E tudo se repete novamente

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O sol brilha lá fora, eu aqui dentro.
O vento sopra lá fora, eu aqui dentro.
O tempo se arrasta
E eu não saio, não saio, não saio.
Nem tenho mais vontade de sair.
Sem vontade de sair
Nenhuma vontade de sair, sair, sair

Mundo de vidro que caiu e quebrou
Quando a mão descuidada da doença
Permitiu que caísse e se esparramasse pelo chão
Fragmentos do que conhecíamos, conhecíamos
A repetição se tornou inevitável
A repetição das palavras, dos dias e da rotina
Sempre mais do mesmo, mais do mesmo, mesmo

Moribundos nos hospitais
Moribundos nos lares
Moribundos de pensamento,
Desejando a morte do corpo pois já não têm a mente
Moribundos de espírito
Prove para mim
Que o mundo não é feito apenas deles

Quando as pessoas se tornaram tão distantes?
Quando a distância delas passou a não ter mais importância?
Quando me acostumei com esse sonho estranho disfarçado de coisa real?
Quando deixei de notar as horas passarem?
Quando até o tempo perdeu seu significado real?
Quando liguei o piloto automático da vida?
Quando a memória do antes se embaçou?

Talvez eu esteja delirando
A realidade está distante,
Minha mente em uma bolha
O sol brilha lá fora, eu aqui dentro
O vento sopra lá fora, eu aqui dentro
O tempo se arrasta
E já está tudo se repetindo novamente

Preciso quebrar o ciclo
Preciso quebrar o ciclo
Preciso quebrar o ciclo
Preciso quebrar o ciclo
PRECISO QUEBRAR O CICLO
PRECISO...
       QUEBRAR O CICLO!

Sobre pessoas e outras futilidadesOnde histórias criam vida. Descubra agora