Surpresa!!!
Leiam as notas finais!*
Ivo
Já estávamos em casa, fazia um dia que tínhamos entrado em contato com as autoridades responsáveis e entregado Vitinho aos cuidados dos conselheiros tutelares, o pior foi saber que já tinha vários denuncias do pai dele para eles, mas sempre que iam lá nunca o viam, parece que uma assistente social já tinha marcado visita para ir lá, mas não teve tempo, não sei se fico feliz ou não com isso, agora ele estará seguro, assim espero. Vitinho foi acolhido na cada da criança do município.
Ele chorou um pouco, não querendo ir, o Rick também ficou abalando e teve que conter para não chorar na sua frente, só se acalmou quando prometemos o visitar, como iriamos fazer isso morando em outra cidade, bem, ainda não tinha pensando sobre a logística disso associado a nossa rotina, mas tenho certeza que no final tudo daria certo.
Ricardo está calado desde então, em pouco tempo aquele garotinho tinha posto a gente no bolso, todos fomos conquistado por ele, é como se sempre estivesse presente, como predestinado a nos encontrar. Não sei se foi porque o Cado que o encontrou, mas eles parecem ter uma ligação fora do comum, em muito pouco tempo, eu sei que é cedo, mas já tomei minha decisão a respeito, só preciso dar um telefonema.
E vendo como o Rick está, mais certeza eu tenho dessa decisão. Desde que chegamos ele está na sacada, na mesma posição, olhando o nada, já que seus olhos não parece focar algum ponto especifico. Sinto que preciso anima-ló de alguma forma. Por isso resolvo chamar os nossos amigos para um jantar, poderíamos sair, mas acho que por enquanto o aconchego do lar é o melhor remédio para ele.
Sento no seu colo e logo tenho suas mão em volta da minha cintura. - Você está bem? - Pergunto preocupado. Enquanto encosto minha testa na dele e fecho os olhos.
- Tô - Ele diz apenas isso, de uma maneira como se tivesse tentando se controlar e não tivesse tanta certeza assim.
- Se você diz... Vou convidar os nossos amigos para um jantar aqui em casa essa noite. - Aviso antes de me levantar.
Vou atrás do meu filho, por isso bato na porta do quarto dele, antes de tudo quero conversar com ele, preciso ter certeza que ele ficará bem com isso.
- Atrapalho? - Pergunto receoso.
- Não, só estava falando com a minha namorada.
- Ah, vou querer conhecer ela depois. Convide ela para passar uns dias aqui nas férias. - Digo, e vejo ele sorrir, e sinto meu coração aquecer com esse pequeno gesto que o proporcionei.
- Posso mesmo? - Ele pergunta, como se para ter certeza.
- Claro que pode, só combinarmos antes, e os pais dela autorizar. - Aviso logo, que aqui em casa a coisa é séria, e também não quero saber de polícia batendo na nossa porta com os pais achando que ela foi sequestrada e vamos fazer algo de ruim com ela, vai saber só tem homem na casa, com exceção da Maria, é claro.
- Ok - Ele diz com um sorriso bobo, como é bom ver ele assim.
- Depois gostaria que você ficasse com Rick um pouco, vou ter que dá uma saída e não quero deixa-lo sozinho. - Falo meio preocupado, eu sei que ele não vai fazer nem uma loucura, mas velo daquele estado é de aperta o coração.
- Tá, ele ficou mal por conta do Vitinho? - Ele pergunta também parecendo preocupado, ele se afeiçoou tanto ao Rick em tão pouco tempo, acho que é um dom esse carisma nato dele.
- Sim, aquele garotinho o conquistou de um jeito inexplicável. - Afirmo uma verdade, que é nítido para todos, é como se ele se sentisse o guardião do menino, como se de alguma forma tivesse alguma responsabilidade para com ele, e depois de saber que se ele não tivesse lá na praia naquela hora o pai do Vitinho poderia telo encontrado é o que dá mais certeza para ele, de que tem uma missão com ele, na hora certa, no momento certo, como o ditado.

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De repente PAI
RomanceUm casal vê sua vida mudar de ponta cabeça quando um deles descobre que é pai de um adolescente de 15 anos. Ivo e Ricardo o casal perfeito, bem sucedido, quase um comercial de margarina ambulante, sempre sonharam em ser pais, só não imaginavam que...