16 | ᴛᴏϙᴜᴇs

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J O R D A N

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J O R D A N

As nuvens cinzas ocupavam o céu.

Aquele dia transbordava melancolia; tristeza. Nada fora do habitual aos meus olhos. Nada tão incomum do que eu estive, nada distante do que eu sou: escuro e vazio. Um ser Original e Impuro.

Minhas órbitas pairaram sobre o papel amarelado e desgastado. Identifiquei com uma única passada as letras rebuscadas, onde li o nome Joseph Armstrong. Discutíamos sobre o mesmo assunto de há mais de um mês: a Lineagem Peletier. Se eu fosse qualquer um, é provável que eu já teria desistido, mas é óbvio que eu prosseguirei a avaliar com cautela. Nem uma pequena pista pode ser deixada para trás.

Tudo isso está conectado como fragmentos, o que me resta é junta-los um por um. É o que farei!

Abri vagarosamente a carta, sentindo a folha amaciar as minhas mãos. Elevei o objeto até que conseguisse ler com clareza. Soletrei em sussurros o texto do documento:

"Jordan, meu querido,

é seguindo os eixos que eu falei a ti. Em minha concepção, estamos indo na melhor direção. E sim, teremos de ir até os tios das garotas Peletier; a força ou por livre vontade, eles terão que dar as informações. Podemos ir em três dias, é o tempo suficiente para que eu apronte tudo o necessário. Até lá, iremos aguardar com paciência, e sempre acompanhando os passos dos Insurretos.

Atenciosamente, Joseph Armstrong"

Fechei a carta, guardando-a em uma das gavetas de minha escrivaninha, no meio de tantos outros utensílios. E, após isso, permaneci sentado, de cabeça pra cima, fitando o teto um tanto quanto empoeirado, digerindo e processando todos os informes que me foram passados.

Havia pouco mais de dois dias desde que me encontrei com o bruxo. Após ter encerrado o dia ao lado de Meera, dando a atenção que ela carece nesse momento turbulento e emotivo. Ao tardar, com o auxílio de um corvo, encaminhei a ele uma mensagem com os dados que a garota me deu e então, marcamos o dia para irmos até os tios delas e arrancar a verdade pela raíz.

Famílias complicadas, clãs rebeldes. O fardo que se tem ao ser um líder da espécie Vampyyre é algo surreal; mas como dizia o meu pai: "O lema Ekirev tem que ser levado a frente, custe o que custar. Com o sangue ou a dor." Outros já teriam abortado, porém, não eu. Não me intimidarei, não irei fraquejar, não demonstrarei fraqueza. Eles são fracos; um grão de ervilha se comparado a minha soberania.

O SoberanoOnde histórias criam vida. Descubra agora