23o Pecado

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"Não sou santo, estou mais para pecador.

Não quero perder, mas temo pelos vencedores

Quando tento explicar, me fogem as palavras

É por isso que estou aqui hoje

E eu vou rezar."

Pray, Sam Smith.

	Fonte: line_no21

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Fonte: line_no21.




Na missa do segundo domingo de advento, Jongin voltou a vestir a sua casula roxa. Ao acabar a cerimônia, aproximou-se da mãe de Kyungsoo que estava a ponto de se retirar. Chanyeol não se desgrudava do pequeno pecador, e durante toda a oferenda não tinha olhado para o sacerdote mesmo ele dando a palavra praticamente toda bem na sua frente. A mulher o atendeu um pouco reticente depois da última vez em que o padre a trancou durante duas horas para apontar os erros que a sua família havia cometido com Kyungsoo e depois disso, falou sobre o verdadeiro amor maternal que O Senhor Jesus apoiava. Especialmente, com um garoto tão agradável, inteligente e corajoso como o seu filho mais novo.

— Senhora, depois da nossa conversa no domingo passado e de todo o tempo em que tenho estado com Kyungsoo, acho que é o momento de informá-la que não é mais preciso obrigá-lo a vir. Tenho certeza de que ele vai continuar assistindo a missa, principalmente agora que ele faz parte do coro, nossas conversas de orientação não são mais necessárias. Pegue o seu filho pela mão e andem juntos até a casa de vocês na companhia de Deus.

Ela ficou feliz porque isso significava que o seu pequeno rebelde havia sido curado por Deus com a ajuda do padre. Chanyeol também ficou feliz porque esse cura não mais enfiaria ideias erradas na cabeça de seu amigo; além do mais, acalmaria os estúpidos rumores que aqueles três idiotas começaram a espalhar por aí. Kyungsoo parecia ser o único que não estava feliz com aquela resolução.

— Jongin! Quero dizer... padre Kim... não pare de conversar comigo, aliás, eu tenho uma coisa para lhe contar hoje...

— Não vou parar de conversar com você, Kyungsoo, mas a orientação recebida até agora não será mais necessária, nos veremos e conversaremos como faço com qualquer outro paroquiano. — lhe sorriu.

— Bom, então, vamos. Preciso conversar com você.

— Sinto muito, mas hoje não será possível. Tenho alguns compromissos — mentiu sem se importar em adicionar um pecado a mais na sua lista. — Que Deus os acompanhe.

Kyungsoo não teve outra opção a não ser se retirar resmungando com Chanyeol acompanhando-o; acabaram sentados na varanda em frente a sua casa. Eram oito horas da noite, o clima estava quente e no céu, milhares de estrelas brilhavam.

— Não sei porquê você está tão irritado — disse Chanyeol. — É a melhor coisa que poderia ter acontecido! Os rumores vão acabar, ninguém vai tentar te dizer sob moralismo religiosos quem ou como você deve ser.

— Você não entende. Jongin é bom, ele nunca me machucou... Pelo contrário, ele é meu amigo e eu realmente adorava conversar com ele. Graças à ele a relação com a minha família melhorou e agora que não vamos mais nos encontrar, tudo vai voltar a ser uma merda.

— Não tem porquê ser assim.

— Mas é! Todos me tratavam muito bem porque tinham medo do que eu poderia revelar ao padre... Sei que é estúpido pensar desse jeito, não é como se Jongin pudesse condená-los ao inferno, mas a minha família é basicamente desse jeito... Agora, vou voltar a ser um incômodo aos poucos. Estou cansado de interpretar o papel de Caim.

Chanyeol suspirou profundamente.

— Nossa graduação será em poucos dias, depois disso, preciso realizar alguns transmites e vou embora daqui. Tenho uma casa na praia que está esperando por mim, em um povoado turístico onde vou trabalhar em um estúdio de fotografia. Tudo já está acertado, você poderia vir comigo... se quiser.

Kyungsoo o encarou com os olhos bem abertos. Começou a se perguntar seriamente se Chanyeol gostava de si; mesmo que ele fosse supostamente heterossexual... nunca tinha lhe dado indícios do contrário.

No dia seguinte, Siwon chamou Jongin até o escritório da casa cural, ele nem sequer tinha tomado o café da manhã ainda e o tom do outro cura, era áspero. Sem saber porquê, um nó tenso se formou em seu estômago.

— Sacerdote Kim, estou irritado com você, preciso dizer — ressaltou Siwon. Jongin pressentia que cedo ou tarde seu parceiro descobriria tudo, mas agora que estava enfrentando esse momento, não sabia como reagir e nem o que dizer. — Deixei a igreja sob sua responsabilidade e confiei em você cegamente. — Jongin não conseguia sequer erguer o olhar, sentia-se terrivelmente envergonhado, suas lágrimas começaram a cair. — Deixar a igreja destrancada é um enorme descuido, padre Kim. Você não deveria ter feito isso. Roubaram um banco!

— Sinto muito, de verdade! Espere... o quê?!!




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PecaminoSoo - Religare I [Tradução PT-BR]Onde histórias criam vida. Descubra agora