19 | ᴛᴇʀɴᴜʀᴀ

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M E E R A

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M E E R A

           A felicidade corria em minhas veias.

           Não poderia estar mais contente, era como se uma corrente elétrica corresse por todos os meus neurônios. Após tantos dias de tristeza, transbordava alegria.

           A volta para a fortaleza de Jordan foi um tanto tranquila, todos nós estávamos um pouco mais animados. Sabia exatamente onde Etgar Vecilius, os insurretos e minha irmã estavam, um tanto longe de Detroit, mas não muito e isso fazia meu coração pulsar de ansiedade.

          Há quase um mês não tenho notícias de como Carol estava, se estava viva ou morta, se estava sendo torturada ou maltratada. No meu ponto de vista e pelo pouco que ouvi, sua voz aparentava ser suave, certamente ele tomou proveito da ingenuidade dela para sair como um "bom moço" e persuadi-la.

           Joseph me disse, antes de se despedir, que iria resolver tudo sobre a riqueza e os bens da minha família, por mais que isso não tivesse relevância pra mim. Informou-me que iria em um banco, do mundo bruxo, e que cuidaria de toda essa burocracia.

          - Estou eufórica, Jordan, mal consigo conter minha ansiedade. - Falei, mordendo os meus lábios que já gotejavam sangue.

          - Sendo bem franco, dessa vez até eu estou com os ânimos a flor da pele, é bom te ver sorrir com tanta vontade, dessa vez não permitirei que eles escapem, isso é uma promessa. - Exprimiu, sorrindo de canto e me fitando.

          - Não sou fã de promessas, mas estou feliz demais por saber que amanhã provavelmente estarei reunida com Carol. Só tenho medo do maldito Etgar, ele extinguiu a minha família. - Relatei, fechando os olhos em indignação.

          O maldito vampiro foi um infiltrado, usufruiu da paixão de minha mãe para bem próprio, pra que enfim conseguisse o espírito de feiticeira e destronasse Jordan. Minha avó descobriu seus planos e em retaliação hoje sou órfã. Sangue atrás de sangue. Morte atrás de morte. Segredo atrás de segredo.

          - Etgar foi cruel, ele usou sua mãe como instrumento e a descartou como se não fosse nada. Infelizmente, a vida no submundo se resume a isso: profanação, maldade e morte. - Proferiu, me olhando no fundo dos olhos. Sua fala soava como uma bela poesia.

           - É uma merda que eu esteja no meio disso, por que o destino iria querer que eu fizesse parte desse mundo? - Indaguei, com sarcasmo, mesmo que contenha uma pontinha de sinceridade. Ele desviou o olhar, sorrindo.

           - O universo age de modos que não compreendemos, tipo, por qual razão ele nos permite passar por tanta dor e sofrimento? Em mil anos esse é um dos mistérios que ainda ecoa em minha mente.

           - Se em mil anos você não foi capaz de desvendar, então não questionarei mais nada. Estou um tanto surpresa de você admitir que não sabe tudo sobre todas as coisas. - Falei, cruzando os braços e vendo seus olhos semicerrarem.

O SoberanoOnde histórias criam vida. Descubra agora