22o Pecado

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"Eu estou aterrorizado

Eu penso demais

Eu acredito em todos os gritos

Porque eu não confio

Eu estou aterrorizado."

I Am Terrified, IAMX.

I Am Terrified, IAMX

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Fonte: Desconhecida.




Kyungsoo voltava de uma reunião com as pessoas do coro da igreja quando foi interceptado pelos três homens que o tinha agredido há várias noites... Muitas pessoas não o incomodavam, mas esse trio realmente odiava-o, e Kyungsoo tinha muito medo deles visto que a homofobia alcançava níveis doentios. Sentia que se lhes fosse ofertado: " Mate um homossessual apenas hoje e não seja preso", esses caras não o enterraram sem antes lhe arrancar o pênis e jogar para os cachorros de rua comerem.

— Kyungsoo... onde está indo? — perguntou Chen. — Ou vindo?... Por acaso, é da igreja?

Ele tentou passar longe, mas Suho, do outro lado, impediu.

Tsc, tsc, tsc, que falta de educação, Soo... Não vai responder?

— Vou para casa — respondeu seriamente com o olhar baixo.

— Está vindo das suas reuniões cura-bichinha com o padre?

— Com licença — quando virou, trombou com Tao.

— Quanto essas reuniões têm funcionado? Você ainda gosta de chupar pau?

— Ele não gosta de chupar! — Chen exclamou. — Ele gosta que metam nele.

— É disso que você gosta? — perguntou Suho num tom inocente enquanto brincava com uma vara de madeira nas mãos.

Kyungsoo não sabia de onde ele tinha tirado aquilo porque tinha estado olhando para o chão o tempo todo; e naquele momento, pensou que seria agredido com ela.

— Eu te vi com aquele padre outro dia — apontou Tao —, parecia que vocês estavam se beijando... — Kyungsoo ficou mais pálido do que já estava. — Sei que soa louco, mas, segunda-feira, Chen e eu passávamos casualmente por aqui e te vimos entrar bem cedinho na igreja... depois a missa começou e acabou, mas você nunca saiu. Ficamos aqui te esperando por um longo tempo pra te convidar para brincar com a gente, Soo.

— Eu preciso ir embora — Kyungsoo virou-se de frente para Suho mais uma vez, era mais fácil fugir empurrando-o do que tentar isso com Tao, mas este o segurou cruzando seus braços contra suas costas, e mais uma vez, ele acabou indefeso. Odiava ser fisicamente tão fraco. Chen ria e Suho encarava-o com um sorriso amável, o que só fazia-o parecer mais psicopata.

— Conta pra gente, Kyungsoo... que horas você saiu da igreja na segunda-feira?

— Quando a missa acabou, eu saí pela porta de trás. Ajudei o padre Siwon a limpar algumas coisa e...

— Mentira! — exclamou Chen. — A gente te viu sair muito, muito tarde e você andava com dificuldade.

— O sacerdote rasgou a sua bunda, por acaso? — perguntou Tao perto demais de seu ouvido.

Kyungsoo ruborizou, sentiu um calafrio lhe percorrer por inteiro. Queria ir embora imediatamente e começou a se debater, mas só conseguia se machucar.

— Não seja assim — brincou Chen —, você fica parecendo aquele maluquinho do Luhan.

Os perseguidores riram comparando-o com o jovem da comunidade que padecia de esquizofrenia e tinha tido duas crise em público.

Jongin estava voltando do hospital, estava ajudando com a comunhão de alguns enfermos que não podiam ir ao templo. Então, graças ao grito de Kyungsoo, viu a briga que ocorria numa parte distante do parque, onde Suho silenciou sua vítima com um soco no estômago. O padre quase deixou a bolsa onde estava o suporte com as hóstias cair, e correr até Kyungsoo, e que seu Deus o perdoasse já que ele ia dar uma surra naqueles jovens, no entanto, alguém se adiantou. Chanyeol bateu na nuca de Suho sem hesitação alguma e este caiu quase inconsciente no chão, e não demorou muito para acertar seu punho no nariz de Tao, obrigando-o a soltar Kyungsoo que caiu a seus pés. Antes de se abaixar para ajudá-lo, olhou para Chen que puxou Suho pelo braço e o apressou em ir embora. Nem maluco ia enfrentar aquele gigante com olhar de assassino. Tao foi o primeiro a fugir.

O jovem tossia enquanto tentava se recuperar. Jongin chegou até eles e se ajoelhou ao lado de Kyungsoo.

— Kyungsoo, vem comigo até a igreja. Precisamos conversar. — Chanyeol empurrou bruscamente a sua mão que segurava Kyungsoo.

— Não! Ele não vai com você em canto nenhum. Fique longe, você já fez o suficiente.

O homem levantou Kyungsoo e o colocou sobre suas costas e afastou-se rapidamente. Jongin se aproximou da igreja, mesmo que o que realmente quisesse era voltar sobre seus passos e reclamar Kyungsoo como seu, mas então, o que faria? Para onde poderia levá-lo para que não o machucasse? De que jeito ele era melhor para aquele garoto do que Chanyeol? Chanyeol do inferno! Não havia um ponto nele em que pudesse superá-lo e isso doía. Quando finalmente chegou ao seu destino, Gary, o menino que servia como coroinha, se aproximou correndo até ele.

— Padre Kim, padre Kim, eu estava esperando o senhor...

— Olá, Gary, em que posso ajudá-lo?

— Um homem me pediu para entregar isso ao senhor — indicou oferecendo um papel dobrado. — Tchau, padre Kim.

Jongin observou Gary correr. As crianças eram tão boas e inocentes... em que momento se tornavam pessoas tão agressivas como aqueles três homens que bateram em Kyungsoo? Como as suas vidas eram a ponto de machucar outra? Ainda com esses pensamentos, o padre abriu o papel e quando leu o que estava escrito quase caiu de joelhos.

"SABEMOS QUE VOCÊ TRANSA COM O KYUNGSOO".




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PecaminoSoo - Religare I [Tradução PT-BR]Onde histórias criam vida. Descubra agora