Capítulo 3

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(N/A: Este capítulo contém conteúdo sensível e impróprio. Caso não esteja apto a leitura, não a faça.)

A aterrissagem foi feita com sucesso.

Após vinte horas de voo particular chegamos em solo indonésio. O avião de Thomas pousou em uma pista afastada e privilegiada do aeroporto de Bali, especial para jatos particulares e outros do mesmo gênero.

Durante a maior parte do viagem eu deixei que meus olhos se fechassem e minha consciência se perdesse, adormecendo profundamente, ora contra o encosto macio da poltrona ora no ombro de Tom, aninhada a ele.

Presumo que meu marido tenha dormido tanto quanto eu, pois quando desperto ao seu lado e procuro seu rosto, encontro-o com a parte inferior de seus olhos levemente inchada. Deixando-lhe com um rosto doce muito diferente do comum, mas Thomas sempre tem seus momentos de parecer um ser angelical - mesmo que seja apenas ao acordar com a cara amassada.

De mãos entrelaçadas, descemos as escadas da aeronave e automaticamente um vento fraco e abafado corre por nós, nos apresentando ao clima da região, até alcançarmos o carro preto parado na pista.

Holland me guia e abre a porta do veículo, assistindo enquanto eu entro com calma e em seguida desliza seu corpo ao meu lado no banco traseiro. O cheiro de couro dos estofados é o odor mais presente de imediato, e isto atrai minha atenção para o restante do interior da SUV. Reparo, discretamente, em cada apetrecho sofisticado a de aparência nova e cara ali dentro, porém minha atenção é levada a Tom quando ouço sua voz se pronunciar ao motorista.

Os homens palavreiam brevemente sobre o trajeto que faríamos ao local de nossa hospedagem e, apesar de prestar atenção no que dizem, não capto nenhuma informação que já não possuía conhecimento antes. E então não demora nem sequer alguns segundos para o carro se colocar em movimento sobre o asfalto de Bali.

Carrego meu olhar para o lado de fora da janela com a intenção de apreciar a vista completamente nova ao meus olhos, contudo não adianta de muita coisa, já que a penumbra da noite caiu pela cidade e não há muito o que se ver nas ruas a esta hora.

Subitamente, minha consciência é recobrada para dentro do carro quando a palma quente de Tom aperta minha coxa nua, graças ao vestido. Em reação involuntária um calor se expande da região para o restante do corpo, gradativamente. Preciso respirar fundo antes de olhá-lo, pois aquele aperto não era como qualquer outro carinho, ele era o tipo de toque proposital e específico para me desarmar - e com certeza para me molhar.

Enquanto encaro sua mão apertando minha carne, a ansiedade para nossa noite me invade com toda força pela primeira vez desde que acordei no avião. Por minutos eu havia me esquecido do que está por vir, e de como eu estou desejando isso com toda vontade que há em mim.

O tesão retorna para o meu corpo num súbito.

Elevo os olhos lentamente das minhas pernas até seu rosto e, surpreendentemente, o que encontro é muito contrário ao que esperava: Thomas está de cabeça baixa, concentrado na tela de seu celular e nem sequer repara quando lhe olho, para minha infelicidade ele parece distante dos meus desejos.

Essa mão pressionando minha coxa é gratuita? Ele não está tentando me provocar?

Suspiro frustrada e direciono a cabeça para janela outra vez, tentando ignorar o toque sobre mim. Todavia, no mesmo instante sou pega de surpresa de novo, quando a mão rápida de Tom desce mais, se aproximando perigosamente da minha calcinha, até a lateral de seu polegar tocar minha intimidade levemente.

Volto-me para ele em um susto, e encontro sua atenção ainda focada ao telefone, não posso evitar e acabo franzindo o cenho irritada com a situação.

Maybe: Chapter Two | Tom HollandOnde histórias criam vida. Descubra agora