capítulo três.

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Juliana Andrade.

Eu estava em puro estado de êxtase, havia completado a minha décima quinta semana de gravidez e ainda recebi a notícia que tô esperando um meninão. Melinda ficou toda bobinha, e eu fiquei ainda mais feliz em ver que de alguma forma eu dei um jeitinho de aliviar um pouco o que ela estava passando...

Ficamos andando pelo shopping e era louco ver o quando meu filho já era amado e querido, principalmente por mim que tive um pequeno surto ao descobrir sobre a grávidez. É lógico que o Ret e eu não haviamos planejado gravidez alguma por agora, estavamos juntos a cinco meses, sendo quatro e meio deles em um namoro oficial com aliança e pedido fofinho.

Filipe estava viajando e por isso não conseguiu vir a consulta junto comigo e eu arrastei a Melinda, uma que eu não queria que ela continuasse infurnada naquele buraco e nem tristinha e por último ela me faria companhia.

— Ai Juliana, olha esse que gracinha! — Mel dizia me mostrando um bory vermelho com uns negocios pretinhos na manga.

— Que lindo, eu vou surtar e estourar o cartão do Filipe. — comentei rindo e ela assentiu, senti meu telefone vibrando e o tirei do bolso da calça, atendendo sem ver. — Alô?

Eai, amor... deu pra ver?

— Deu!! Adivinha quem tá chegando?

Théo? — comentou certeiro e eu sabia bem o porquê, era um dos sonhos deles.

— Uhum... — eu afirmei já chorosa e a Melinda riu da minha cara fazendo com que eu lhe apontasse o dedo do meio.

Poxa amor, queria tanto comemorar com você... — ele comentou um tempo depois e deu uma suspirada, acho que tinha chorado.

— Depois de amanhã você já chega minha vida e podemos comemorar o quanto quiser. — o confortei e joguei algumas roupinhas na cesta que a Melinda estava segurando. — Como foi a chegada?

Perguntei e ainda conversamos por um tempinho, ele estava muito agitado e não parava de repetir o quanto estava feliz com a chegada do nosso bebê e eu mas ainda, até me achava um pouco boba em ter duvidado por um momento sequer que o Ret me viraria as costas num hora dessas, nos despedidos e eu guardei o telefone na minha bolsa. 

Eu vi a Melinda encarar um ponto fixo no fundo da loja e voltar os olhos pra mim com eles marejados, a tal putinha do Xamã estava bem lá no fundo numa das sessões de sapatinhos, eu infliei o peito e quando ia avançar a Melinda tomou a frente.

— Nem pense em fazer isso, Juliana... por favor!

Eu vou falar com ela só, Melinda... para mano!

— Vamos embora, anda. Você arrumar é briga e você tá grávida.

— Ela também está e adivinha só, do teu macho... — eu falei rápido e só pensei depois quando a vi engolir a seco. — Desculpa, desculpa... eu não pensei muito nisso.

— A única pessoa culpada de toda essa merda é ele, Juliana. Podemos por favor ir embora? — ela suplicou e eu assenti, larguei a cestinha por ali e saímos da loja dando passos rápido até o estacionamento. Melinda mal me encarava nos olhos, havia se murchado outra vez e eu já estava ficando perdida sem saber como agir com ela.

Dei a partida e fiz o caminho até a casa da Lu, estacionei e saimos do carro. Atravessamos a rua e entramos no prédio e logo no elevador.

— Mel?

— Humm...

— Não fica assim, você vai ter que aprender a conviver com tudo isso... Se ela está mesmo grávida dele, você não vai ter como fugir disso.— abracei de lado e ela suspirou.

— É complicado demais, Juliana. Eu só tô tentando com todas as minhas forças mas sempre tem algo presente pra me testar.

— Acho que tudo isso poderia ter sido resolvido se vocês dois tivessem sentado pra conversar... — eu disse quando já estava entrando no apê da Luisa e as meninas nos olharam e eu dei uma suspirada.

— Mas ele preferiu me foder do que fazer isso. — ela indagou e eu neguei.

— Vamos esquecer essa choradeira Mel!

— Isso, já sei, vamos maratonar na netflix. — Luisa pontou dando idéia em cima da Cecília e eu concordei.

— Gente, então né... Esqueci de falar, mas tô esperando o Théozinho.

— MEU DEUS! — Amanda gritou e eu ri. — Pituquinho que titia já ama. — fez um carinho na minha barriga e eu dei risada.

— Vem cá, e o chá de bebê dessa criança... vai sair nunca?

— Sinto dizer, eu não vou nem fudendo. — Melinda pronuncionou e eu arqueei as sobrancelhas. — Dinda ama, mas não tá preparada pra ficar no mesmo ambiente que aquele filho da....mãe, você entende né, Théozinho lindo da vida? — disse como se conversasse com meu filho e eu dei um tapa na testa dela

— A PORRA DO TEU CU QUE VOCÊ NÃO VAI!

— Juliana, cala a boca tô batendo um papo com o meu afilhado, respeita o meu momento.

— Então vamos ver se você não vai Melinda, vamos ver....

×××××

eu tô pensando numa coisinha para o chá de bebê e talvez, TALVEZ vocês gostem. 😌

Aúdio Falso 》XAMÃOnde histórias criam vida. Descubra agora