Capítulo 2

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Após o término da cerimônia, o ambiente ao meu redor se alterou completamente já que nós e os demais presentes avançamos para segunda parte da celebração: A festa de casamento, que por sua vez ocorre em um grande salão próximo à capela.

Como o lugar anterior, o salão possui uma grande quantidade de grandes janelas que proporcionam a iluminação natural do fim de tarde ensolarado. Dispõe de diversas mesas redondas para as famílias e amigos, todas de seis a oito cadeiras, exceto a única mesa de dois lugares reservada apenas para mim e Thomas.

A decoração, assim como anteriormente, continua mantendo um padrão simples e em tons de branco e azul marinho. Com flores, arranjos e cristais por toda parte.

Tom havia feito questão de escolher as peças de ornamentação mais sofisticadas, deslumbrantes e valiosas. Não poupou nenhum euro e não hesitou em gastar várias casas decimais para que tudo ficasse perfeito.

Quando eu e meu marido adentramos o salão de mãos dadas, somos ovacionados por centenas de palmas e assobios e igualmente abordados por alguns abraços dos amigos e familiares mais sensíveis, no caminho até o centro do recinto, para darmos início a festa com a nossa primeira dança.

Outrossim, os padrinhos se juntam a nós, porém nas laterais da pista. Um casal em cada diagonal para realizar a tradição de abrir o festejo com a valsa. No entanto, Caio e Liz, Haz e Chloe, estão consideravelmente afastados de nós e a atração principal ainda é eu e ele.

(Para este trecho, da valsa, recomendo que leia ouvindo "Crazy in love - Sofia Karlberg")

Estamos no meio de tudo, e captando absoluta atenção de cada indivíduo.

E, mesmo assim, não existe mais nada e nem ninguém quando Tom me traz até sua frente e aproxima nossos corpos.

O meio sorriso que perpetua nos lábios de Stanley aumenta um pouco de tamanho quando nossos peitos se encontram e sua mão escorrega até a base da minha coluna. Com a palma que não está junto a dele, seguro em seu ombro e nossos corpos se encaixam.

Sua respiração está perto, tão perto que sinto meu rosto aquecido. Inalo todo ar que posso para preencher meus pulmões com seu perfume forte que quase me causa uma dependência química.

Os olhos tão escuros e brilhantes estão inteiramente focados nos meus, como se estivessem presos por uma linha que torna impossível desviar.

Ele me toma em seus braços completamente.

Tão perto, Tom me aperta a cintura e traz seu rosto ao lado do meu, e suspiro me deleitando com a sensação de sentir sua mão tomando posse do que é dele.

Ele sabe exatamente o que fazer.

- Está pronta, Senhora Holland? - Ele pergunta, com a voz soando rouca ao pé do meu ouvido. Apenas assinto com cabeça, fraca demais para dizer alguma palavra.

Thomas dá um passo à frente, me obrigando a dar um para trás, e então começa nos guiar pela pista.

Como se fosse coreografado, ele sabe perfeitamente como nos levar. Os passos lentos acontecem sob o ritmo da canção instrumental, e não me preocupo em programar os movimentos pois Tom me guia com a facilidade de quem sempre soube dançar.

Sua mão desliza sobre minha lateral deixando um rastro de calor que me mantém em cinesia. Contudo, meu coração não se apressa em reação, pelo contrário, continuo mergulhada na sensação de paz que é estar ali com ele, em uma fração de horas tão nossas.

Passos seguidos para frente e para trás, para um lado e para o outro, dentro de um balançado lento e delicado.

Estou tão perdida em seu rosto e movimentos que levo um susto quando o homem percebe a distância de minha mente e então me gira soltando meu corpo, propositalmente para me fazer cair em seus braços novamente.

Maybe: Chapter Two | Tom HollandOnde histórias criam vida. Descubra agora