava lá mais para limpar. Fui secretária do antigo prefeito por um ano. Ao sair de Storybrooke, trabalhei em um restaurante japonês sem nem gostar da comida. Então eu consegui um emprego na Lena, ali eu comecei a ganhar bem. Meus pais só pagavam a faculdade, mas após eu terminar Psicologia, não precisei que eles pagassem mais nada. Trabalhei, estudei, trabalhei, estudei... Minha vida foi isso. Decidi fazer Letras, eu mesma paguei.
  Até que decidi dar aula.
  -Você está pensando muito. – me assusto com a voz de papai.
  -Seus pensamentos estão longe... – diz rindo. -Nós chegamos.
  -Ah, sim... – sorrio sem graça saindo do carro.
  Merda! Hoje Regina trabalha, pensar em vê-la já me deixa nervosa.
  A lanchonete estava calma para o horário, mas logo encheria de gente. Sentamos na mesa do fundo e esperamos.
  As pessoas começaram a chegar e as mesa foram preenchidas.
  -Desculpem essa demora toda, estávamos só eu e a Hope, o Léo na cozinha... – Regina chegou e danou-se a falar. -O que vão querer?
  -O de sempre. – sorrio e olho para papai.
  -O que é o seu de sempre? Estou meio perdido... – pego seu cardápio e peço o que sei que ele vai gostar.
  Regina se foi e nós iniciámos uma conversa leve, apesar da barulheira que estava o local.
  -Emma! Faz tanto tempo que não nos encontramos... – engoli e seco ao ouvir a voz de Mel. Levantei o olhar e ela me sorria.
  -Mel! Faz tempo mesmo... – levanto para abraçá-la. -E a Diana?
  -Fazendo o pedido...
  -Emma, querida, não vai apresentar sua amiga? – meu olhar se voltou para David.
  -Claro... essa é Melinda Monroe, minha...
  -Amiga. – sorriu e estendeu a mão para ele. -Prazer em conhecê-lo.
  -O prazer é meu, senhorita Monroe. Sou David, o pai da Emma. – enquanto meu pai agora sorria, ela ficava séria. -Se é amiga da minha filha, é minha amiga também. Não quer sentar-se?

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Volteeeei hehehe
A Regina chamando a Emma de lerdinha foi td pra mim hahaha
Mas a Emma é bem lenta né?
Vai ter mais conversa entre elas, ok? Vou entrar mais neste assunto.
E sobre a Melinda, vou abordar mais, terá mais detalhes, logo logo o David vai saber que ela é filha dele.
Não se preocupem com o Gideon, tá?
Ai, ai finalmente a Emma bateu nele, pq eu estava super ansiosa para que isso acontecesse rs
Oq acharam sobre o que a Regina falou? Pelo fato da Emma ter batido nele e tals...
Comenteeeeem
Beijos e até mais! 💕

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