Capítulo 16

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Vocês não sabem o prazer que é está de volta!

Acharam que eu tinha esquecido?

Leiam as notas finais do capítulo!**

Processo de adoção no Brasil não é fácil, longa fila de espera, avaliação com assistente social, muita disfunção burocrática e se tudo isso fosse resolvido, não teria tanta criança esperando para ser adotada, no caso se torna apta legalmente para isso, e muitos casais não ficariam esperando por anos.

No nosso caso era um pouquinho diferente, já tínhamos um vinculo com a criança que queríamos adotar, era tão bom visitar, e tão triste a despedida, ver aqueles olhinhos chorosos é de partir o coração, Rick tentava se fazer de forte, perto dele, mas assim que entravamos no carro deixava algumas lágrimas rolarem.

Vitinho ainda não estava apto legalmente para ser adotado, apesar do nosso interesse, e de já ter entrado com um pedido de guarda, ou pelo menos que possa visitar a gente. Porém ao que parece a assistente social está ainda procurando algum parente dele que possa ou queira ficar com ele, o que acho pouco provável, não apenas por ele ser pobre,  pois se tivesse alguém não teriam deixado ele com o louco do progenitor dele. Sim, progenitor, a pessoa que contribuiu geneticamente para o nascimento dele, pois pai é quem dá amor, e esse seremos nós, Rick e eu.

Seguimos de volta para a casa dos meus sogros, era melhor do que retornar direto para casa, desde que começamos a visitar Vitinho, também começamos passar o dia com eles,  Martina amava ter sempre o filho por perto, e vivia tentando alegra-lo com palavras afáveis que só as mães sabem dar, planejando o que faria quando o seu netinho estivesse em casa, o que deixava Rick feliz com os olhos sonhadores.

Em contra partida, em casa, começava a planejar o quartinho dele, sobre mudarmos para uma casa, um lugar maior, para Vitinho ter espaço para correr livre por aí, e fazer a gente de cabelos em pé. Então minha ou melhor nossas vidas tem se desdobrado em procurar uma casa para morar, que fosse adequada para a gente, que comporte nossa família e expectativas e não fosse muito longe da escola do Gus e do nosso trabalho.

Poderíamos criar uma casa dos nossos sonhos, porém não sei se teremos tempo hábil para ter tudo pronto para a chegada definitiva do nosso filho, pois pode ser algo rápido ou demorado. Por isso, decidimos escolher uma casa pronta, e arrumar os detalhes para ficar do nosso jeito, com a nossa cara.

E nessa de procurar uma casa, que não foi bem uma casa, e sim uma mansão... E aqueles jovens que disseram um dia que jamais morariam numa casa tão grande, estão pagando a língua hoje, mais ela é perfeita para nossa família, com um lindo jardim tendo até um chafariz, e um belo quintal enorme cheio de arvores frutíferas, onde será nossa futura horta, e com espaço de sobra para Vitinho correr e se sujar na terra, algo que tanto para mim, quanto para Cado é importante, que ele ande com o pé no chão, na terra.

Algo que me aperta o coração quando penso que meu primogênito não teve isso, mas como dizem não se chora pelo leite derramado. Bola para frente, perdi 15 anos da vida dele e não pretendo perder nada mais.

Na lateral esquerda temos uma piscina que pretendemos arrumar, trocar o piso deixar parte como um deque de madeira, e o resto com um piso antiderrapante, e deixar a uma parte dela mais rasa para que crianças possam aproveitar também, de forma a nos deixar um pouco mais sossegado e também para aquele momento que queremos nos molhar um pouco mas não nadar.

E como sobrou um espaço, estamos projetando um pista de skate, mais isso é segredo, quero fazer uma surpresa para meu filho, eu sei que é algo muito importante para ele e aqui neste condomínio não tem, fora que talvez seja uma forma de ele socializar e trazer amigos para cá.

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