𝐑𝐮𝐧 𝐀𝐰𝐚𝐲 [🌊]. txt, Soobin.

2 3• 𝐂𝐨𝐥𝐨𝐫𝐬 [🟡]

Soobin sorria, não demonstrava raiva ou remorso, eles estava lá, apenas me mantendo em seus braços.
Não sabia oque dizer, demonstrar ou sentir, estava tudo uma grande bagunça, olhei para baixo e deixei que o mesmo me abraçasse.

— É verdade, Mi Suk.

Oque era verdade? Não entendia aonde ele gostaria de chegar.

— Sonhamos com você antes de te conhecermos, foi a coisa mais surreal da nossa vida, quando te encontramos foi um grande choque para todos.

Parecia apenas uma história de ficção, o encarei, sua expressão era séria, não parecia estar mentindo.

— Vimos você se jogar da ponte, vimos você escrever um poema e vimos você ser sequestrada.

Era impossível eles saberem sobre aquilo, mas sabiam, dei uma chance a acreditar naquela história que parecia um conto de fadas sem nexo.

— Como?

Perguntei enquanto ainda o analisava, ele arqueou os ombros,  parecia não saber oque dizer.

— Não faço ideia, prefiro pensar que, o destino nos levou até você.

Sorriu, parecia um momento adorável, mas não entendia como eles puderam sonhar comigo sem se quer me conhecer, mas qual outra explicação teria para saber sobre o "sequestro"? A ideia, era de certa forma, bonita. O destino levar os garotos para curar o coração ferido da garota, mas parece tão inventada, talvez, devesse interpretar como, o universo pedindo para ambos se salvem.
Ele me segurou pelos ombros e me levantou, segurou minha mão, fez com que meu pequeno mundo se mantivesse estável.
Me levou para longe daquela sala, tive que parar de andar e por fim me estabilizar.

— Talvez você esteja certo..., mas oque eu digo ao meu pai?

Perguntei em um sussurro, apenas o mesmo conseguiria ouvir, ele suspirou.

— Ele é mesmo seu pai?

Concordei, gostaria de poder negar, pois assim, não me sentiria no abismo.

— Você precisa decidir, é a sua escolha, ninguém pode tirar isso de você.

Deu um pequeno sorriso e me deixou pensar, ele havia me devolvido as cores que a muito não via, foi em direção ao dormitório me dando o espaço que eu precisava, suspirei e decidi ir atrás do meu pai, que continuava no escritório.

Os agentes abriram a porta e eu adentrei, ele me olhou, me encarou e se levantou vindo ao meu encontro, limpou algo no meu rosto e se sentou no pequeno acento que tinha e me sentei em sua frente.

— Vejo que andou chorando.

Disse o mesmo, apenas concordei, não iria conseguir discutir com ele sobre isso.

— Eu não quero ter que escolher.

Confessei, apertei minhas mãos uma na outra, estava tão assustada, não saberia se ele aceitaria aquilo.

— Pensei que já tivesse escolhido.

Disse cruzando as pernas, eu neguei.

— Eu ainda estava pensando, eu não quero escolher.

Ele bufou e o vi passar as mãos pelo próprio pescoço, estava estressado.

— Você tem que escolher, tem que escolher a mim!

Apontou para si mesmo, ele não estava gritando, apenas endureceu as palavras, mas eu não iria conseguir escolher.

— Eu não consigo escolher.