Estou agora ébrio de jazz e filosofia.
Existe melhor estado de espírito?
Por enquanto, desconheço.
Tomo um gole do copo em cima do piano, toco alguns acordes rápidos e continuo o diálogo com a pessoa ao meu lado.Vou me embebedar de jazz e filosofia até o fim da vida.
A conversa flui naturalmente com a companhia certa e a melodia certa tocada ao piano.
Tenho tempo, quero desfrutar desse estado de alteração de consciência por mais um pouco.
Quem sabe o que fazer do dia de amanhã? Por hoje, quero apenas a melodia e o ritmo e a harmonia.Mais um gole do copo, mais acordes no piano.
Mais um riso discreto, mais olhares trocados.
Mais palavras profundas trocadas, em confidência, entre eu - ébrio pianista - e minha confidente imaginária (que eu faria de tudo para tornar real).
Enquanto a fantasia não se torna realidade, ainda terei o copo e a filosofia e o piano e o jazz.
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Sobre pessoas e outras futilidades
PoesíaConversa jogada fora, convenção social estabelecida, exigência não-exigida (esperada por todos os protótipos de interlocutores). Este livro é sobre futilidades. Ele é tão fútil quanto a problemática abordada. Quando deve ser lido? Bem, suponho que o...