𝑨𝒏𝒊𝒎𝒆𝒔 🔹 One Shots

• Bruno Bɑngnyfe - Young ɑnd Proud

× Anime: Burn the Witch ×
× Tema: semi-hot +18 ×
× Projeto ImaginesLand - Social Spirit ×

[Nome] afastou o cobertor lentamente, evitando fazer qualquer movimento brusco para não acordar o homem ao seu lado. Sentia aos poucos o frio do ambiente tocando a pele nua das pernas. Usava a camisa dele, que mais cedo retirou com pressa para se entregar a ela naquele jogo silencioso deles. A camisa tinha o cheiro do perfume dele e um odor distante de incêndio. Ao se sentar na cama, ela alcançou o celular no criado mudo do apartamento dele e olhou as horas.

Caramba, ainda era meia-noite? Ela achava que teria conseguido dormir após gozar daquele jeito, mas a culpa de ter se entregado ainda era grande demais a ponto de colocar um peso sobre os ombros. Por que a culpa de ter se deitado com ele era tão grande? Era por orgulho e odiava se lembrar disso. Lembrava-se de todas as vezes que eles se provocaram, que se atracaram com intenção de machucar o outro. E agora, olhando após terem dormido juntos, tudo pareceu como um jogo de preliminar para testar quem cedia primeiro. Quem cedeu naquela noite? Ela não sabia ao certo. 

Balançou a cabeça e acendeu o abajur ao lado da cama, causando uma movimentação no colchão onde ele estava deitado. Se perguntava em silêncio se tudo ficaria estranho a partir dali, ou se eles voltariam a velha rotina de cão e gato como se aquela noite não fosse nada. Pra um homem, era sexo, era diversão, mas pra uma mulher como ela, sensível — e desbocada — era muito além. Não podia se permitir gostar dele, não podia conceber a ideia de bancar a apaixonada como ela apresentou tão bem naquela noite enquanto ele a fodia bem devagar, trazendo a tona sentimentos escondidos e sensações novas. 

— Já tá arrependida? — A voz dele a tirou da névoa de pensamentos de culpa. O tom de voz era cheio de dúvidas, mas sarcástico. 

— Você está? — Ela rebateu, não querendo responder. Virou a cabeça devagar e encarou Bruno, que estava deitado de barriga pra baixo e a encarando com um olhar profundo, como se pudesse ver tudo dentro dela. Ele já não tinha visto? 

Bruno sorriu de forma divertida, gostando da brincadeira. Virou-se de barriga pra cima, enterrando os dedos entre os cabelos. A mecha azul não saía do lugar, sua marca, seu charme, seu estilo. Ele bocejou, sentando-se também. Não chegou muito perto dela, como se pressentisse certo perigo no ar. O que fez foi analisá-la com cautela. 

— Eu devia? — A devolutiva com outro questionamento apenas aprofundou a ruga de inquietação na face da mulher. Ele sabia o que ela estava sentindo, pois mesmo que flertasse com ela entre as provocações diárias, sabia que [Nome] devia odiá-lo profundamente. Porém, agora, tinha suas dúvidas. — Ninguém aqui foi obrigado a nada até onde eu sei. E você queria muito pelos gemidos aqui embaixo, né? 

Aquilo foi o estopim e chegou cedo. [Nome] se levantou abruptamente da cama, sem se preocupar em esconder sua chateação com a provocação, afinal, era verdadeira. Ela queria, no fundo queria e se entregou a ele como se fosse a última coisa que faria na vida. Queria que Bruno a tomasse, que tornasse aquelas briguinhas motivos para levá-los ao clímax. Por ser tão verdade… se sentia envergonhada e acima de tudo: não amada. Era tudo pelo prazer. Afinal, eles se odiavam, não era?