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 Minha cabeça estava prestes a explodir e meus pés doíam

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 Minha cabeça estava prestes a explodir e meus pés doíam. Eu estava completamente dolorida. O motivo de eu estar naquele estado era que eu não estava nem um pouco acostumada a andar de salto, e fiz a burrada de resolver entrar correndo no campus e acabar caindo. Que bom que ninguém havia me visto, pelo menos era o que eu achava. Todos já deveriam estar dormindo e isso era o que eu deveria estar fazendo também pois no outro dia eu tinha aula.

O problema era que eu não estava conseguindo dormir com aquela dor de cabeça horrível por conta daquele som alto da festa e também porque eu resolvi chorar mais um pouco quando cheguei no quarto. Eu tinha quase certeza de que já haviam duas horas desde a minha “fuga” da festa e eu ainda estava acabada, e é que eu não fiquei nem meia hora lá. Eu não fazia a menor ideia do porquê de eu estar chorando, eu não deveria me abalar pelo que um bêbado idiota falava de mim ou pelas grosserias do Grayson. Minha mãe não se orgulharia de saber que sua filha é uma fraca.

Quando finalmente o sono veio, ouvi o som da porta sendo aberta. Pensei que provavelmente seria a Jane que tinha ido tirar satisfações comigo por eu ter ido embora mais cedo da festa e sem ela, mas estava enganada novamente!

  — O que você está fazendo aqui? Ninguém te ensinou que é falta de educação não bater na porta antes de entrar? — indaguei e o sujeito me encarou inexpressivo.

  — Onde está a Judie? — indagou Grayson, mas eu sabia que ele sabia a resposta.

 — Obviamente ainda está na festa. — disse e ele continuou me encarando. O que ele queria afinal?

— O que foi? -— perguntei e ele pareceu despertar de um transe.

  — Você estava chorando — não foi uma pergunta, então eu resolvi não falar nada... até porque era verdade.

 Ele percebeu que eu não estava afim de conversar com ele e então começou a andar em direção a cama da Judie se deitando logo após.

  — O que você está fazendo? Não vai embora? Você já sabe que a Judie não está aqui — ele me encarou novamente e abriu um maldito sorriso presunçoso.

 — Acontece que esse quarto não é só seu, e eu não estou afim de ir embora agora — declarou e sentou na cama só pra deitar novamente segundos depois, exibindo algumas tatuagens e uma em especial me chamou a atenção, um pássaro delicado no seu antebraço.

  — Gosta do que vê? — ele fez a mesma pergunta de algum tempo atrás e eu fiquei imediatamente vermelha de vergonha o que o fez soltar uma risada.  — Gosto quando faço você ficar corada. — eu o encarei por alguns segundos e ele pareceu perceber o que falou pois voltou atrás.
  — Quer dizer... eu não quis dizer isso que sua mente fértil pensou. Porque eu não gosto de nada em você, eu só quis dizer que gosto de fazer você passar vergonha. — ele se enrolou com as palavras, o que me fez reprimir uma risada. — Quer saber? Nem sei porque eu ainda falo com você, esquisitona — disse com a voz áspera.

O DESPERTAR (Livro 1) || PARADAOnde histórias criam vida. Descubra agora