Capítulo 28 - Irmã

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Ooie, não é delírio. Estou att!!!
Mil desculpas pela demora, sério! Não estava conseguinte finalizar nenhum.
Não vou me estender muito.
Esse acontecimento sempre esteve nos meus planos assim como o capítulo 10, 15 e o 16
Espero que gostem e boa leitura!
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Capítulo 28

Devido a semana corrida que tivemos, eu na Universidade e Emma no trabalho, não fomos à casa de praia mas combinamos de irmos neste fim de semana, sairemos amanhã (sexta) pela tarde.

Meu olhar estava fixo no quadro que eu pintei há alguns anos, do meu antigo quarto. Eu não sentia mais tanta dor ao olhar ele, talvez ele juntamente com tantas outros tenham me ajudado nessa coisa de superação.

Talvez todos já estejam cansados de ouvir sobre minhas coisas, meu passado. Não sei. Mas acho que eu ainda não superei totalmente tudo que já passei, algumas vezes (como agora) eu simplesmente me perdia em pensamentos sobre meu passado. Nada ao meu redor me chamava atenção, dificilmente algo me tirava desse devaneio, dessa prisão. Fico lembrando do meu pai, não dele exatamente mas sim das coisas que já passei. Sua aparência não é tão vívida na minha mente quanto às lembranças do me acontecia.

Me forcei a pensar nas coisas atuais, as coisas boas que me aconteceram e estão me acontecendo, para então sair dessa “prisão” que era meu passado.

-Que merda, hein Regina? – murmurei para mim mesma e levantei.

Adicionei meu celular ao Bluetooth e coloquei minha playlist de solo de violino. Gosto de ouvir quando vou pintar.

Peguei uma tela e minhas tintas e lápis. Não sei como o farei ainda. Sentei-me e suspirei fundo. Fechei os olhos me forçando a lembrar qualquer detalhe que fosse e então comecei a desenhar.

Os minutos passando e a pessoa ia tomando forma, a cada passo ele ficava mais vivo na minha cabeça e mais detalhes surgiam, eu já sentia meu coração acelerado.

Mais de uma hora depois e eu já conseguia reconhecer aquele olhar em qualquer lugar. Um olhar castanho escuro e frio muito bem retratado, encarei as expressões faciais tão expressivas feitas por mim e senti um frio na espinha. Ele ainda me parecia bravo. Não me lembro de uma boa expressão para que eu pudesse desenhar.

Olhei para o rosto bem desenhado de Antonio, meu pai, e soltei a respiração. Como ele estaria agora? Não importa. Eu com certeza não estaria aqui.

Ouço meu celular e levanto para ver quem era e sorrio ao ver o rosto de Zelena.

-Oi, Sis. – sento-me na cama com o olhar fixo na tela.

-Oi, amor da minha vida.

-Tá, o que você quer?

-Credo, não posso mais tratar bem minha irmã preferida?

-Só tem a mim de irmã, Zel. Diga-me logo o que quer. – rio quando a ouço bufar.

-Não consigo falar com a Emma e estou perto de entrar numa consulta, pode pegar a Alison na escola? Ruby está presa no trabalho e o Bae também.

-Claro que posso.

-Obrigada, assim que eu sair da consulta passo aí para pegá-la.

-Eu a levo, Zel. – digo sorrindo com sua preocupação, ela sabe que não precisa disso tudo. -Precisarei fazer alguma coisa quando chegar lá?

-Vou ligar agora para o Colégio e avisarei que você vai, e quando chegar lá vai precisar assinar, todos fazem isso. Para saber quem pegou e o dia, sabe... Enfim, obrigada! Amo você.

DecemberOnde histórias criam vida. Descubra agora