04 | Macaco Albino

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« Pete »

— Já tenho a resposta ao favor que me pediu. Apenas venha me ver quando estiver disponível.

     Tin me ligou ontem. É um assunto tão preocupante para mim. Me preocupa o fato de que lhe pedi um favor que tenha algo haver com P’Trump. Não se trata de que P’Trump está estranhamente quieto ultimamente que me preocupa. Na verdade, o que mais me assusta é saber para que ele usou o dinheiro, por isso aceitei me encontrar com Tin.


— Podemos nos encontrar no campus? Tenho que estar ali amanhã.

     Tin não disse nada, assim que decidimos nos reunir justo ao lado do campo de futebol.
Provavelmente estaria perambulando por esse lugar mais tarde de todo o modo.

     Meu celular começa a vibrar dentro do bolso da minha calça.

— Tin, khrub.

— Estou estacionando justo ao lado do campo de futebol. Onde você está?

— Certo... De que lado está estacionando, nah khrub?... Ok, te verei em um minuto.

     Caminhei até o Porsche Preto de Tin, que está estacionado debaixo de uma árvore ao lado do campo. Ele saiu do carro com um envelope marrom em uma mão, estou começando a sentir medo de saber o que há dentro dessa coisa que ele segura. Aparte de isso, Tin também segurava uma pequena caixa na outra mão.

— Acho que seria melhor se conversamos dentro do carro. Faz muito calor aqui.

— Está bem, khrub. Não vamos demorar muito, verdade? —Forcei um sorisso. Não quero estar dentro do carro com ele porque quero que isto acabe da maneira mais rápida possível.

     Menos mal que Tin não se importa. Se aproxima mais de mim e me entrega o envelope, mas pega de volta assim que eu o toquei.

— Antes de que abra isto, quero saber sua relação com este lixo?

     Me surpreendi bastante ao ouvir a pergunta de Tin. Sabia muito bem que se ele não ouvisse a verdade, nunca entregaria o envelope. A forma em que chamou a P’Trump "lixo", me diz que ele não está fazendo nada bom.

— Não tenho nenhum relacionamento com ele, exceto que ele era um estudante do último ano na escola que estudei. — tratei de lhe responder o mais calmamente possível.

     Tin tem sua própria forma de classificação social, se descobre que sou gay e que um cara me
subornou por isso durante mais de três meses, definitivamente me olharia com desprezo; com certeza seu desprezo seria pior  que apenas ser rejeitado por ser ingênuo e estúpido.

     Não importa como os outros o vejam, para mim, ele continua sendo um bom amigo. Ele me ajudou quando eu pedi e realmente não quero perder-lo como meu amigo. Minha resposta a sua pergunta o faz me olhar com dúvida. Se aproxima um pouco mais de mim.

— Te direi algo... Pete... Em toda minha vida, conheci muitos mentirosos e você é o pior deles.  — Os agudos olhos de Tin estão me matando, posso ver a dor
diretamente através deles no momento em que me diz isso, embora tenha desaparecido depois que olhei para ele através dos óculos escuros que já cobriam seus olhos.

(PT-BR) Love By Chance - TinCanOnde histórias criam vida. Descubra agora