𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟏𝟒

1K 120 22
                                    

Heyoon Jeong
Los Angeles

(Continuação)

Dou um suspiro pesado e abro a porta de casa, entrando de uma vez, vendo meu pai me olhando com uma cara de morte, eu tenho certeza que morrerei hoje.

- Onde você estava Heyoon Jeong? - Meu pai diz, e eu juro que podia ver fumaça saindo de seu nariz.

- Eu estava na casa de um amigo.

- Casa de um amigo? - Ele murmura parecendo pensar, até que começa a se aproximar de mim - Esse amigo te comeu também? - Arregalo os olhos com sua fala, mas continuo quieta, nunca vi meu pai desse jeito - Eu não sou idiota Heyoon, mas eu não criei uma qualquer pra sair dando pra qualquer um, criei uma mulher de respeito! - Ele leva as mãos até os cabelos os puxando, talvez estivesse pensando em um castigo - Só falta disser que beija mulher.

Isso ai foi o cúmulo pra mim, fez meu sangue subir, se tem uma coisa que eu odeio é preconceito.

- Eu ja beijei mulheres - Digo andando até ele, ficando frente a frente - E eu poderia ficar com quem eu quiser, e não seria puta por isso! - Acabo saindo dos trilhos, e meu pai ja estava tão bravo a essa altura, que eu apenas senti meu rosto ardendo, pelo tapa estalado que eu havia levado, mas eu não vou ficar quieta. - Me bate, me quebra inteira mesmo - Falo em tom sarcástico dessa vez sentindo meu olho doer, pelo soco que eu havia ganhado.

- SAIA DA MINHA CASA AGORA! AQUI NÃO É PUTEIRO!

Me assusto com seu grito, e suas falas porém de cabeça baixa apenas assinto eu não sabia onde ficaria, mas qualquer lugar melhor do que aqui.

Subo pro meu quarto correndo me olho no espelho e posso ver meu olho roxo, e uma palma de mão desenhada em minha bochecha, apenas ignoro tacando varias roupas do meu armário em cima da cama, rapidamente pego uma mala que estava no canto do quarto, tacando tudo la dentro.

Não sei onde iria ficar, mas acho que meu pai ainda vai se arrepender do que disse.

Depois de alguns minutos, guardo tudo que precisava na mala, e apenas corro pra sair de casa, com medo de trombar com meu pai.

Vocês devem se perguntar sobre minha mãe, sinto falta dela, porém meus pais se separaram quando era pequenininha, e minha mãe infelizmente mora em outro estado, e não tem condições para me criar.

Enfim, após sair de casa, me ponho a caminhar por alguns minutos pensando para onde eu iria.

Tenho a casa de Sina, e provavelmente é o melhor lugar para eu ficar por enquanto, mas também seria o primeiro lugar onde meu pai me procuraria.

Eu ja estava até cogitando morar na rua a essa altura, a pesar de estar sozinha a noite em uma rua deserta praticamente, sou alarmada por um carro, vindo em minha direção.

Coloco as mãos sobre os olhos, cobrindo-os, pois a luz do farol do carro é bem forte, e me tremo por inteiro imaginando que possa ser algum pedófilo ou coisa do tipo, então sem pensar duas vezes começo a correr pela calçada, e tenho quase certeza que a pessoa do carro esta me seguindo, pois ouvi o barulho da porta do carro batendo.

E como se o mundo todo estivesse contra mim, uma tempestade forte começa a cair do céu, as gotas de chuva chegavam a doer de tão intensas, mas de jeito nenhum eu parava de correr, porem sem perceber tropecei em uma falha da calçada, oque me fez dar um grito agudo, e o homem se aproximava mais ainda, o pior é que eu nem conseguia observa-lo pela escuridão.

Eu estou jogada no chão sentindo meu tornozelo doer demais, e ainda sendo perseguida por um piscopata.

- Heyoon? - O cara diz, mas percebo que reconheço sua voz, olho a silhueta de seu corpo e dou um suspiro aliviado.

- Que susto, Josh! - Digo em tom bravo massageando meu tornozelo.

Josh da de ombros me agachando e vindo até mim

- Por que ta aqui sozinha? - ele pergunta.

- Por que eu meio que fui expulsa de casa - Falo ainda com as mãos no meu tornozelo, pois estava doendo bastante.

- Você se machucou? - Diz percebendo minha dor, e leva suas mãos até meu tornozelo, e tira as minhas.

Posso ver meu tornozelo todo inchado.

- Claro né, você começou a correr atrás de mim igual louco - Digo incrédula.

- Não foi culpa minha que você não olha pro chão - Diz como se fosse óbvio e eu apenas reviro os olhos - Vamos pra minha casa, vem - Ele passa seus braços pela minha cintura, me ajudando a levantar.

Eu poderia até recusar e fazer esses dramas de que eu não quero ir, mas eu não tenho onde ficar mesmo.

Então sem trocar nenhuma palavra nós caminhamos até o carro de Josh, e entramos.

- Por que foi expulsa? - Pergunta ligando o carro e começando a dirigir.

- Por que eu passei um dia fora de casa sem avisar - Reviro os olhos - Mas da qui uns dois dias meu pai me chama pra voltar - Dou de ombros.

- E onde você tava?

- No Corbyn - Digo meio incerta, e posso ver a postura de Josh ficar mais rígida.

- No Corbyn? Isso significa muito sexo né? - Diz debochando, e posso ter quase certeza que ele ta pensando que sou uma puta.

- Depende, quando você vai na Any, ficam só assistindo tv? - Digo ja me irritando.

- Pelo menos eu não transo com a escola toda.

- Pelo menos eu não traio minha namorada - Digo irritada - Josh para o carro - Falo mas ele não obedece.

- Heyoon, você não tem lugar melhor pra ficar -Diz debochando.

- Eu arrumo um lugar, mas me deixa sair - Digo com umas lágrimas juntando em meu olhos, sim eu estava triste, por brigar com meu pai, com Josh e não ter uma casa mais.

- Desculpa Heyoon - Ele diz com a voz fraca.

- Por que as coisas não podem ser mais fáceis? - Deixo as lagrimas cairem livremente pelo meu rosto, e Josh ja estava estacionando o carro na garagem, logo ele finalmente me encara.

- Oque é isso no seu rosto? - Provavelmente ele estava se referindo ao meu olho roxo.

- Não é nada - Dou de ombros.

O silêncio prega dentro do carro, e só consigo ouvir nossas respirações, e nossos olhos colados um no outro.

- Por que o Corbyn? - Ele diz quebrando o silêncio, mas sem parar de me encarar.

- Por que a Any? - Digo com um fio de voz.

Por mais que eu esperasse uma resposta, sei que não iria ter.

Então Josh se aproxima lentamente de mim, e eu fico apenas parada, até sentir seus lábios nos meus, e eu estava tão frágil emocionante que acabei cedendo, e talvez eu precisa-se disso.

Nossas línguas ja começam uma batalha, e esse ainda é e sempre vai ser o melhor beijo do mundo.

As mãos de Josh me envolvem na cintura, e as minhas em sua nuca, puxando meus cabelos, mas logo nos afastamos quando a falta de ar se torna presente.

_____________________________

Hy babiessssss
Desculpa pelo sumiço, as aulas tão me matando, literalmente.

Deixem estrelinha e comentem oque acharam.

Quando chegar a 10 mil viws eu faço maratona.

-Gabi

𝖔𝖇𝖘𝖊𝖘𝖘𝖎𝖔𝖓🥂 <Heyosh>Onde histórias criam vida. Descubra agora