Hermione chegou em casa já tarde da noite, após, ter acompanhado o amigo até a casa dele.
Sua cabeça estava latejando de dor, correu no armário e pegou dois comprimidos para dor e tomou, depois tomou um banho quente e foi direto se deitar. Afundou a cabeça no travesseiro e sua mente passou a reproduz o ataque de fúria do então namorado, se magoou ainda mais ao lembrar das palavras ditas por ele e da injusta agressão ao colega. Não imaginava que Snape pudesse perder o equilíbrio daquela forma, para quem foi um espião duplo, que conseguia reprimir suas emoções e demonstrar frieza perante todos, aquele que ela presenciou era totalmente o oposto, violento e impulsivo.
Decidiu não pensar mais naquilo edeixaria para resolver essa situação com Snape quando estivesse menos magoada. Abriu a gaveta e pegou uma poção do sono e tomou, dormindo logo em seguida.
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Snape se encontrava completamente perturbado, sentado na poltrona da sua sala com uma garrafa de uísque do lado.
Ora passava a mão no rosto, ora nos cabelos, se levantava e caminhava de um lado e para o outro. Só de pensar que Hermione pudesse não o perdoar e não querer mais vê-lo o deixava completamente louco. Sentia sua garganta secar e seu peito doer de uma forma insuportável.
Pegou a garrafa e despejou o líquido na boca, que deceu queimando sua garganta, se sentou encostado na parede, abraçou os joelhos e começou a murmurar:
- O que esta acontecendo comigo? Por que estou assim? Eu a amo! Eu já passei a amá-la no primeiro momento que me beijou. – Snape sacodia a cabeça em negação...
Em sua mente era como se tudo se repetisse. Mais uma vez agirá no calor da emoção e magoará a pessoa que amava.
Lembrou do episodio com Lily onde a chamou de sangue ruim e que ela nunca mais o quis ver e tampouco o perdoar.
E agora com Hermione, a possibilidade de não poder mais a tocar, a beijar o deixou apavorado.
Logo ela que o aceitara como ele era, e não tinha repulsa pelo o que ele fez no passado.
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O dia amanheceu e Snape não dormiu nem um minuto. Sua cabeça doía e seu corpo reclamava. No entanto, foi para o trabalhado sem tomar banho e com a mesma roupa do dia anterior, seus olhos fundos de sono e vermelhos por ter chorado, demonstrava o quanto estava acabado.
Gutemberg se assustou ao ver Snape chegar naquele estado.
-Snape? O que aconteceu com você? Você esta bem?– disse em tom de espanto.
- Obvio que não estou bem. Me deixa em paz! Vou trabalhar no laboratório e não quero ver ninguém. – Snape rumou para o laboratório sem esperar que o colega falasse qualquer outra coisa.
Passou o dia fazendo experimentos de medicamentos em ratos de laboratórios, com desanimo, pois, além de esta cansado por não ter dormido nada, sua mente não parava de pensar em Hermione.
No horário do almoço Snape não saiu do laboratório.
Gutemberg levou um copo de café bem forte e quase sem açúcar e alguns biscoitos para Snape.
- Snape beba esse café, essa sua cara de morto vivo esta me dando medo... Sem falar no medo que estou de você fazer esses ratos virarem mutantes com a quantidade de medicamento que você esta enfiando neles. Só aquele ali você já deu umas 10 agulhadas do experimento novo. – O homem apontou para um animal que estava num cubo próximo a Snape. – Daqui a pouco sai um Mestre Splinter desse laboratório. – O colega tentou fazer piada para animar Snape, mas, sem êxito.
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Hermione passou a manhã e a tarde envolvida nas audiências de vários réus no ministério. Sempre que tinha audiências acabava fazendo horas extras para conseguir concluir todo o trabalho.
A bruca detestava os dias de audiências, pois, não compactuava com os métodos de interrogatório utilizados pelo ministério, principalmente quando os presos eram submetidos a torturas para confessarem os crimes. Outra situação que não gostava, era a forma do sistema inquisitivo ao que são submetidos, o qual o mesmo tribunal que acusa é o mesmo que julga e se o preso não tem uma defesa acaba sendo condenado sem ter tido uma oportunidade ao contraditório e a ampla defesa.
Após o árduo dia de trabalho Hermione foi embora o mais rápido que podia, pois, ainda tinha que se organizar para ir para universidade. Agradeceu internamente por não ter visto Harry, não queria ter que explicar sua cara de tristeza por conta do ocorrido com Snape na noite anterior.
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Snape saiu do trabalho e decidiu ir tentar falar com Hermione, porque, não queria passar mais uma noite agoniado de não ter uma resposta dela.
Ele chegou na frente do prédio que ela mora e pediu para o porteiro a informar que ele estava, mas foi avisado que a jovem ainda não tinha chegado. O bruxo enconstou no poste e ficou a aguardar por ela.
Hermione vinha as pressas após aparatar no quarteirão próximo de onde mora. Quando virou a esquina da quadra de onde percebeu a presença de Snape em pé na frente da portaria. Respirou fundo e foi na direção dele.
Ao Hermione chegando, Snape se preparou.- Hermione, preciso falar com você, preciso que me ouça, por favor... - Falou desesperado.
A bruxa notou o estado caótico de Snape, mas se manteve inerte.
- Snape, estou atrasada, tive um dia turbulento no ministério, não estou com cabeça para discutir com você agora e também estou muito magoada e decepcionada... Por favor não insista, pois não respondo por mim... Estou estresaada... Vá embora, tome um banho e troque essa roupa, você parece que saiu de dentro de uma garrafa. – Hermione manteve o semblante sério, mas seu coração estava em pedaços por ver Snape naquele estado, com aquela cara triste e arrependido, mas não poderia perdoá-lo sem antes ter uma conversa seríssima com ele, que não seria naquele momento.
- Hermione... Me perdoa... - O homem se jogou na frente dela.
- Snape, por favor! Me dá um tempo... Depois eu procuro você. Deixe seu endereço com o porteiro que pego com ele depois, agora vou subir, estou super atrasada... – Hermione entrou no prédio e deixou Snape a olhando virar as costas e sumir...
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Recomeço no mundo trouxa
FanfictionSeverus Snape após a batalhar de Hogwarts decidiu abandonar o mundo bruxo e recomeçar sua vida como se fosse um trouxa, mas, será que ele permanecerá muito tempo longe do ambiente mágico ou de bruxos?