0 7• 𝐁𝐞𝐭𝐰𝐞𝐞𝐧 𝐭𝐡𝐞 𝐥𝐢𝐧𝐞𝐬 [🌩]

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Ao sair da agência, olhei para traz pensando no porquê daqueles meninos terem me chamado como "número 4", adentrei em um táxi que passava e continuei a pensar na probabilidade, passei o endereço mas sem tirar da cabeça aquilo.

— Eles são loucos?

Sussurrei para mim mesma, acabei concordando comigo mesma e fiz um esforço para esquecer o acontecido.
Cheguei em casa em poucos minutos, passei o t-money, e a saltei até a porta de casa, comecei a me acostumar com as muletas, passei pela grande entrada e por fim entrei pela porta dianteira, tentei achar a mais velha que morava comigo, mas não a encontrei no primeiro andar, subi as escadas em direção ao segundo, acabo por escutar a mesma falando ao telefone.

— O seu propósito é assustar? Deverias estar grato que estou te ajudando!

Disse a mesma com a voz mais baixa, passei em frente ao seu quarto mas no mesmo segundo que ela me viu, fechou a porta como um sorriso comum nos lábios, ela não me espionava quando estava em ligação, por este motivo não fuxiquei mais, fui em direção ao meu quarto para me jogar na cama, já estava cansada de ter que me segurar por duas barras enormes de metal, plástico e borracha, me sentia inútil, mas andar sem elas parecia suicídio.
Yun se dirigiu ao meu quarto silenciosamente, se sentou ao meu lado, apenas a encarei sem ter muito a dizer.

— Quem era?

Perguntei, estava curiosa, até mesmo porque ela nunca fechou a porta em minha cara daquela forma.

— Uma agência que faz colaboração com a nossa, estou ajudando os meninos dele a treinar pela metade do preço e ele ainda exige mais aulas por semana.

Ela disse, parecia irritada então concordei.

— Que homem sem noção, você deveria rebater dizendo "Ou eu faço a quantidade de aulas que eu puder e quiser, ou você passa a pagar o preço total".

Ela riu e concordou, olhei para o teto com um sorriso, Yun fez o mesmo.

— Como foi na empresa? As muletas estão mais confortáveis?

Perguntou cutucando meu ombro, neguei com um beiço infantil.

— Foi tudo normal, acho, mas em questão as muletas, estou me acostumando, mas jamais serão confortáveis!

Disse revirando os olhos apenas de pensar naquele par ridículo que deveria carregar para todos os lados pelos próximos 20 dias.

[...]

E quanto mais exercício fazia, mais eu me acostumava com as muletas, faltava apenas um dia para retirar a bota de gesso e parar de usar aquele par que me atrapalhava em todo lugar que ia, nos últimos 20 dias não havia visitado a empresa, me neguei fortemente, afinal, da última vez que fui passei vexame com um chão encerado e recepcionistas perdidas, voltaria apenas quando estivesse recuperada 99% da lesão no pé, estava tão animada que havia esquecido o fato de ser treeine oficial de uma agência, oque me parecia assustador mas contanto que a Yun estivesse feliz com isso, eu também teria de estar.
Logo de manhã comecei a fazer meus exercícios para que meu corpo voltasse ao normal, logo depois, rabisquei algum tipo de poema em meu caderno, já era tarde e minha mente implorava por aquele verso, sentia que não iria dormir em paz sem que eu o escrevesse.

Beomgyu On.

"Onde trafegam fantasmas, garças e demônios.
Vou mostrar meu rosto para que vejam o fogo, as verdades, a raiva e todo o amor que escondo."

Outro pesadelo, dessa vez, parecia ainda mais vivido, novamente, uma garota de cabelos castanhos escrevia algo em um livro, o céu trovejava, mas não reparei que todos os outros garotos também estavam acordados, todos estavam pasmos, enquanto Taehyun e Hueningkai coçavam os olhos, pareciam extremamente cansados, ambos se olhavam com tédio, enquanto estavam sentados em suas camas.
Soobin me encarava, Yeonjun estava agarrado a si mesmo, parecia que os trovões tornaram o sonho ainda mais vivido.

𝐑𝐮𝐧 𝐀𝐰𝐚𝐲 [🌊]. txt, Soobin.Onde histórias criam vida. Descubra agora