25 | ɢᴜᴇʀʀᴀ

367 63 33
                                    

M E E R A

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

M E E R A

Os primeiros flocos de neve caíram do céu.

O vento soprou o meu cabelo, me fazendo arfar de frio. O inverno começou juntamente a guerra. A grande guerra sangrenta, uma luta por poder e soberania onde somente um dos lados será vencedor.

Nos encontrávamos no meio do deserto, uma região praticamente inabitável para humanos, o campo perfeito para uma batalha sem interferências. Não será fácil, mas Jordan me disse para confiar em seu potencial, e é o que farei.

Deve ter mais de vinte mil vampiros ao todo. Todos trajando vestimentas negras, alguns com adagas e espadas nas mãos. A preparação para esse momento foi intensa e cansativa. Acompanhei tudo. Todos seguirão os comandos de Jordan, que estará presente no campo de batalha, liderando seus subordinados. Me questiono o número de inimigos, se é maior ou menor que o nosso.

E cá estava eu, numa torre, com mais de 100 vampiros preparados para me proteger. Concordo que eu me sentia como uma princesa, no entanto, a realidade é bem diferente disso. Não existe nada que eu possa fazer para mudar isso, o que me resta é esperar que as coisas não explodam. Minhas mãos chegavam a latejar de frio, o que me forçou a cobri-las com luvas de seda. Estava na varanda, observando uma neblina exorbitante tomar conta do ar.

  Também enxergava as tropas, elas se estendiam de maneira uniforme. Eles pareciam bem contentes, talvez por honrarem o seu líder e poderem lutar ao seu lado. Ao menos quando eu estudava história, encontrava esses relatos nos livros, ou talvez estejam rindo para não chorarem. Tomara que seja a primeira opção. Ouvi o som da maçaneta sendo girada, segui o instinto de olhar, vendo a porta de madeira ser aberta e uma figura masculina e robusta adentrar.

Jordan deu passos curtos até mim. Suas vestes eram bem diferentes do usual. Um bracelete prateado cobria o seu braço, além de estar com uma bota de cano longo, um colete de couro e uma adaga na cintura. Eu ainda me sentia receosa quanto a tudo isso, mas é necessário. Segundo o mesmo, os vampiros se sentirão mais corajosos com o seu líder junto a eles.

- A ficha ainda não caiu pra você? - Indagou, achegando-se a mim, selando os nossos corpos.

  - Queria dizer outra resposta que não fosse um "não", mas é impossível. Quando nasci todas as guerras mundiais já haviam passado, então vivi em um mundo de "paz". Queria que tivesse permanecido assim por mais tempo. - Reclamei, retorcendo as bochechas. Os dedos do vampiro chegaram ao meu queixo, erguendo-o, fazendo suas írises penetrarem as minhas.

- As vezes esqueço que não foi criada nesse mundo, mas tenha fé quando digo que a sorte está do nosso lado e a guerra acabará em poucas horas. Depois que vencermos, comemoraremos a nossa glória, arrancaremos a cabeça de Etgar e vingaremos toda a sua família. - Disse, mordiscando o lábio, apertando um pouquinho minha cintura.

O SoberanoOnde histórias criam vida. Descubra agora