Capítulo Onze

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Olá!!! Gente essa quarentena está me deixando louca, sem noção de tempo. Jurava que hoje era quinta-feira. Afff...

Me desculpem, mas vamos lá, né?

Mais um pouquinho deste casal super tranquilo!!! kkkkkk





Capítulo onze

Otávio

Voltei para o escritório e fiquei esperando Lize, em vão. Depois de horas fui atrás, a peguei recém-saída do banho. Ela era simplesmente perfeita, era mais que normal eu ser tão apaixonado.

Olhei para a roupa pendurado e de volta para ela que continuava com aquele sorriso perfeito. Se ela achava que iria no aniversário dos filhos daquele pedófilo, estava redondamente enganada.

Ela foi para o closet, sentou na penteadeira e ligou o secador de cabelo. Fui atrás:

— Lize, desliga isso um pouco, por favor. — Ela desligou imediatamente:

— Para que está se arrumando?

— Vou ao aniversário dos filhos do Henrique, você vem comigo?

Nem fodendo. Tentei convence-la com trabalho, cansaço, de todas as formas.

— Poderíamos ter conversado sobre isso mais cedo e por favor arruma outra desculpa, porque a que tem que trabalhar fere minha inteligência.

Sentei a sua frente. — Me desculpa? Agi como um troglodita quando quis conversar, não farei mais isso. Mas podemos conversar agora, não faça como eu. Deixei de viajar a trabalho para não ficar longe de você.

— Não foi viajar por possessão, e sexo. Estamos "namorando", não somos marido e mulher como você sugere o tempo todo. Tenho certeza que não tem problemas financeiros para termos que trabalhar sábados, domingos, feriados noite a dentro. E com certeza tem funcionários para delegar algumas tarefas.

"Presta bem atenção no que está fazendo com a nossa relação. Até outro dia agia como um adolescente desgovernado e agora quer agir como um velho de cem anos". E não é só isso; está me escondendo, evitando lugares, pessoas. Tenho dezenove anos e você é meu primeiro namorado, quero viver, e hoje tem o aniversário dos meus amigos, se não tivesse sairia para qualquer lugar.

"Olha o desrespeito com que me tratou, cortando minha fala, com um "não"! Acha normal essa atitude, é o que, meu carcereiro? Não vou admitir isso na minha vida. Não vejo a hora de você mudar. Está me sufocando.

Pensei que fosse sufocar, senti meu peito sendo espremido e mesmo eu demorando para ter uma reação, Lize me olhava nos olhos, com cabeça erguida. — Não vou retrucar as coisas que disse agora porque sei que estou errando com você, mas vão ser pautas em outra conversa. — A raiva e frustração estavam tomando conta de cada célula do meu corpo, me sentia sufocado dentro daquele closet.

— Vamos para outro lugar, sabe que quero você bem longe do Garcia. Ele te liga com frequência?

— Sim, me liga com frequência. Ele é meu amigo.

— Vai fazer papel de madrasta?

— Otávio, vou de qualquer jeito, o máximo que pode acontecer é "você" não ir. E gostaria muito que conhecesse meus amigos. Você vai ou não, Otávio? Vou sair as 22h00. Agora vou terminar de me arrumar.

Literalmente fugi sufocado de dentro daquele closet. Fui para varando do escritório do meu pai, sentei no escuro e fiquei. Já fazia um tempo que estava ali quando senti sua presença. Como sempre sentou na poltrona ao lado.

Todas as Formas de Amar (PARTE DOIS)Onde histórias criam vida. Descubra agora