RENATO GARCIA
Depois de ter acalmado meus irmãos e tirar essa linda ilusão de que eu estava namorado o Leonardo Ruiz, meu paciente a um dia apenas, eles ficaram murchos e tristes, ainda falaram que minha mãe só pode ter varrido meus pés com a vassoura para eu ser tão encalhado na vida assim, eu apenas rir e contei a eles como foi meu dia.
Provavelmente vocês aí devem está se perguntando, qual é a minha sexualidade afinal? Eu irei responder a vocês meus caros e lindos leitores, eu sou bissexual assumido a três anos, meus pais e irmãos acharam normal eu diria, já que a Dani também era bi, então eles apenas seguiram o baile.
Senti atração por homens pela primeira vez na minha faculdade, ah, nunca tive nenhum tipo de preconceito, se você gosta de tal pessoa e for recíproco aceite isso e fique com ela oras.
Óbvio que você deve fazer isso ciente de que irá enfrentar muitas coisas porque simplesmente gostar de pessoas do mesmo sexo não é bem visto ainda em pleno século XXI, a realidade é que ser diferente já afeta essa sociedade, mas sabe o que é bom? Ser diferente é maravilhoso, se você se sente bem ao ser diferente como a sociedade fala, que você seje diferente mesmo, quebre regras e seja feliz porque mesmo que você seja diferente na visão deles, você ainda é de carne e osso, precisa de oxigênio para sobreviver e precisa que seu coração bata a cada instante, precisa de respeito acima de tudo e no final você é como eles, entende?
Apenas seja feliz e foda-se o resto, o importante é que você se sinta livre e bem consigo mesmo, sua felicidade em primeiro lugar.
Quando contei isso ao meus pais eles me deram apoio, isso me fez tão bem que eu até comecei a ser mais feliz, viver se sentindo livre para amar qualquer pessoa independente do gênero é a melhor coisa do mundo.
Depois que conversamos bastante, eu e eles pedimos o lanche, era maravilhoso está em família eu não trocaria isso por nada.
Depois que comemos, fomos andar mais pelo shopping, eu não comprei nada, já que tinha comprado as coisas que queria antes deles chegaram, mas além das minhas sacolas tive que segurar as da minha mãe e da minha irmã, assim como meu pai e o Gui, sair com duas mulheres para um shopping é fogo viu?
Eu já não aguenta segurar mais nada, minhas pernas estavam doendo e ainda tivemos que correr até o cinema para não perder a última seção de cinema, quando chegamos lá, demos início a uma guerra para saber qual filme iremos ver.
No final o filme que ganhou foi a barraca do beijo 2, que filme maravilhoso, super recomendo aliás.
Saímos do shopping era meia noite e meia, felizes, cheios de roupas e muita risada, nos despedimos no estacionamento e eu caminhei até a camionete, deixei as compras no banco de trás, fechei a porta e abri a do motorista, entrei na mesma e fechei a porta, coloco o cinto e logo saio dali indo pro meu apartamento.
LEONARDO RUIZ
Estava mexendo no celular ainda quando a Leh entrou no meu quarto, fechou a porta e caminhou até minha cama.
Quando entendi o que ela queria, dei espaço na cama vendo a mesma deitar do meu lado, pegar o controle da tv, ligar a mesma e ponho no Netflix.
- Que filme vamos assitir hoje? - Olho para ela com uma sobrancelha erguida em questionamento.
- Vai ser um filme baseado em fatos reais, quero que você preste bastante atenção nele está bem? - A mais nova me pergunta, sorrindo de leve.
- Está bem. - Concordo super curioso vendo ela por o filme.
Não estava na metade do filme e eu já estava chorando, o nome do filme era Winter o golfinho, eu sinceramente não consegui segurar as minhas lágrimas, o golfinho tinha perdido a sua cauda ao ser preso em um armadilha para caranguejos, fazendo com que ele ficasse muito tempo fora da água e ao tentar se salvar machucou a sua cauda, mas um menino achou o golfinho na praia e ligou para um pessoal de uma ONG de animais marinhos que ajudavam os animais.
Irei contar só as partes que eu mais me emocionei.
Depois de muito tempo o golfinho ainda continuava do mesmo jeito, não havia melhora, então tiveram que amputar a cauda do animal, os donos da ONG queria sacrificar o golfinho, para eles o mesmo era perca de tempo.
O mesmo garoto que o encontrou começou a ajudar a ONG cuidando dos animais, mas principalmente o golfinho, o garoto ajudava o mesmo a fazer exercícios para ele voltar a nadar mesmo sem a cauda.
Depois de alguns meses o golfinho conseguiu a começar a nadar mexendo a "cauda " para um lado e outro, todo mundo ficou feliz, principalmente o garoto.
Mas com o passar do tempo perceberam que ao mexer a " cauda" para um lado e outro e não para cima e para baixo estava causando problemas para o animal.
Foi aí que o garoto começou a procurar pessoas que fazia próteses humanas para tentar fazer uma cauda mecânica para o golfinho, mas ninguém estava disposto a fazer tal ato.
Foi quando o primo desse garoto perdeu a perna no exército e teve que voltar para casa e com isso começou a usar próteses.
Foi quando o garoto teve a ideia de pedir o médico digamos assim que fez a prótese de seu primo fizesse a do golfinho.
No começo foi muito difícil, óbvio que foi, o médico não queria aceitar, mas tanto o garoto como o primo dele e amigos que ele tinha feito na ONG e que sabia da história do golfinho estavam o apoiando, o médico era a última chance do golfinho sobreviver.
Foi quando convenceram o médico, foram muitas próteses feitas mas nenhuma se encaixava direito no golfinho ele sempre rejeitava as próteses e ninguém entendia o porquê foi quando o garoto foi falar com o golfinho, sim ele já tinha uma ligação sem igual e o garoto daquela conversa entendeu o que o golfinho queria lhe dizer.
Era a meia posta antes da próteses que coçava e incomodava o golfinho, foi então que o menino saiu correndo para falar aos demais que descobriu uma solução e o médico fez uma meia de silicone e pronto o golfinho aceitou a próteses.
O que eu estou tentando dizer é; será que o Renato vai ser tão insistente que nem esse garoto fora com o golfinho? Ele não vai desistir de mim? Ele vai me ajudar até o final? Ele vai saber me entender sem eu não falar nada? Ele vai me entender só com minhas reações ou gestos?
E lá no fundo gostaria de ser o golfinho e o garoto fosse o Renato, eu desejava do fundo do meu coração que o Renato nunca soltasse a minha mão.
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Um Novo Recomeço《LEONATO 》
FanfictionDe um lado temos Renato Garcia de 25 anos, médico e com muitos desafios pela frente. Do outro temos Leonardo Ruiz, uma pessoa que já enfrentou muitas coisas da vida e que luta até hoje para conseguir andar. Ah, a vida não é realmente fácil. Ninguém...