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25 de janeiro de 2021.
Jason Carlos.

Nessas semanas que passaram Melinda e eu acertamos tudo para que ela vinhesse morar aqui comigo, ela decidiu que iria trancar a faculdade por nesse ano. Queriamos curtir melhor a grávidez e também ela teria uns meses de sobra para se adaptar a nossa nova vida quando o bebê chegasse.

Deixei nosso café pronto e fui atrás da dorminhoca, ou iriamos acabar nos atrasando para a primeira consulta do pré-natal e sim eu deixei meu dia inteiro livre para acompanhar ela. Entrei no quarto devagarinho e Mel estava deitada virada para a cama, me sentei na beirada e abaixei meu tronco para ir selando de seu ombro até o rosto.

— Hum.... bom dia? — resmungou e eu ri de sua preguiça.

— Vamos levantar amor? — sugeri para ela que se espreguiçava e depois sentou na cama. — Tá dormindo com vontade né?

— Eu tô grávida, me deixe. — resmungou de um jeito engraçadinho e eu ri. Ela levantou e foi quase se arrastando para o banheiro, eu peguei minha camisa, a carteira e a chave do carro, desci de novo e esperei a Mel para tomarmos café.

(...)
Melinda Andrade.
Quando entramos na maternidade Jason estava tão inquieto que seus dedos mal paravam quietos mesmo estando entrelaçado em minha mão, ele se sentou ali pela sala de espera e eu fui  a recepção para que fosse confirmado que eu havia chego e só estava aguardando ser chamada. Ainda faltava pouco mais de dez minutos para o meu horário, voltei para perto do meu noivo que olhava atento a uma menina em nossa frente e a sua enorme barriga.

— Amor, você acha que vai ficar grandona assim?

— Não sei preto, talvez fique... talvez não. — eu ri e ele assentiu, puxei sua mão para o meu colo e fiquei acarrinhando, mas logo ela a soltou do meu carinho e pousou na minha ainda  pequena barriga. Ele olhava atento ao próprio movimento e eu guiei meus olhos para os seus que estavam começando a se encher. — Amor...

— Eu tô ansioso.

— Eu sei amor, mas não precisa chorar né? — segurei em seu queixo para que ele me olhasse e ele soltou um suspiro pesado. — Que foi?

— Tenho medo, também.

— Medo de que, Jason?

— De não conseguir ser presente pra esse bebê, de que meu trabalho me distancie dele como fez com Akasha. — ele piscou algumas vezes e eu vi seu ponto fraco ali, o amor que ele tinha por sua filha e bom... agora pelo nosso bebê também.

— Amor... não chora tá? — eu quase supliquei e ele secou o rosto com a mão que estava livre e mesmo assim eu ainda sequei outras lágrimas que escaparam em seguida. — Eu também ainda estou assustada, amor. É muito mais novo pra mim do que pra você, mas vamos enfrentar qualquer medo juntos. Nos ajudando e cuidando um do outro... Eu sei que você queria ser bem mais presente pra Akasha e mesmo tua profissão sendo o teu sonho, ela te fere por te afastar dela. Mas nós vamos mudar isso, ok? Você confia em mim?

— Confio minha vida em você e você tá carregando ela bem aí. — apontou para minha barriga e eu choraminguei.

— Meu Deus, porque você é tão lindo assim? Af, Xamã... Porra, facilita ou serei obrigada a me apaixonar mais ainda por você. — ri e ele negou, selou minha boca e eu coloquei minhas mãos em seu rosto. — Eu te amo, índio e estou com você. Nós vamos passar por tudo junto e eu também vou te ajudar a fazer a Akasha ficar mais pertinho, certo?

Aúdio Falso 》XAMÃOnde histórias criam vida. Descubra agora