CAPÍTULO 17

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LEORNADO RUIZ

Ficamos um pouco naquele abraço, logo começamos uma conversar sem sair daquele clima confortável, até que... eu jogo água no cabelo do Renato e rio alto, vendo a cara indignada do mais velho.

- Sério mesmo? Tipo assim, do nada? - Ele fala tentando entender e passa a mão no cabelo, bagunçando o mesmo. Ainda rindo respondo ele.

- Assim do nada, assim como você fez comigo. - Falo rindo.

- Ah, ok então, não julgo, mas tenho o direto de me vingar também. - Sorrir sapeca chegando mais para frente, aproximando nossas bocas.

É gente, eu achei que ele ia me dá um selinho de novo, mas ao invés disso o desgramado me arrumou no colo dele e se levantou, indo para dentro do rio, eu já tava nervoso, o que esse doido iria fazer?

Foi quando eu senti a água gelada da Cachoeira nas minhas costas, começei a dar tapas no ombro dele, enquanto ouvia a risada do ser maldoso.

- O bebê tá bravinho porque eu molhei ele, ai que dó gente. - Fala com uma voz engraçada e rir.

- Mano, porra Reh, você me molhou inteiro vou ficar com frio agora, sabia? - Resgungo sentido frio tanto pela água gelada e pelo vento que tornava meu corpo mais gelado.

- Não tem problema eu esquento você. - Fala em um tom provocativo. - Uh, eu já falei que xingar é feio. - O mesmo rir, na realidade ele tava pouco se fodendo pros meus palavrões, fazia isso só para me pirraça, na real mesmo? Parei de pensar quando senti o Renato morder e puxar meu lábio inferior assim que termina de falar.

Que audácia é essa minha gente?

-Me tira daqui vai, eu tô com fome e com frio.

-Olha só, eu só vou te tirar por que me encontro na mesma situação que a sua. - Ouço a voz dele e logo sinto que meu corpo parou de fazar contato com a água assim que ele me abraça apertado e vai andando com cuidado até está na casa.

RENATO GARCIA

Talvez eu tenha sido um pouco mal com o Léo agora, mas tudo bem, se molhar um pouco não mata ninguém e sem contar que foi ele que começou.

Rio internamente com meus pensamentos, porque apesar de tudo eu fui um pouco burro, já que me molhei junto com o menor.
Caminho com cuidado para não escorregar, então olho para baixo e vejo meu tênis todo encharcado e sujo de lava, se minha mãe visse o estado desse tênis ela me mataria.

Saio dos meus pensamentos quando percebo que já estamos em frente a casa e já fui ouvindo o irmão do Léo falar:

-Meu Deus do céu, para quem não queria ir nem para a margem do rio, você voltou bem molhado, hein Léo? - Fala em um tom engraçado.

- Eu só não dou um jeito de te bater porque eu estou com um frio da pêga e é tudo culpa do Renato. - O garoto em meus braços fala em um tom irritado e bate no meu peito.

-Uiii, que pessoa agressiva você, bate em uma pessoa tão inocente e pura como eu. - Falo fazendo drama e rio.

-Antes que a terceira guerra mundial comece leva ele para o banheiro por favor Renato, porque se não daqui a pouco vocês dois pega um resfriado. - A mãe dele me olha e nega com a cabeça, rindo fraco da situação.

- Hoje nem é sábado para ele querer tomar banho tia. - Renan fala, zombando do Léo.

Entro na área de casa e tiro meus tênis com um pouco de dificuldade e vou entrando na casa em passos cuidadosos para não escorregar, eu sei, minha meia também estava molhada, mas era mais fácil só secar a água que pingava dos nossos corpos e da minha meia do que a lama do meu tênis.

Deixo o Léo em cima do mármore da pia do banheiro e quando ia sair para pegar uma cadeira para por o Léo de baixo do chuveiro, a dona Janaína já tava na porta com a cadeira de madeira, então dou um beijo na testa do Léo e sorrio para a mais velha  enquanto passava por ela na porta, ela retribuiu o sorriso e depois disso ela põe a cadeira debaixo do chuveiro, eu entrei de novo peguei o Léo no colo e o coloquei sentado na cadeira.

- Bem agora eu posso ir. - rio baixo. - Bom banho Léo. - Falo enquanto saia do banheiro para ir para o meu quarto tomar banho, todo quarto tinha suíte, achei chique.

Depois que eu tomei um banho quente, me sequei e vestir uma regata preta com um short da mesma cor, já minhas roupas molhadas foi posta no varal para secar e o tênis lavei depois que comi.

O tempo já tinha passado e eu me encontrava deitado na rede, enquanto mexia no celular, já era 16:49 da tarde quando os meninos vinheram me chamar para andar a cavalo, me animei na hora e me levantei da rede seguindo eles.

- Vamos só a gente aqui, meus país e os pais do Léo vão fazer pescaria de casal. - Renan fala ao terminar de por a sela no último cavalo. - Como só tem três cavalos cada um  vai lavar duas pessoas, eu vou com a Anna Júlia, Felipe vai com a Leh e o Léo.... cadê o senhor Ruiz?! -  Fala assim que percebe que o dito cujo não estava ali.

- Ah...ele foi para dentro de casa quando você foi chamar o Renato. - Júlia fala olhando pro irmão.

- Aaaag mais ele não vai escapar de mim tão rápido. - Ouço Renan falar enquanto ia para dentro de casa.
Rio baixo quando o Renan volta empurrando o Léo que estava com uma cara emburrada.

- Aneeem Renan, tu sabe muito bem que eu tenho medo. - Léo resmungou.

- Menino precisa de medo não! Seu príncipe encantado tá aqui. - Aponta para mim na maior naturalidade do mundo. - Ele só não vai está em um cavalo branco e sim em um marrom, mas quem liga? - Renan rir e para de andar.

LEORNADO RUIZ

Maldita hora que eu fui considerar o Renan como meu melhor amigo, o foco é eu já estava em cima do cavalo e o Renato tava sentando atrás de mim.

- Se eu caír, juro que me levanto e corro atrás de vocês para matar um por um. - Olho para todos.

- Opa Léo, que tal você cai um pouquinho hein? - Renato fala, fazendo o cavalo andar. Passo a língua nos lábios e suspiro.

- Você me tira do sério véi. - Rio negando com a cabeça.
Quero nem imaginar como vai ser esse passeio.

Um Novo Recomeço《LEONATO 》Onde histórias criam vida. Descubra agora