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Atenção: É muito importante que vocês leiam esse capítulo ouvindo uma música chamada "I Don't Wanna Miss A Thing", do AeroSmith!💥


Corremos durante vários minutos, e eu não fazia idéia de para onde estava indo ou em que estava pisando. Bucky não soltou minha mão um único segundo e a única alternativa que me restava era confiar nele, mesmo que eu não estivesse confiando.

Durante um bom tempo, escutamos gritos e pancadas e até tiros, mas não paramos mesmo assim. É claro que eu estava bastante preocupada com o pessoal, afinal, por mais que eles fossem heróis, eles ainda podiam se machucar.

Aquela porcaria daquela subida não acabava nunca e eu nem sabia, exatamente, como Bucky estava enxergando alguma coisa, já que estava um escuro tão grande, fora a névoa...

Era quase humanamente impossível.

Então, depois de vários minutos de silêncio, comecei a sentir câimbra na barriga e acabei torcendo o pé no que parecia um galho, caindo no chão.

Bucky se agachou ao meu lado, voltando alguns passos.

-Hey, o que foi...?

-Eu tô cansada! - Reclamei, me irritando e explodindo com ele. - Eu tô correndo há sabe-se lá quanto tempo, não chegamos a lugar nenhum, meus amigos podem estar mortos! Deixa eu respirar um pouco, Bucky!

Ele não respondeu. Só enfiou as mãos nos bolsos do casaco e ficou olhando atentamente pela direção de onde viemos. O ar condensava assim que saia do nariz e da boca dele.

-Já descansou? - Bucky perguntou, rudemente, sem olhar para mim.

-Se eu disser que não, você vai esperar mais?

-Anda, Amber!

Rolei os olhos e levantei. Bucky voltou a me puxar pela mão. Voltamos a andar, dessa vez, apenas caminhando.

-Como sabe para onde estamos indo? - Indaguei.

-Eu estive aqui umas dez vezes para decorar o caminho. E eu tenho uma visão melhor que a de todo mundo por causa do soro.

-Posso acreditar em alguém que tem problemas de memórias?

Bucky não respondeu, apenas continuou me puxando, sem olhar para mim.

Finalmente, as árvores ficaram mais escassas e chegamos em alguns metros de solo reto, antes de começar a subir novamente.

Começava a nevar um pouco e, enquanto eu olhava ao redor, percebi que dava para ver bastante floresta dalí. Não percebi que tinha subido tanto, mas minha falta de ar e o zumbido nos meus ouvidos, fora a copa das árvores longíquas na minha visão, mostravam a altitude.

Bucky pisou várias vezes no solo e me soltou, olhando ao redor. Ele pegou o ponto e ligou, piscando em vermelho, após sentar na casca de uma árvore.

-Até que enfim! - A Voz de Natasha saiu entrecortada, mas alta. - Já estava ficando preocupada.

Sentei no chão, depois de derreter a neve e afastar as folhagens. Tirei uma garrafa de água da mochila e comecei a beber.

-Conseguiram despistar eles, Nat? Ou temos que continuar indo para longe? - Bucky questionou.

Tentei não ligar para o fato de que o tom de voz dele tinha saído muito mais suave com Natasha, do que foi a noite toda comigo.

-Claro que sim! Vinte minutos depois não tinha mais nenhum...

-Qual é, Desmemoriado?! Somos Os Vingadores!

Adore You.Onde histórias criam vida. Descubra agora