Capítulo 16 - Mais de Regina Mills

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CAPÍTULO 16
  Seus suspiros pesados, ora seguidos de gemidos manhosos estava me deixando cada vez mais entregue.
  Agradeci internamente por seu vestido não ser tão apertado quanto aparentava, minhas mãos o subiram, deixando-o quase na cintura.
  Minha razão? Não faço ideia de onde esteja!
  Seu movimento lento com o quadril em meu colo estava me levando a loucura. Regina estava tão entregue quanto eu. A abracei pela cintura, colando ainda mais nossos corpos, um gemido mais alto escapou de minha garganta ao sentir seu sexo molhado encostando em minha barriga, que já estava a mostra por ela ter subido minha blusa.
  -Aah... – suas unhas curtas arranharam minhas costas.
  Meus lábios em seu pescoço, ora mordia ora chupava, descendo para o colo e o discreto decote do seu vestido.
  -Emma... – sua voz ainda mais rouca.
  Abri os olhos e me dei conta do que estava havendo. Uma mão na parte interna de suas coxas, a outra apertando sua cintura enquanto meus beijos descia cada vez mais.
  -Gatinha. – chamei suavemente. A abracei pela cintura e ela parou de se movimentar. Regina deitou a cabeça em meu ombro. -Tá me ouvindo? – acaricio suas costas.
  -Uhum.
  -Temos que parar, tá bom? Você bebeu muito e não quero imaginar a possibilidade que talvez pense que me aproveitei da situação...
  -Eu nunca pensaria isso de você. – se afasta e sorri, me olhando nos olhos.
  -Eu sei, querida! Mas eu também não ficaria bem com isso, está muito bom e tenho certeza que percebeu. – rimos. -Mas não podemos. Apesar de também ter bebido, foi pouco menos que você. Ok? – ela assente. Seguro seu rosto entre minhas mãos, observando cada detalhe. -Você é muito importante pra mim, gatinha. Não posso arriscar perder isso por uma noite de bebidas.
  -Eu entendo, Cupcake. Entendo mesmo e você tem razão.
  -Linda! – ela rir e voltamos a nos abraçar.
  -October-
  Regina Mills, pov’s
  Como é gostar de alguém? Tipo, gostar mesmo.
  Confesso ter tido algum tipo de sentimento pelo Gideon, mas não se compara ao que eu sinto pela... Enfim, eu não sei o que fazer.
  É nesses momentos que duvido do meu signo, é tanta dúvida, indecisão e achismos que me pareço libriana.
  O que que já passei ao longo dos meus vinte e dois anos me fez crescer, eu diria. Não tanto quanto gostaria, ainda me falta muita autoconfiança. Eu deveria ser mais segura. Ter menos medo. Pensar em tudo o que me aconteceu e nesses meus sentimentos, me deixa com bastante medo, não sei o que fazer nem com quem falar. Bem, eu tenho a Zel mas como eu chegaria para ela e diria que estou gostando de... de uma amiga.
  Eu não posso sentir isso. Não mesmo. Eu sou comprometida. Mesmo que ele seja um dos maiores filho da puta que passou pela minha vida, ainda é meu namorado, certo? Sim, é isso.
•flasback•
  -Regina! – escuto a voz de papai longe.
  ‘você precisa responder'
  Continuo concentrada no meu desenho. Meus lápis logo acabariam e ele não compraria mais, e se visse que ainda os tinha jogaria fora. Meus poucos livros já estavam no lixo há muito tempo.
  -Garota, está surda?! – grita ainda mais alto batendo na porta. -Abre a porcaria dessa porta!
  -Já estou indo. – olho para minhas roupas. -Não, não... – corro até umas caixas no cantinho do meu quarto e procuro por alguma peça menos velha. -Deus, por favor... – peço já com os olhos ardendo. -Ele não pode me ver assim... – encontro um vestidinho verde e o visto rapidamente, guardo meus desenhos e lápis e abro a porta.
-Por que demorou? – pergunta olhando ao redor.
  -E-eu estava... eu...
  -Pare de gaguejar! – balanço a cabeça, ignorando a vontade de chorar.
  ‘Seu pai não gosta disso!’
  -Eu vou sair.
  -Papai, hoje é meu aniversário...
  -Não interessa! – assinto e antes que ele saia, peço:
  -Pode me comprar algo? Não tem nada para comer e já vai anoitecer, vou passar mau por ainda não ter me alimentado.
  -Se vira! – sai batendo a porta.
   Sentindo as lágrimas quentes descerem, pego meu desenho e sorrio. Um cupcake com cobertura vermelha e uma velinha azul.
  Fechei os olhos e pedi que tudo mudasse. Que meu décimo aniversário viesse para mudar as coisas.
  ‘eu mereço ser feliz, não é?’
  É claro que não! Papai sempre deixou claro que essa será minha vida, eu só preciso me acostumar.
  Todo meu corpo tremeu ao ouvir um trovão.
  Não!
  Corri até a cozinha e procurei por vasilhas. Espalhei pelo quarto: em cima da cama, em algumas caixas com minhas poucas roupas e na pequena mesinha que uso para desenhar.
  Meu quarto é bem pequeno, escuro. As paredes são manchadas por causa da chuva, minha cama é um pouco confortável, não parece mas é. O piso de madeira já estava bastante molhado. Meu guarda-roupa estragou com a chuva, desde então uso caixas mas já estão muito estragadas.
  Tento fechar a porta antes que papai chegue, senão ele vai me acordar e talvez me bater por estar bêbado.
  As luzes se apagam, mas isso não me assusta mais. Continuo tentando fechar a porta mas logo ouço ele me gritando.
  ‘Droga! Ele voltou por causa da chuva'
  Vai, Regina! Se esconde!
  Rápido!
  ‘Ele vai te pegar'
  Não consegui me mover. Somente senti meu corpo caindo no chão ao sentir a fivela do seu cinto em meu rosto.
  •fim do flasback•
  Acordo dos devaneios ao sentir um toque em meu braço. Balancei a cabeça e foquei meu olhar no rosto a minha frente.
  -‘Tá com problema de audição, agora?
  -Desculpe, o que disse? - ignoro seu comentário e sorrio pequeno.
  -Consegui o contato de um ótimo cirurgião plástico! – sorrir animado. Franzi o cenho.
  -Não entendi.
  -Vivo dizendo à você que esse troço no seu rosto é feio. Consegui um cirurgião muito bom para tirar essa cicatriz horrenda do seu lábio. – me estende um cartão.
  -Obrigada! – sorrio. Gideon me beija e sai.
  Observo ao meu redor e novamente a sensação de não me encaixar vem à tona. Não me sinto parte de nada, não consigo sorrir como se todas essas pessoas fossem dentistas, esses alunos estão sempre sorrindo, parecem não ter problemas. Os professores com a roupa bem alinhada e cabelos arrumados... Bem nem todos.
  Sorri largo ao ver Emma. Ela gargalhava alto junto com alguns alunos, após ter esbarrado em uma mesa e derrubado café na própria roupa. Seus fios loiros voavam para o seu rosto enquanto ela tentava a todo custo tirá-los de seus olhos e lábios. Outros professores a encaravam com o cenho franzido.
  Nossos olhos se encontraram. Eu fui parando de sorrir enquanto o dela se alargava. Ergui a sobrancelha brincando e olhando-a dos pés à cabeça, ela somente deu de ombros e riu ainda mais antes de se despedir dos alunos e seguir até o banheiro.
  Aos poucos todos foram voltando para suas respectivas salas e não voltei a ver a Emma.
  -Emma? – chamo assim que entro no banheiro. Somente uma cabine ocupada. -É você?  
  -Hey, gatinha! Sou eu sim.
  Sorri aliviada. Desde o acontecido na viagem que não sabemos como nos comportar, não nos afastamos, não mesmo! Mas não está como antes.
  -Essa merda manchou toda. – rio. -Finja que não falei isso, tá? Senão ouço sermão por dez anos!
  -Tudo bem, prometo não falar nada. Precisa de ajuda?
  -Na verdade, sim. – levo um susto ao ver seu rosto por cima da porta. -Pode ir até meu carro? Tenho uma peças de roupa...
  -Claro! – desencosto da pia e pego a chave estendida. -Já volto.
  Vou rapidamente até o estacionamento pois ainda temos aula. Procuro seu carro e pego a bolsa.
  -É sério, Emma? – murmuro ao ver que só tinham dois moletons e uma calça.
  Não tendo outra alternativa, pego um dos moletons e travo o carro. Sigo até o banheiro sob alguns olhares curiosos, afinal minha aula começou.
  -Senhorita Mills?
  -Ei, sou eu. – me aproximo da cabine. -Como é você só traz moletom, Emma? Você dá aula numa Universidade, - de direito, só para esclarecer – e suas roupas extras são moletons?! – falo rindo.
  -Droga, esqueci... – espero que ela fale algo, parece estar pensando.
  Reviro os olhos e entro na cabine ao lado. Suspiro e começo a desabotoar minha blusa social.
  É sério que estou fazendo isso?!
  -Regina? Ainda tá aí? – só então percebo que não a respondia.
  -Que isso, mulher?! Quer me matar?!? – ponho a mão sobre o peito ao ver ela aparecer por cima. Provavelmente está em pé no vaso sanitário.
  -O que tá fazendo? – questiona realmente curiosa.
  -Tirando minha blusa? – rio da cara dela. -É melhor você com essa, não acha? – lhe estendo. -Pega logo, Emma. – apresso ao vê-la receosa. -Acho que será melhor eu estando de moletom, do que você.
  -Tá... Obrigada! – sorri e volta a desaparecer.
  Visto o moletom preto, ainda está com seu cheiro. Saio da cabine e me olho no espelho. Ao menos hoje vim com uma calça jeans.
-SQ-
  -Regina? Querida, que surpresa boa! – sorrio pequeno. -Belle, veja quem veio nos visitar!
-Robert, eu não... – sou interrompida pela voz suave de Belle.
  -Regis, que bom vê-la. Vamos, entre! – suspiro.
  Eu vim aqui com um propósito. Estar nesta minha situação não está me fazendo bem há muito tempo, mas agora... agora eu entendo, estou começando a entender. Agora eu estou percebendo que preciso de mais. Eu mereço mais.
  A Zel me disse uma vez: você não está pedindo muito, só está pedindo pra pessoa errada. Eu não entendi antes, mas conhecer a Emma me vez enxergar coisas que antes eu somente vía.
  Ver e enxergar são coisas bem diferentes.
  Eu “pedia” por algo que o Gideon me fez acreditar ser muito para uma pessoa como eu, acreditei estar pedindo muito mas eu só quis o que nunca tive: carinho, amor, um lar. Ele sempre disse que eu não tinha o direito de pedir nada, mas sempre utilizando palavras sutis. Sorrateiro. Eu pedia por algo que ele não poderia nunca me dar.
  Então eu conheci a Emma. Eu não pedi nada, mas ela me deu. Ela chegou e ficou, insistiu e me deu mais do que eu pensei precisar. Ela me transbordou. Ela ficou. Emma não me abandonou.
  Talvez eu esteja certa no que estou sentindo.
  Ou talvez eu esteja confundindo tudo.
  -Robert, desculpe mas... eu preciso conversar com você. – interrompo sua fala que não faço a mínima ideia do que se trata. Ele olha para Belle mas volta a me encarar.
  -Claro, vamos lá pro escritório. – aceno para Belle e sigo o senhor até o outro cômodo. -Fique a vontade. – assisto ele sentar-se numa cadeira grande e confortável. Pensei um pouco antes de também me sentar. -Quando quiser.
  -Confesso que estou com vergonha de vir aqui, mas não sei mais com quem falar... A quem pedir ajuda.
  -Ei, pode falar comigo tá? Vou ajudá-la no que precisar. – seu tom preocupado e sincero me fez sentir mais confortável. O Gold sempre me tratou super bem.
  -E-eu estou... eu...
  ‘Não é hora para gaguejar, Regina!’
  -Eu estou com medo do seu filho.
  -COMO?! – engoli seco com o susto. Ele percebeu. -Desculpe, querida. Me diga o que houve. – segura minhas mãos.
  -Conversei com ele sobre terminarmos e bem, ele não aceitou muito bem...
  -Ele bateu em você? – interrompe suavemente.
  -Não, isso não. Mas ele quebrou algumas... muitas coisas dentro de casa, me disse palavras que prefiro não repetir e eu nunca, nunca me senti tão humilhada... – minha voz começa a embargar. -Eu não aguento mais estar ao lado dele há muito tempo, senhor Gold. E eu estou com medo dele, de voltar pra minha casa, tenho medo do que ele possa fazer contra mim. Ele já me ameaçou muitas vezes... – paro um pouco para ele assimilar, espero que ele esteja pronto para mais uma bomba. -Ele está se afundando cada vez mais nas drogas, injetou em mim algumas vezes enquanto eu dormia... Eu estou com medo. E estou com vergonha de ter vindo até aqui, mas eu preciso de ajuda. Ele ameaçou minha família e até a Emma.
-Emma? Emma Swan? – assinto ainda receosa. -Ah, ela é cunhada da sua irmã, não é?
-É sim... Enfim, ele conseguiu por muito tempo me manter refém e presa a ele, mas agora eu estou ficando com muito medo. Eu não consigo falar, comer, interagir, não consigo fazer nada ao lado dele.
  -Eu vou resolver tudo, ok? Não se preocupe. – sorri e aperta minhas mãos. -Vamos, você vai fazer as malas.
  -O quê?! – levanto rapidamente.  
  -Eu preciso que você saia de casa. Não pode ficar com ele enquanto eu não resolvo, preciso fazer uma ligações. Cansei de todas essas besteiras do Gideon!
  -Ah, tá bem.
  -Vou acompanhá-la. – levanta-se e me sorri, talvez para me tranquilizar. -Você tem onde ficar?
  -Ah... Eu tenho sim...
  -Mesmo? Não pode ser com sua irmã. – balanço a cabeça.
  Eu tenho uma ideia de onde vou ficar.
  Deixamos sua casa após uma breve explicação à Belle. Robert estava muito nervoso, não estava conseguindo disfarçar bem. Ele e sua namorada sempre me trataram tão bem, o Gideon sempre pareceu um namorado perfeito na frente dos dois, nunca imaginariam o que eu realmente passo.
  -SQ-
  Após me certificar de que o Gideon não estava em casa, subi rapidamente para arrumar minhas coisas.
  Joguei minhas roupas numa mala grande, em outra menor coloquei acessórios e maquiagens que insisto em comprar. Tudo ajeitado, desci as escadas rapidamente.
  -Pronto? – Gold perguntou levantando.
  -Uhum... – ele me ajudou a pôr tudo no porta-malas. -Você vai me ajudar mesmo né? Eu não quero ter de voltar depois disso tudo...
  -Ei, eu prometo ajudá-la! Pode ficar tranquila, não vai precisar nem encontrá-lo na Universidade. – assinto e sorrio aliviada. -Caso ele a incomode, é só ir até minha sala.
Mais tarde...
  Parei o carro em frente a porta preta de madeira e sorri aliviada. Aluguei esse “quartinho” Há um tempo já, é como um refúgio.
  É bem pequeno, só tem dois cômodos, - um é o banheiro - as paredes são brancas, quadros pintados por mim decorando o ambiente, uma cama bem aconchegante com uma colcha quentinha e colorida, um frigobar, micro-ondas, meus materiais de pintura e meu notebook.
  Por não ter pego todas as minhas roupas, foi fácil guardá-las no pequeno baú ao lado da cama. Arrumei tudo e saí para comprar algo pra comer.
  A rua é a menos movimentada da cidade, uns acham perigosa. Eu somente a acho calma! Inspirei profundamente o ar frio desta noite e sorri.
  -Preciso falar com alguém... – murmuro tirando o celular do bolso.
  Eu não sabia quem procurava até parar em seu contato, totalmente involuntário. Sorri nervosa. Não tentei a Zelena nem o Killian, a única pessoa que eu quero falar agora é a Emma.
  -Hey, Emma! V-você tá ocupada? Enfim, estava pensando em ir comer lá na Hope, você que ir comigo? Me retorna. – deixei o recado e fechei os olhos completamente envergonhada.
  Que merda de recado é esse?!
Negando incessantemente com a cabeça, segui até meu carro  e entrei no mesmo, dirigi tranquilamente até a lanchonete.
  Esperei que Emma retornasse enquanto conversava com Hope, mas isso não aconteceu.
  -Já decidiu o que vai querer, meu bem? – olho para Hope e assinto, sorrindo levemente.
  -Salada... – ela semicerra os olhos na minha direção. -E torta de maçã, ok?
  -Ótimo! Nunca vi ninguém comer tão pouco, daqui a pouco vai querer alpiste... – sai resmungando. Ri sozinha e comecei uma partida em um jogo de sinuca que estou viciada.
  Eu só precisava encaçapar a bola preta quando ouvi o sininho anunciando a chegada de mais um cliente. O sorriso que se abriu para ela se esvaiu ao vê-la acompanhada de uma morena.
  Perdi 200k das moedas do jogo, mas isso não me importou. Emma estava vindo na minha direção, ela sorria abertamente, o sorriso que aprendi a gostar. Quis me bater por não conseguir retribuir.
  -Gatinha! – exclamou animada. Vi a mulher ao seu lado franzir o cenho.
  -Ei, Emma... – oscilei o olhar entre as duas e engoli seco.
  -Então, essa é a Maggie Sawyer. – a mulher me estende a mão e eu faço um esforço para cumprimentá-la.
  É, muito mal-educado da minha parte.
  -E Maggie, essa é Regina Mills, uma amiga.
  Amiga!
  -Sua comida... – olho para Hope e sorrio. -Emma! Querida como vai?
  -Muito bem, Hope.
  -E essa moça bonita? Sua namorada? – senti a loira me olhando, mas somente ignorei e peguei minha comida.
  Elas ficaram em silêncio. Emma ainda me olha, eu sei. Consigo sentir.
  -Leo, quanto deu?? – pergunto ao garçom e logo ele me mostra o papel com o total. -Obrigada! – entrego-lhe o dinheiro. -Até amanhã, Hope! Tchau... – sorrio e saio de perto delas.
  Eu não deveria sentir isso, não é? Sequer sei o que significa, mas não é bom. Não pensei que vê-la com outra mulher me incomodaria tanto. Emma provavelmente não ouviu o meu recado, foi ÓTIMA a sensação de vê-la ali com outra mulher pouco tempo depois de eu tê-la chamado.
  -Regina!! – olhei para trás e a vi. Ela estava parada na porta me olhando. -Ei... – me virei e entrei no meu carro. -Espera, Regina!! –chamou mais alto. Acelerei o carro e fui embora.
  -SQ- dia seguinte
  -Regina Mills! – fechei os olhos e sorri nervosa.
  -Oi, sis...
  -“Sis” uma merda! – ela abre mais a porta me dando passagem. -Era bem simples pegar o celular para mandar uma mensagem dizendo que tinha se mudado!
  -Desculpe, Zel. Não quis deixá-la preocupada. – minha ruiva relaxa os ombros e me abraça apertado.
  -Fiquei com medo, não vi você nem suas roupas, nem o Gideon. – me afasto do abraço. -Vamos, me conte tudo. Onde você está?
  -Onde estou não posso dizer, não agora. Mas estou segura, eu prometo!
  Enquanto fomos até a cozinha para que ela me preparasse um café forte, contei detalhadamente o porquê de ter me mudado. Contei também sobre minha conversa com o Robert.
  -E você confia nele? Acha que ele pode ajudar? – dou de ombros.
  -Poucas são as pessoas em quem confio, então não. Eu não confio nele, mas acho sim que ele vai ajudar, Robert estava sendo sincero.
  -Tudo bem. – solta a respiração e sorri para mim, talvez para me passar segurança. -Eu amo você, sis! Muito, muito. – senti o impacto dessas palavras, meus olhos marejados a observava atentamente. -Me procura para o que precisar, tá bom?
  -Tá... - levanto-me repentinamente e a abraço apertado. -Eu também te amo, sis. Desculpe demorar tanto para saber que você sempre falou a verdade...
  -Meu amor, eu te entendo. – segura meu rosto entre suas mãos e tenta enxugar minhas lágrimas. -Talvez você ainda chegue a duvidar, não sei... Afinal, aconteceu antes né? Mas eu quero que saiba vou estar aqui para continuar falando, assim como das outras vezes. E quando você se tocar de que é verdade, continuarei dizendo até você se irritar. – sorrio e a abraço.
  -E mesmo assim, continuará falando.
  -Exatamente! – rir.
  -Olha só quem chegou!!!!! – Ruby aparece na cozinha fazendo uma dancinha.
  -O que é isso, amor? – Zel pergunta rindo.
  -Na frente de vocês está uma pessoa muito feliz por estar de férias depois de dois anos! – começa a pular e rir.
  -Credo, gente! – franzi o cenho segurando a risada.
  -Regis, você vai entender futuramente. Não me entenda mal, eu amo minha profissão, mas estava sedenta por um longo descanso.
  -Aposto que a Emma é assim por sua causa. – acusa minha irmã. A breve menção à este nome fez meu coração palpitar e respiração falhar.
  Desde ontem a noite, quando saí da lanchonete da Hope que não a vejo, não respondi suas mensagens e nem retornei suas ligações. Emma me pediu desculpas e disse que não havia visto meu recado sobre irmos comer, por isso não respondeu e ainda apareceu lá com aquela mulher.
  O que eu fiz? Nada. Não a respondi, não a vi, não a procurei. Não fiz absolutamente nada.
  Sabe, ignorar, esconder, reprimir o que estou sentindo é mais fácil. Não dar atenção a isso é mais fácil para mim, afinal já o fiz antes, e talvez continue fazendo mesmo sem precisar. Mas não dar a devida atenção aos meus sentimentos não é nada diferente do que venho fazendo a minha vida toda.
  -Nós vamos sair mais tarde, o que acha nos acompanhar? – balanço a cabeça espantando os pensamentos e encaro Ruby.
  -Ah, não... Obrigada pelo convite, mas eu preciso mesmo estudar. – levanto e pego minha bolsa. -Falo com vocês depois.
  Me despeço e vou até a porta, me arrependi ao vê-la do outro lado. Emma estava prestes a tocar a campainha.
  Ela me olhou com seu jeito intenso, me observou atentamente mas pela primeira vez, não consegui sustentar o olhar.
  -Senhorita Swan. – passei por ela deixando a porta aberta.
  -Sério, Gatinha? - virei-me para ela mas não falei nada. -Senhorita Swan? – dou de ombros e me volto para o carro. -Regina?!
  -Eu preciso ir. – ela ainda me encarava confusa quando arranquei com o carro. Não olhei para trás, somente fui.
-SQ-
  Ignorei o pensamento paranoico de que alguém estava atrás de mim, afinal outras pessoas moram por aqui.
  Desci do meu carro e não olhei para trás, abri a porta e entrei em “casa”. Estava fechando a porta quando senti algo impedindo, voltei a abri-la já irritada, pronta para xingar qualquer coisa mas perdi a fala ao vê-la.
  -Emma?! – pergunto espantada. Ela levanta os braços debochada. Acho que está brava.
  -Parece que sim. – sua voz apesar de mansa, demonstrava sua raiva.
  -E-eu preciso...
  -Não, Regina! Não precisa de nada. Podemos conversar? – ela não alterou o tom, isso me deixou muito aliviada.
  -Você me seguiu de uma maneira nada discreta. – cruzo os braços.
  -Não fiz nada escondido. Pouco me importava você me ver ou não. – arqueei uma sobrancelha. -Você me faz um discurso sobre coisas que não entendi absolutamente nada, se afasta, se aproxima, diz estar confusa mas não tenta me dizer sobre o que, talvez eu pudesse ajudá-la. Agora você começa a agir de forma esquisita e me deixa confusa, porque eu não consigo entender merda nenhuma, Regina! Eu tento de várias formas mas... – ela se cala, eu não ouso falar nada. -A sua confusão está me deixando confusa. – ela continuou falando, porém não me atentei a absolutamente nada. Bem, minha atenção estava focada em como seus lábios se moviam, em como ela os prensava em dado momento.
  -Vá embora, Emma. – pedi antes que viajasse ainda mais. Tento fechar a porta mas ela me pareceu ainda mais brava, depositou sua mão sobre a minha e abriu passagem para si. -Não ouviu?! – reclamo cansada, mas somente fecho a porta e me encosto na mesma.
  -Ouvi, assim como ouço tudo que fala. – diz olhando ao redor, observava o pequeno ambiente.
  -Sério!? Porque eu acabei de dizer para você ir embora, tá prestando atenção?! – ela travou o maxilar.
  -Prestei atenção sim, assim como o fiz enquanto falava e você olhava para minha boca.
  Tá, eu não esperava por essa.
  -Eu quero que vá embora! – ela me parecia sem paciência. -Senhorita Swan, isso é extremamente inconveniente.
  -Estou a todo custo tentando entender o que você não está querendo me falar de verdade mas... – se aproxima. Levanto um dedo, impedindo que invada meu espaço pessoal.
  -A única coisa que estou querendo dizer no momento, de verdade, é que vá embora! Quer que eu soletre?!
  -Não é isso, não. Sua respiração está falha.
  -Sim, estou muito brava com você. Isso acontece quando estou prestes a explodir de raiva. – só percebi que meu dedo ainda apontava o dedo em sua direção, quando ela o abaixou. Emma segurou minha mão e me puxou de encontro com seu corpo.
  -Sua respiração não fica assim somente quando está brava, não querida. – diz com a voz baixa. Minha garganta secou. -Lembro de quando sua respiração ficou falha enquanto nos beijávamos. – inspirou bem perto do meu pescoço. -Lembro da sua respiração pesada e suspiros... Oh não, acho que seria gemidos não é? Sim, lembro dos seus gemidos enquanto rebolava em meu colo e esfregava sua calcinha encharcada em minha barriga. – finalizou mordiscando o lóbulo da minha orelha. Sua mão segurou minha cintura, enquanto a outra subiu para o meu pescoço e apertou suavemente, mantendo meu rosto na altura do seu, me fazendo sentir um formigamento no “pé” da barriga. -Consegue lembrar deste dia? – sua voz cada vez mais baixa. Não conseguia responder, minha garganta está seca demais. -Huh? – insistiu e colou ainda mais seu corpo ao meu, nos guiando até o meu se chocar contra a madeira da porta.
  -Em-ma... – engasguei ao sentir ela me apertar ainda mais.
  -Sim, foi exatamente assim que você gemeu no meu ouvido. – eu estava sedenta por um beijo, por seu toque e ela sabia disso. -Você lembra daquela noite? – sussurrou e eu fechei os olhos.
  Filha da mãe!
  -Lembra como nos beijamos? Você chupou minha língua de um jeito bem excitante. – abri os olhos e seus lábios estavam quase encostados nos meus, ela quase não resiste mais. -Tenho certeza que você não para de pensar neste beijo, assim como eu. – investiu seu quadril contra o meu. -Pensei em como você me encarou com os olhos ainda mais escurecidos, sua respiração bastante falha e tenho certeza que não era raiva... Você estava com raiva Regina? Hum?
  -Emma... – ela negou com a cabeça levemente.
  -Sua respiração estava falha, mas não era raiva. Isso eu tenho certeza! – sua mão agora estava no meu cabelo, ela segurou boa parte, apertando numa força moderada. -Você estava com um puta tesão, eu tenho certeza disso porque eu estava da mesma forma que você! Não ouse dizer o contrário, pois você sempre pedia por mais. – roçou nossos lábios brevemente. -Está lembrando...? Se quiser uma demonstração... mas é bem excitante falar ao pé do ouvido não é? Vamos lá, eu deixei um beijo em sua testa me despedindo mas não me afastei, você me olhava intensamente e eu sabia o que você queria, pois era recíproco... você me pediu para beijá-la, eu atendi e tudo aconteceu. Sua mãos ousadas invadiram minha roupa, você queria mais, eu queria mais. Você levantou da cama e me empurrou, sentando-se em meu colo logo em seguida, seu vestido subiu, revelando ainda mais suas pernas, você pôs minhas mãos ali e me incentivou a apertá-las.
  Enquanto falava depositava beijos em meu pescoço, nada muito profundo mas o suficiente para me enlouquecer. Sua voz rouca, em alguns momentos ela coçava a garganta.
  -Você sorria durante os beijos, chupava minha língua e mordia meus lábios. Minhas mãos apertaram sua bunda bem forte, você gemeu ainda mais alto, você gostou! – sua língua rastejou até minha orelha. -Não estávamos satisfeitas, não é? Você rebolou de forma lenta e precisa sobre mim, roçando seu corpo no meu enquanto segurava e puxava meus cabelos, você colou ainda mais nossos corpos, Regina. Tanto que senti sua calcinha encharcada contra minha barriga, senti o tecido fino de renda, senti a sua vagina roçando em mim. Uma das minhas mãos estavam na sua calcinha, mas não onde tanto queríamos. Eu sentia sua respiração cada vez mais pesada. Não era raiva, era tesão, você estava excitada! Não precisou me dizer nada pois eu senti o seu líquido.
-Hum... – sentia meu sexo latejar.
  -Eu estava do mesmo jeito que você, Regina. E eu não escondo nada, eu estava molhada, encharcada de tesão. Não era raiva, eu queria sentir você. Queria ouvir seus gemidos manhosos ao sentir meus dedos dentro de você. Sabe, você engasgando ao sentir minha língua lá, chupando forte. – fechei fortemente os olhos.
  -Porra, Em-ma...
  -É... Isso mesmo. Você tá imaginando agora, não é? Como seria se continuássemos àquela noite, pois penso nisso. Está pensando nisso agora também, não é? Pois é, eu também fico confusa. Sequer sei o que me deu coragem de falar tudo isso. Conheço você, sei que vai passar um bom tempo pensando neste acontecimento, vai tentar se afastar mas eu não vou deixar! Você não vai se afastar de mim. – segurou mais forte meu cabelo e me beijou rapidamente, contornou meus lábios com a língua e sugou o inferior, chupou lenta e sensualmente. Seu quadril começou a ondular de forma ritmada contra meu corpo.
  Emma voltou a me beijar e eu somente retribui. Soltou meu cabelo e desceu as mãos, parando nas minhas penas e sem que eu esperasse, me ergueu. A “abracei” com as pernas ainda sem partir o beijo. Ela me sustentava com as mãos na minha bunda, aproveitando para apertar.
  Desceu distribuindo beijos pelo pescoço e colo, enquanto eu me entregava cada vez mais.
  Senti seus dedos ultrapassando o tecido do vestido, subindo-o junto com suas mãos. Ela esbarrou na calcinha e arfou.
  -Bem pequena... – disse a contorná-las na parte de trás e sentir que realmente, é bem pequena. -De renda... É preta?
  -Uhum, é preta. – ela para de me beijar e me encara.
  -Você está molhada, não é? – sorri de lado, um sorriso sacana. Isso me fez arfar. -Está imaginando o que disse agora pouco, pensando como seria ter meus dedos dentro de você hum? – olhei ela toda, mas me demorei acompanhando suas mãos abaixo do meu vestido, não estava vendo mas estava sentindo sua mãos me apertando, isso fez meu sexo pulsar ainda mais.
  -Puta que pariu... – encosto a cabeça na porta.
  Suas mãos ousadas subiram ainda mais meu vestido, deixando-o na altura do umbigo. Seu olhar desceu e ela molhou os lábios.
  Por seu corpo estar me dando apoio juntamente com a porta, peguei uma de suas mãos sem medo de cair.
  Ela me olhou e eu sustentei o olhar.
  Levei sua mão até meu sexo, ainda por cima da calcinha e movimentei lentamente, a minha segurava a sua acompanhando os movimentos circulares.
  Eu a encarava enquanto sentia meu sexo encharcar cada vez mais sob nossos toques. Minha boca estava entreaberta buscando por ar, enquanto ela me analisava não muito diferente.
  Sem pensar, - não totalmente –levei minha outra mão até minha calcinha e a afastei, deixando sua mão me tocar sem nenhum empecilho. Ela fechou os olhos e gemeu profundamente.
  Continuei guiando seus movimentos na minha vagina, desviei meu olhar de seu rosto e o foquei no que fazíamos. Meu gemido veio alto ao ver o nosso movimento e o quanto eu estava molhada, podíamos ouvir o barulho da minha lubrificação.
  Eu estava fraca.
  Engasguei ao sentir seu dedo escorregar com facilidade para minha entrada, ela me penetrou fundo. Emma, assim como eu, também olhava o vai e vem lento do seu dedo dentro de mim.
  -Ah, Emma... – joguei a cabeça para trás, encostando-a na porta e procurei por ar, mas mais gemidos saíam sem controle da minha garganta.
  Seu polegar não perdia o ritmo no meu clitóris, minha mão agora arranha seu pulso. Em dado momento ela foi fundo, curvando o dedo e minha vagina contraiu. Estou quase... Ela parou.
  -O que...? – seu dedo não estava mais dentro de mim, mas seu polegar continua os movimentos circulares.
  Meu líquido em sua mão, molhando-a cada vez mais por seus movimentos. Seu olhar subiu, um sorrisinho sacana. Ela elevou a mão e chupou cada um dos dedos melados do meu líquido.
  -Deliciosa. – piscou. Emma aproximou seu rosto do meu e me beijou, fazendo-me sentir meu próprio gosto em seu beijo, seus lábios, sua língua.
  Ela demorou nisso, me beijando e me provocando. Segurei seu cabelo com força e mantive seu rosto próximo do meu, levei minha outra mão até minha entrada e penetrei dois dedos, soltando um gemido ainda com meus lábios quase encostando os seus. Emma ficou surpresa.
  Bem, até eu estou!
  -Está mesmo se tocando, Gatinha? – diz com a voz rouca. -Estou sentindo o vai e vem dos seus dedos.
  -Está é? Gostaria muito que fossem os seus aqui, dentro de mim mas você está querendo me provocar... eu mesma tenho que resolver isso. – ela sorri enquanto desce uma das alças do meu vestido, mas esse sorriso logo dá lugar a um gemido ao me ver sem sutiã.
  -Assim você me quebra, mulher... – volta a me olhar. Eu sei o que ela quer, isso me fez sorrir sincera. Mesmo eu tendo colado sua mão para me sentir, ela está me pedindo permissão.
  Assinto e fecho os olhos ao sentir seus lábios em meu seio. Rodeia a língua no meu mamilo e volta a chupar.
  -Ah... – acelero os movimentos dos meus dedos. Logo sinto Emma tocando meu clitóris novamente, em movimentos acelerados. Sua outra mão ainda me sustentava. -Eu vou gozar, Em-ma... – ela tira minha mão e me penetra fundo, ritmada.
  -Vem, meu bem... – como se obedecesse aos seus comandos, o gozo veio forte. Minhas pernas davam espasmos enquanto eu tentava recuperar o fôlego.
  Emma não parou seus movimentos, só que agora estavam lentos, ainda estimulando o clitóris.
  -Swan... – tento por ainda estar sensível mas ela continua.
  Mas a quem estou querendo enganar? Ainda estou sedenta por seu toque.
  Emma para e volta e me segurar com as duas mãos, se afasta da porta e nos guia até a cama.
  -Você quer que eu pare? – olho em seus olhos e sorrio, negando com a cabeça.
  A loira segura a barra do vestido e sobe de vez, tirando-o do meu corpo, deixando-me só com a calcinha minúscula. Ela arfou.
  Encaixada entre minhas pernas – estou sentada na beira da cama -, ela volta a bem beijar. Sinto suas mãos descerem cada vez mais e escuto um tecido sendo rasgado.
  -O que...? Emma! – arregalo os olhos. Ela sorriu e me mostrou minha calcinha preta rasgada em duas partes.
  Segurando minha cintura, arrastou-me mais para a beira da cama e se ajoelhou. Tocou meu sexo e sorriu de lado. Abri minhas penas num pedido silencioso e ela aproximou seu rosto, inspirou profundamente e depositou um beijo demorado. Ela não se afastou, somente senti sua língua serpenteando. Movimentos circulares, sobe de desce... Ela desceu e ficou, me penetrou com a língua sem que eu esperasse. Minha mão automaticamente parou em seu cabelo, segurando com força.
  -Hum... Isso, Emma... – iniciei um rebolado, investindo ainda mais. Minha outra mão me dando suporte enquanto eu acelerava os movimentos do quadril de encontro com sua boca. Olhei em seus olhos que me observavam, ela piscou e sorriu. Senti seus dentes roçando em mim. Novamente ela inspirou, voltou a me penetrar com a língua e seu dedo estimular meu clitóris. -Oh, céus...
  Não demorei muito para gozar pela segunda vez, Emma sugou cada gota e subiu me beijando. Parou em meus lábio e sorriu de forma irresistível e sensual.
  -Você é uma delícia! – me beijou lentamente. Deitei trazendo seu corpo. Continuamos com beijos lentos e excitantes.
  Emma foi parando depositando selinhos em meus lábios. Seu rosto ainda próximo do meu, me observando, desceu a mão e me tocou novamente.
  -Oh, porra...! – ela sorriu.
  Emma somente me acariciava, provocando. Desci minhas mãos e desabotoei sua calça, ela me ajudou e logo pude sentir o tecido fino da sua calcinha. Sem pestanejar, toquei seu sexo e senti o quão molhada ela estava.
  -Está sentindo? – nos encarávamos, dando atenção a cada expressão de prazer. -Eu estou completamente molhada, Regina. – desci a calcinha, querendo sentir mais e mais.
  Seu dedo entrou com facilidade em mim, iniciando um vai e vem lento. Apertei sua cintura e a movimentei em minha perna, sentindo seu líquido me molhar cada vez mais. Emma começou a rebolar mais rápido, intensificando a fricção da sua vagina na minha perna mas seu dedo continuava lento.
  -Mais rápido, Emma. – reclamo e ela rir.
  A loira retirou seu dedo e sentou-se sobre mim, segurando minhas mãos acima da cabeça. Ela sorria maliciosa.
  Meus olhos correram por todo seu rosto vendo o quanto ela estava adorando isso. Desvio o olhar e engoli em seco ao ver seu sexo molhado em minha pélvis. Emma desceu mais o corpo, fazendo seu sexo roçar no meu brevemente.
  -Aah... Em-ma, vai logo.
  -Tá gostoso assim... – murmurou. Novamente se moveu, friccionando um pouco mais. Ondulou o quadril, se esfregando em mim e gemendo mais alto. Solto-me de seu aperto e seguro sua cintura, pressiono-a para baixo e ajudando-a nos movimentos. -Regina...
  Sentei com ela ainda em minhas pernas e apalpei suas coxas e bunda, trazendo-a de encontro com meu corpo, podendo sentir seu líquido escorrer entre nossos corpos.
  Subi minhas mãos apertando sua pele suada e retirei sua blusa. Emma continuou se movendo, enquanto uma mão abaixou um lado do sutiã branco, a outra desceu para o a sua vagina. A toquei. Senti seu nervo em meus dedos e continuei acariciando, desci um pouco mais dois dedos e a penetrei fundo.
  Se eu já transei com uma mulher antes? Não. Não mesmo. Somente me deixei levar, seus gemidos me incentivavam a continuar. Algo totalmente instintivo.
  Seu corpo tremeu e uma gemido mais alto ecoou pelo ambiente, senti meus dedos molhados do seu gozo.
  Aos poucos normalizamos a respiração, mas ela permaneceu sentada em meu colo, de olhos fechados e boca entreaberta. Eu passei a observá-la, esperando por um surto. Não acharia estranho, eu mesma estou me controlando para não surtar.
  E não, o surto não seria por ter transado com uma mulher. Não mesmo! O surto seria por essa mulher ter sido a Emma!
  Prendi a respiração ao vê-la abrir os olhos e procurar pelos meus.
  Seu olhar passeou por todo meu rosto, parando em meus lábios. Engoli em seco ao vê-la se aproximando.
  -Sua cicatriz é linda... – disse antes de me beijar.
  Foi um beijo lento, suave. Suas mãos seguravam meu rosto, acariciando-o suavemente. Ela chupava minha língua de forma lenta, ora mordia meu lábio inferior. Minhas mãos pousaram em suas coxas, não tinha segunda nem terceiras intenções apesar de estarmos nuas e com nossos corpos unidos. Foi um beijo calmo, apaix... Foi só diferente.
  Ela se afastou depois de depositar alguns selinhos em meus lábios. Suas mãos ainda acariciavam meu rosto num carinho terno.
  -E-eu... – percebi que ela engoliu em seco. -Eu preciso ir agora, tenho que passar em casa pois tenho um compromisso mas... – assinto e ela levanta para se vestir. Puxei um lençol para cobrir minha nudez. -Mas eu quero conversar com você, tá bem? Juro que não estou fugindo nem nada.
  -Está tudo bem, Emma. – sorrio pequeno. Termina de pôr a calça e se aproxima de mim.
  -Você tá pensando que estou mentindo, meu bem! – diz com a voz suave. Não retruquei. -Tenho uma reunião agora mas te mando mensagem depois. – deposita um beijo em minha testa.
  Não falei nada, o que ela queria que eu dissesse?
  Emma suspirou e se afastou, passou as mãos no cabelo e abriu a porta pronta para sair, mas se voltou para mim.
  -E-eu...
  É nesse momento que ela diz que se arrependeu, certo?
  Desvio o olhar do seu pronta para ouvir, mas o que ela disse me pegou de surpresa.
  -Eu só peço que não fuja. – volto a olhar seu rosto com o cenho franzido. -Não foge de mim, Regina. Por favor. Não tente se afastar, porque eu te prometo; Eu não vou deixar!
  -Estarei esperando a mensagem.
 
Foi diferente...

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Roi, e aí??? Comenteeeem
Como disse no capítulo anterior, este acontecimento sempre esteve nos meus planos, foi um dos mais difíceis que escrevi, sérioo
Muito ansiosa para saber oq vão achar - e nervosa tbm rs.
⚠Ah, me perdoem caso demore para voltar. Tenho a mania de vir quando já tenho dois capítulo escritos. Mas antes de escrever, eu releio toda a história. Sim, isso mesmo kkkk mas dessa vez estou somente com o 17 em andamento ⚠

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