15 | sᴇɴᴛɪᴍᴇɴᴛᴏs

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M E E R A

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M E E R A

Me indagava sobre o que Jordan desejava conversar, meu histórico com homens que queriam ter uma conversa particular comigo não é dos melhores.

Como ele havia saído hoje cedo, é provável que ele me fará questionamentos. Rezo interiormente para que ele tenha chegado com boas notícias, pois não iria suportar receber algo pior do que já estou passando.

O encarei, vendo suas órbitas se cruzarem com as minhas; os seus fios de cabelo dourados dançavam com o sopro dos ventos.

- Jordan, é bom tê-lo por aqui, devo fazer algum tipo de reverência ou te chamar de Soberano? - Sorri, provocando-o. - Sobre o que você quer falar? - Perguntei, sacudindo os cabelos.

Acho que eu estava sendo arrogante e prepotente ao tentar bater de frente com uma besta sanguinária, mas dane-se.

- Me acompanha em uma caminhada, Meera? Creio que será melhor. - Indagou, e eu assenti.

Lancei um olhar para Nathyfa e Gregory, que concordaram.

- Vamos? - Inquiriu, estendendo a sua mão para que eu me levantasse, similarmente a cavaleiros de séculos passados e por mais que ele seja uma criatura de séculos passados, ainda sim é esquisito.

Ainda receosa, toquei a sua mão, sentindo arrepios que se estenderam por meu corpo após ter contato com a sua pele fria. Fiquei de pé, bem a sua frente, a centímetros de distância, fitando-o intensamente, percebendo suas írises esverdeadas analisarem todo o meu rosto, detalhe por detalhe.

- Quer começar me contando como está sendo o seu dia? - Interpelou, começando a dar passos lentos, e eu o acompanhei.

Já havia até esquecido do momento íntimo que dividimos. Nunca me abri daquela maneira tão íntima com alguém, na verdade, nunca me senti segura e confortável o suficiente para dividir meus medos e inseguranças com outra pessoa.

- O meu dia está sendo, na medida do possível, bem. Não posso dizer que estou ótima ou feliz, no momento, à única coisa qual eu sinto é a esperança. - Declamei, desviando o olhar para o chão do pátio, que apesar de ser bem limpo, haviam algumas poucas folhas esparramadas.

- Compreendo, é bom você ter expectativas.

- Eu era o tipo de garota que sonhava com príncipes encantados, ter expectativas altas é quase uma vocação. O que peço a qualquer ser que está nos céus é que proteja minha irmã de toda crueldade, infelizmente essa é a única dor que as expectativas não alteram. - Relatei, cerrando o punho e mordendo os lábios como jeito de reprimir a tristeza.

O SoberanoOnde histórias criam vida. Descubra agora