Capítulo 11.

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16:47PM.

      Entramos no quarto de hóspedes, não esperava encontrar um quarto de jogos, senti um arrepio dentro de mim, havia uma cama queen size, com lençóis de seda preto, uma poltrona tantra chair preta de couro em um dos cantos do quarto. Havia um X enorme em uma das paredes, forrado de couro e prendedores de pés e mãos, uma guilhotina de couro com um banquinho baixo, grades quadriculadas no fundo do quarto que iam do chão ao teto, que com certeza ele poderia me amarrar em todas as posições possível, ganchos, barras, era tanta coisa que não conseguia imaginar como ele pode montar tudo isso.

- Nunca trouxe ninguém aqui.

- É.. Nossa, tô sem palavras.

- Não vamos fazer mais nada hoje, você precisa entender o quão sério é o meu desejo e vejo nos teus olhos que é o seu também. Seus olhos brilham em cada detalhe que você vê aqui.

- Montou isso sozinho?

- Sim. Deu trabalho, mas foi sozinho.

- Pretende usar tudo isso comigo?

- Sim.

- E por que não hoje, agora?

- Preciso de tempo com você.

Continuei no quarto verificando cada detalhe por um bom tempo.

- Quero que vá se arrumar, vamos sair.

- Mas eu achei que ficaríamos aqui..
Falei um pouco entristecida.

- Vamos finalizar esse dia da melhor forma possível. Prometo.

- Tem algum secador de cabelo?

- Droga. Não, mas vou providenciar.

- Tudo bem, já te encontro na sala.

Fui para o banheiro e resolvi fazer um coque alto despojado, botei minha lingerie novamente e o sobretudo, calcei as botas e tentei resgatar um pouco de dignidade que ainda existia em meu rosto tirando a maquiagem borrada.

- Vamos?

- Claro, vou pegar a carteira.

Ele havia tomado um banho rápido, estava com uma camisa social cinza clara, calça jeans e sapato social, seu perfume exalava no ar, seu cabelo levemente caia nos seus olhos. Peguei meu celular e minha carteira, botei no bolso do sobretudo e fiquei aguardando na sala.

- Tudo certo, vamos para o estacionamento.

Descemos e andamos cerca de 5 minutos, entramos em um carro preto muito bem lustrado com cheiro de novo.

- Aonde vamos?

- Vou te levar no lugar mais incrível dessa cidadezinha.

- Me fala mais, sei lá, para de suspense.

- Não seja apressada... É só um lugar importante para mim, ia lá com meus pais quando eles eram vivos. Não vai demorar muito.

- Ok.

As conversas com o Suerdick eram tão animadas que parecia que o tempo corria quando estávamos juntos. 30 minutos depois chegamos na entrada de uma pequena trilha, descemos do carro, o ar gelado me fez ficar arrepiada, andamos cerca de 15 minutos até chegarmos em um lugar maravilhoso, não era o lugar mais alto do mundo, mas dava pra ver os apartamentos como se fossem formigas, as casinhas bem pequenas e o mais incrível de tudo era ver o por do sol, aquele brilho laranja forte como fogo que deixava no céu, as montanhas fazendo o cenário perfeito, o céu em tons de azul claro e marinho, o vento gelado batendo em meu rosto e principalmente, Fernando do meu lado.

Desejos de Uma SubmissaOnde histórias criam vida. Descubra agora