Capítulo 5

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* Leiam as notas no final do capítulo

Depois de umas poucas horas de viajem estranhamente silenciosa, não me contenho de ansiedade de voltar para casa, minha casa, apresentar meu homem, meu marido ao meu filho. Desde que nos ajeitamos nos acento que o Gus está com os fones de ouvido e pouco tempo depois de alçarmos voou ele dormiu, e acabou apoiando sua cabeça no meu ombro, eu sei que não é nada, foi apenas um reflexo, mas não consigo conter a emoção de telo tão perto, me mecho o mínimo possível para ele não se mover, com delicadeza passo a mão por seus cabelos pela primeira vez, e sinto ele relaxar, como se ele precisasse disso, a expressão no seu rosto se suaviza. E pelo resto do voou do todo carinho que não pude dar durante todos esses anos, sei que provavelmente ele não saberá, mas eu saberei e isso que importa.

O avião começa a descer e sei que estamos chegando, quando finalmente o avião para de vez, o acordo, com toda a delicadeza.

- Gustavo! – Chamo o seu nome baixo enquanto acaricio seus cabelos. Ele aperta os olhos antes de abri-los, ele me olha um pouco assustado, e afasto minha mão de seu cabelo.

- Chegamos. – Digo, e só agora ele presta atenção nas pessoas nos corredores. Ele coça um pouco os olhos antes de levantar e pegar sua mochila no bagageiro. Aproveito e peço para ele pegara minha mala.

Estamos aqui na esteira, esperando a sua mala, parece que ela ficou por último, a maioria das pessoas já foram e nós continuamos aqui, até que ao longe vejo-a. Pego e coloco no carrinho. Ele fala que não precisa, porém eu insisto, caminhamos para saída enquanto falo um pouco sobre sua nova casa. Vejo pessoas se abraçando, chorando como se a muito não se visse, até que o encontro, sorrio, é automático, a saudade dele, do seu corpo, do seu cheiro, da sua companhia, era demais.

- Por aqui! – Viro um pouco e aviso ao Guto.

Passos rápidos e firmes me guião até ele, Rick parece sentir o mesmo, seus passos em minha direção dizem isso, o seu sorriso parece que vai rasgar o rosto. Quando ficamos frente a frente, o abraço apertado quase me fundindo, matando a saudade, ele vem para me beijar, porém viro o rosto e ele acaba beijando minha bochecha, levanto um pouco o rosto e sussurro.

- O Gustavo. – Espero que o ele entenda, não é vergonha dele, ou de nós, eu só quero que o Gus se acostume com a situação primeiro. Me afasto um pouco dele, entretanto não solto sua mão.

- Ricardo quero te apresentar uma pessoa. – Viro-me para o Guto. – Este jovem aqui é o Gustavo, meu filho.

- Gustavo, este é Ricardo, meu marido. – Gus me olha, espantado, e seus olhos correm de Cado para mim, e vice-versa. Fico com medo da sua reação. Porém seu rosto se suaviza e volta ao normal e um sorriso discreto aparece.

- Oi! – Ele diz timidamente, e Rick o responde, e estende a mão falando que é um prazer conhecer. Leva um tempo, mas logo Guto aperta a sua mão e fala: - Igualmente.

- Vamos? – Cado pergunta – Acho que vocês devem estar com fome, tenho certeza que a Maria preparou uma mesa de café da manhã digna de uma novela das 9h, fora que estamos atrapalhando a passagem. – Ele diz isso enquanto olha para as pessoas desviando de nós.

- Claro, estou morrendo de saudade da comida da Maria, nenhuma comida de Hotel se compara a dela. Gustavo você vai adorar conhecê-la. – Cito para que ele se sinta incluído na conversa.

- Tenho certeza que sim, ela está ansiosa para conhece você. – Gustavo o olha como se não tivesse acreditando muito nisso. - Ela vive dizendo não vê a hora de conhecer o menino do Ivo, palavras dela.

De repente PAIOnde histórias criam vida. Descubra agora