CAPÍTULO 16

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LEONARDO RUIZ

Como eu estava agora? Surtando por dentro, sentindo os lábios do moreno nos meus com ternura, arrisco dizer que senti um leve arrepio de satisfação, sabe? Então acabei suspirando e retribui o selinho fechando os olhos, estes que estava anteriormente bem abertos pelo susto, sim, os olhos castanhos do moreno se encontravam fechados também.

Depois de alguns minutos ali, afasto ele minimamente de mim enquanto abria os olhos, percebendo que ele fazia o mesmo.

-Por quê você fez isso? - Pergunto em um tom suave, confuso e baixo.

- Meninas vamos ali ver se a carne já está assada? - Ouço o Renan falar enquanto puxava as mais novas com delicadeza dali.

- Bem, eu... - Vejo o Renato passar a mão na nuca meio envergonhado. - Eu apenas fiz o que meu corpo, mente e coração pediu Léo. - Ele arruma a postura e olha para mim.

- Não me arrependo de ter feito isso, mas se isso te ofendeu ou lhe desagradou eu peço desculpas. - O mesmo olha para mim com serenidade, demostrando que estava falando a verdade.

- É que...hum. - Desvio o olhar por um momento, mas logo levo meus olhos ao rosto do mais velho, sentindo minhas bochechas esquentarem. - Ninguém nunca fez isso comigo. - Passo língua nos lábios.

- Você é o primeiro a me tocar dessa forma, digamos assim. - Quando termino de falar vejo a postura do ser a minha frente ficar mais rígida ao mesmo tempo que me olha com espanto, mas logo suaviza a expressão.

- É porque ninguém nunca teve a capacidade de enxergar como você é perfeito em cada pedacinho seu. - O mesmo dá uma pausa, levando a mão dele para minha bochecha. - A sua boca. - Passa o dedão levemente pelo meus lábios. - Sua bochecha levemente avermelhada. - leva a mão dele novamente para minha bochecha e acaricia aquela região. - A sua pele. - Sinto a outra mão dele passar para debaixo da minha blusa e passar sobre minha pele. - Seu cabelo. - Tira a mão de dentro da minha blusa e a leva até meus cabelos castanhos fazendo um rápido carinho ali, deixando a mão dele percorrer pelas minhas costas novamente, indo para minha cintura e subir pelo meu tronco, parando em cima do meu peito esquerdo para enfim falar de novo. - Seu coração, são perfeitos, você tanto por dentro ou por fora
é perfeito demais para ser amado de qualquer jeito. - Logo pude ver um sorriso se formando em seu rosto.

Meu coração faltava sair pela boca e eu jurava que ia ter um infarto a qualquer momento,  mas precisava puxar o moreno para a realidade novamente.

- Renato...não é assim, eu  não sou perfeito, tenho vários defeitos e um deles já está em evidência. - Suspiro, segurando as minhas lágrimas.

RENATO GARCIA

O que eu estava sentido quando estava beijando o Léo? Pura euforia, meu coração não parava de dar pulsadas rápidas e fortes, os meus pensamentos estavam surtando junto comigo, eu finalmente estava beijando aqueles lábios cheinhos.

Tudo que eu acabei de falar a ele foram verdades, verdades estas que o meu interior grita toda vez que vejo ele, mas nada nunca me doeu mais ao ouvir ele fazendo uma crítica a ele mesmo que não tem aceitação, suspiro e o olho com ternura, calma e amor, tentando o entender e no fim acabei o entendendo.

Ele nunca foi amado de outra forma, sempre sofreu rejeição, sempre teve a mente abalada por pessoas que não tem compaixão com si próprias para entender que ele é um ser humano como todo mundo, a única diferença é que ele é inocente demais para entender que é maravilhoso, mas eu estou disposto a mostrar para o Léo que ele é perfeito e precisa mais de amor próprio.

- Mas aos meus olhos você é perfeito e um dia irei dar um jeito de você se ver através deles. - Beijo a testa dele e sorrio, o abraçando. - Eu vou fazer com qua você se ame, assim como.... - Fico meio receoso ao falar, mas apenas sorrio e deixo essa frase sair naturalmente dos meus lábios. - Como eu amo você.

LEONARDO RUIZ

Naquele momento eu não conseguia falar nada,  essas palavras do Renato me pegou complemente surpreso, então o abracei mais forte sabendo que o mais velho entenderia que eu ainda não estava preparado para falar tais palavras a ele, mas ficava mais tranquilo porque o meu corpo demonstrava que eu de certa forma já o amava e que confiava nele, pois naquela abraço me sentir complemente protegido, só precisava de um tempo para entender todas as novas sensanções que o moreno estava fazendo eu sentir, cada sentimento novo, mas primeiro eu precisava me auto-entender, colocar meus pensamentos nos lugares certos e lutar com uma coisa chamada insegurança, porquê até então não acreditava que algum dia alguém poderia me amar, sim eu sei, minha famila e pessoas próximas à mim me amam, mas estou falando de forma diferente, entende?

E saber através daquele abraço que o mais velho iria esperar por mim, que ele iria respeitar os meus limites e me ajudar a superar algo que minha mente insistia em me torturar de uma forma inexplicável é reconfortante.

O  Renato irá e vai cuidar de mim até eu decidir fazer com que ele seja a minha morada e assim me permitir  ama-lo na mesma intensidade que ele me ama, sem pensar na hipótese de deixá-lo um dia?

Um Novo Recomeço《LEONATO 》Onde histórias criam vida. Descubra agora