Capítulo 3.

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A quarta feira parecia não chegar, e eu estava tão ansiosa que no domingo a noite comecei a preparar umas coisas como roupa, perfume, lingerie, não via a hora de finalmente tudo acontecer.

Segunda feira. 7:20 AM.

Não nos falamos no colégio, não queria ser vista como ficante dele ou nada parecido, era apenas uma transa, embora ele fosse tudo que uma garota poderia querer para fazer esse tipo de coisa.

Terça feira. 21:40 PM.

Meus pais sempre foram meus amigos, minha mãe infelizmente é um pouco mais azeda, então me abro muito com meu pai, embora ele fique fora o dia todo e mau vejo ele em casa nos dias livres. A vida de quem tem pais em casa ou com tempo para aproveitar a família deve ser maravilhosa. Minha mãe fez um dos pratos favoritos do papai, escondidinho de carne moída, arroz branco e vinho, Claro que para mim era suco de uva integral, mas nada importava. Estávamos juntos, rindo, conversando sobre novos pontos turísticos da cidade que conhecemos, sobre nossa pele estar um pouco mais queimada, etc.

- Então, amanhã vocês vão sair?. Perguntei.

- Claro que sim, já é nossa tradição, toda quarta é uma facada na fatura do meu cartão. Sabiam que os restaurantes daqui são caros demais? Quel tal sairmos pra comer só um cachorro quente de esquina amanhã?. Respondeu papai. Rimos.

Minha mãe embora tenha seus 42 anos, é uma mulher muito atraente, seus cabelos curtos na altura dos ombros, suas unhas bem feitas, sempre cheirosa, e faz de tudo para agradar o meu pai. Já ele, com seus 45, é um pouco barrigudo, mas não sai sem seus ternos pretos, suas camisas sociais e gravata, é um Dom Juan perfeito. Vaidoso, sem barba, e cabelo bem cortado.

- Bom, já que eu não posso ir com vocês, que tal me deixarem uma grana pra eu poder pedir uma pizza?

- É amor, acho que ela tá crescendo, antes era só deixar com a babá e tudo certo. - Minha mãe disse com um sorriso irônico no rosto.

- Ai meu coração!! Será que 10 reais dá? Falou abrindo a carteira.
Tirou uma nota de 100 e claro, ele queria o troco.

- Obrigada, acho que já vou ir pro meu quarto, falei me levantando. Boa noite, amo vocês.

"Te amamos também".
Ouvi quando virava no corredor.




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